Cade as chaves??

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Hannie estava estava sentado no estofado aconchegante do carro, o cinto passando por seu peito e lhe deixando apertado contra o mesmo, o que lhe dava uma sensação de estar seguro, a janela ao seu lado estava molhada, pequenas gotas se uniam, as via escorregar pelo vidro, era apenas uma garoa, mas foi capaz de mudar o clima completamente quente, pelo menos do lado de fora daquele carro, seus olhos vagaram de forma lenta até suas coxas, parcialmente cobertas pela saia preta que usava, um pouco mais a frente por cima das meias pousava uma mão que se mexia lentamente em uma carinho leve, as veias marcadas deixavam claro a quem pertencia, subiu pelo braço demorando nos bíceps marcados, sobressaindo sobre a regata preta, jisung suspirou, continuando pelo pescoço, o pomo de adão se mexendo levemente com o ato de engolir, a boca semi aberta, buscando pelo ar, os olhos concentrados, ok. minho era um puta gostoso, mas hoje em particular, ele tava um absurdo. seus olhos inquietos traçando caminho até a outra mão, que segurava firme o volante, vez ou outra soltando só para apertar novamento, vendo ele deslizar pelos dedos grandes, seus pensamentos eram outros nada relacionados ao ato de dirigir, se permitiu ter todos os tipos, desde os impuros sobre o homem em sua frente.

Minho - Hannie?

Han - Hun?

Se reprimiu sentindo a vergonha lhe alcançar por ter soado como um gemido, o que foi percebido pelo seu hyung que sorriu de lado em resposta. cafajeste, pensou.

Minho - Oh, você tava tão quietinho, parece que eu atrapalhei seus pensamentos.

Han - Na... Nada haver.

Minho - Gaguejou perdeu.

Han - Af, o que você quer?

Minho - Tava pensando aqui, e como você pretende entrar em casa sem as chaves?

Jisung bateu forte a mão sobre a testa, fazendo um barulho ecoar pelo carro. O contexto? Estavam em uma festa na casa de Hyunjin, o burguês do grupo, Han até estava curtindo, mas teve um pequeno desentendimento com o um carinha escroto e dá pra dizer que sua noite azedou, implorou pra seu irmão o deixar voltar para casa sozinho - Changbin - o qual não permitiu, mas depois de muita humilhação, Minho disse que traria o mais novo pra casa, tendo o olhar suspeito do irmão sobre si, sabia que ambos os lados tinham interesse um no outro, além dos milhares de flertes e mãos bobas que aconteciam, apesar de odiar, não entendia porque nenhum dos dois cedia logo.

Han - E agora que você fala?

Minho - Vai, desce, tu espera aqui em casa.

Piscou algumas vezes, antes de notar que estavam em frente ao apartamento do maior, no mesmo momento se sentiu meio nervoso, já havia ido a casa, mas em outras ocasiões, em plena luz do dia e da sanidade de seus outros amigos. Mas detestava ficar sozinho com ele - entretanto amava ainda mais.
Não era besta, sabia que Minho o desejava, mas se sentia um virgem idiota, só de olhar pra ele dava vontade...
Jisung desceu do carro arrumando a saia que portava, pegou a bolsa que guardava seu celular e se juntou a Minho, entrando no apartamento totalmente escuro, as luzes foram acesas, a decoração havia mudado desde a última vez que esteve ali, alguns quadros com fotos dos amigos e claro dos seus três gatos estavam espalhados por ai.

Minho - Fica a vontade, Ji.

Dito isso, o ruivo sumiu para dentro do apartamento, o moreno retirou as botas, ficando apenas com as meias no chão, se sentou no sofá soltando a bolsa por ali mesmo. Seus olhos vagaram pelos retratos se sentou sobre os calcanhares se inclinando para olhar melhor.

Minho voltou, sentiu uma pontada com a cena, seus olhos observaram as curvas do corpo em sua frente, Han sempre juntava os joelhos e abria os pés, achava adorável, mas na mesma medida seus pensamentos vagavam para outros lugares, como as coxas grossas, espremidas sobre a meia, a cintura fina em contraste com as bandas fartas

Minho - Já disse que você fica muito bonito de saia?

Han saltou sobre o sofá, ouvindo a risada gostosa do ruivo, pousando as mãos sobre o peito.

Han - Puta, que susto, Min.

Minho - Desculpa, gatinho

Respondeu se sentando perto dele no pequeno sofá, era fato que existia um tesão acumulado ali, por vezes se perdia em meio aos olhos e corpo do esquilinho mimado, de início mal dava bola pra Han, sentia um leve ranço por Changbin levar seu irmão "mais novo" para os lugares que iam, mas no fim seu interesse cresceu como se um ímã que o levava sempre para ele...

Minho - Com fome? Quer trocar de roupa?

Jisung se recompôs, sentando sobre os calcanhares, sorrindo e negando.

Han - Se o Binnie me ver com uma roupa sua é capaz de matar a gente, achando que aconteceu alguma coisa

Minho - Uma pena que ele só ia achar

e lá estava o sorriso de canto, o maldito sorriso, o maldito cheiro inebriante, o maldito cabelo que parecia ótimo para puxa, a maldita boca, e Jisung facilmente se pegava fraco e sem órbita pelo seu hyung, talvez mandando qualquer resquício de sanidade pro lixo, se surpreendeu quando seus lábios tocaram de leve os alheios, notando também a surpresa do ruivo, era um selinho, breve, mas assim que o outro notou sua tentativa de se afastar, as mãos grandes seguraram seu pulso, enquanto ele se inclinava para continuar com o contato, pedindo passagem com a língua, aprofundando cada vez mais o beijo, necessitado, com gosto de espera, ao mesmo tempo que era o paraíso, minho sabia que aquilo seria sua perdição, sua sanidade sendo literalmente sanada, tinha evitado o primeiro passo, mas agora...

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só sendo meu pilotoOnde histórias criam vida. Descubra agora