pt. 02

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Não precisava de muito e quem dira de muito tempo para que os dois estivessem uma bagunça, Han era como a água e minho como o fogo, mas nesse momento o moreno se sentia borbulhando, a cada toque que atravessava sua carne e parecia chegar mais longe do que qualquer um já chegou, por mais fantasioso que o momento fosse e por mais deleitoso, o
instinto o fez se afastar minimamente do ruivo, como instinto, pois se deixasse o desejo prevalecer seria capaz de morrer sem ao menos se lembrar de respirar. O peito subia e descia, a mão espalmada sobre o peito alheio, enquanto os olhos lhe queimavam, os encarou por um instante, não havia receio, era aquilo, como se tivessem sido pré destinados a serem o que são.

Han — Eu... te manchei todo.

Minho riu anasalado, não conseguia deixar de lado o simples fato de que tudo em Han era adorável, as bochechas vermelhas pelo esforço e falta de ar, os lábios inchados, machados pela cor do gloss clarinho, que agora estava mais nos lábios alheios do que nos próprios

Min — Não tem problema,

agradeceu por não ser cardíaco, se fosse já teria partido para um novo mundo, sua mão ainda permanecia na coxa alheia, com um carinho leve, enquanto os olhos ainda observavam o mais novo, não que Han Jisung fosse do tipo tímido, mas tendo o olhar de Lee Minho, duvidava que qualquer par de pernas ou mente parariam em pé ou sã.

Min — Hannie, eu...

A fala cortada pelos lábios macios de Han, em sua cabeça sabia que Minho precisava de uma confirmação verbal antes de continuar, mas sua necessidade impedia que boas palavras fossem ditas, eram o contrário, a pressa e o lentidão, a provocação e o que desistia no primeiro aperto. Minho segurou suas bochechas, afastando os dois rostos, sorrindo de lado.

Min — Que feio, Jiji, é feio interromper o hyung, sabia?

Seu sorriso cresceu, na medida que o biquinho crescia nos lábios alheios, os olhos se encontrando, podia jurar de pés juntos que o tempo tem sim a capacidade de parar, han tentou se aproximar, sendo parado mais uma vez, enquanto o ruivo negava com a cabeça e deixava selares molhados pelo maxilar e pescoço.

Min — Porra... Jisung.

Minho gemeu rouco, sentindo sua voz subir pela garganta, rasgando, depois de um simples movimento, mas certeiro acima de si, a vontade de se perder naquele garoto, o sangue se acumulando cada vez mais no baixo ventre, deixando a barriga fervente em sentimentos, Han continuou com os movimentos da cintura, se esfregando contra o tecido da calça do ruivo, enquanto algo crescia abaixo de si.
Minho fez uma nota mental, Jisung conseguia ser teimoso quando queria, e isso de alguma forma atiçava o outro. Com a mão firme alcançou a cinturinha fina, apertando e parando os movimentos alheios, ouvindo um choramingar de frustração.

Han — Min...

Min — Já que você tá todo teimoso com o hyung, você vai pedir, gatinho. O que você quer?

Jisung sentiu aquela fisgada, sentindo tudo esquentar de dentro pra fora, que porra, Minho era exatamente o cretino que pensou que fosse, que gostava de atiçar, de enrolar e de ir com uma calma surreal, enquanto Han buscava soluções simples para seus problemas. Olhou nos olhos alheios afiados, retribuiu, se era pra entrar na brincadeira, então...

Han — Hyung...

Se ajeitou, se aproximando mais do ouvido alheio, enquanto uma das mãos subia do peito para a nuca alheia em um raspar leve de unhas, notando Minho se arrepiar todo.

Han — sabia que desde o primeiro dia que eu te vi... eu olho pra você e sinto vontade de gozar? mas... seria melhor se você me ajudasse a chegar lá, hun?

Minho se sentiu entorpecido com as palavras, o olhar todo inocente, a mente nublando aos poucos, se levantou em um solavanco, fazendo Han se agarrar a si, assim que chegou ao quarto debruçou o corpo alheio sobre a cama, escorregando a mão sobre a perna alheia, até chegar nas bandas onde deixou um aperto, sorrindo de ladinho ao ver o rostinho corado, mordendo os lábios.

Min — Vai ser um prazer, baby, só não sei se vai como você imaginou.

Han — A realidade parece bem melhor, Min.

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👀

só sendo meu pilotoOnde histórias criam vida. Descubra agora