1 ano atrás...
Era um momento de grande emoção para Son e seus companheiros da seleção coreana. A Coreia ter vencido Portugal não faria diferença para os portugueses. Para os coreanos, entretanto, era a confirmação de que estavam classificados para as oitavas de finais da Copa do Mundo
Tudo o que Son sentia naquele momento era alívio e orgulho da sua seleção, que lutou bravamente por isso. Agora era esperar as próximas partidas para saber quem eles enfrentariam. Uma coisa interessante era que existia a possibilidade de enfrentar a seleção da qual seu amigo Richarlison fazia parte. Ele não esperava que eles fossem se encontrar tão cedo, mas estava animado com a possibilidade de qualquer forma.
Ele admirava muito a seleção brasileira. Richarlison, inclusive, vivia caçoando dele por ser fã de alguns jogadores – como se o próprio Richarlison não o fosse também. Eles já tiveram a oportunidade de disputar um jogo amistoso e foi uma experiência incrível. Son não via a hora de enfrentá-los novamente e poder rever seu amigo.
Havia mais de um mês desde que Richarlison e ele haviam se visto pessoalmente pela última vez por causa dos preparativos para a Copa e ele sentia muita falta do brasileiro. Não que tivessem perdido contato, eles se falavam por telefone, mensagem ou chamada de vídeo todos os dias, mas não era a mesma coisa.
Ele sentia falta de como, após cada treino, eles se sentavam lado a lado, joelhos se tocando, Richarlison contando piadas o tempo inteiro para fazê-lo rir e vez ou outra bagunçando seus cabelos para irritá-lo. Son sempre revidava com uma cotovelada de leve nas costelas e tudo isso sem perder o riso. Ele apreciava cada minuto na presença do outro como se fosse o último porque Richarlison em pouco tempo havia se tornado muito importante para si, de uma forma que não saberia explicar.
Na verdade, até sabia, mas preferia se manter em negação. Ele tinha plena consciência de que o que sentia em relação a Richarlison já havia ultrapassado a barreira da amizade há muito tempo, mas o que ele poderia fazer? Ele não acreditava que seus sentimentos fossem correspondidos e preferia mil vezes manter isso apenas para si mesmo do que arriscar perder a amizade de Richarlison.
Son suspira profundamente tentando afastar esses pensamentos que já começavam a tomar uma direção angustiante. Ele se ergue da posição ajoelhada em que estava no campo e só então percebe que o estádio havia ficado estranhamente silencioso. Até pensaria ser porque as pessoas já tinham começado a deixar o local, mas olhando rapidamente para os assentos a sua frente, ele via que ainda tinha muita gente ali. Na verdade, parecia que pouquíssimos tinham ido embora e aqueles que estavam para fazê-lo, pareciam ter desistido, congelados no lugar como se estivessem esperando algo acontecer.
Franzindo a testa, Son buscou por seus companheiros de equipe e percebeu que tanto eles quanto a equipe adversária estavam perfilados como se estivessem prestes a participar de uma cerimônia. Alguns sorriam gentilmente, outros mais abertamente e todos pareciam ter o olhar fixo na sua direção. Son se sentiu mais confuso ainda. O que diabos estava acontecendo? Ele girou lentamente para ver se tinha alguma coisa atrás dele provocando essas reações e quase caiu para trás com o que viu.
Richarlison, o seu Richarlison, estava ali parado bem à sua frente como se fosse uma miragem. Ele segurava um buquê de flores e mordia o lábio nervosamente. Antes que Son pudesse perguntar o que estava acontecendo, Richarlison avançou os passos que os separavam parando a poucos centímetros de distância de Son.
— Son Heung Min. Esse tempo em que estivemos distantes me fez perceber que qualquer tempo longe de você, é insuportável. E eu não quero mais desperdiçar um minuto sequer negando o que eu sinto - os olhos de Son se arregalaram. Ele estava enganado ou Richarlison estava se declarando para ele? Seus olhos imediatamente começaram a encher de lágrimas – Sonny – ele continuou, dessa vez, usando o apelido carinhoso – você é como meu sol particular, seu sorriso me ilumina e seu toque me conforta. Eu estou completamente e perdidamente apaixonado por você – Son estava visivelmente chorando agora. Não havia dúvidas, Richarlison dissera com todas as letras, na frente de todas aquelas pessoas que estava apaixonado por ele e isso era muito mais do que ele poderia ter desejado – Você aceita namorar comigo? - Richarlison perguntou estendendo o buquê para o coreano.
Son não respondeu imediatamente, tomado de grande emoção. Ele cobriu o rosto com as duas mãos para abafar seus soluços e ficou assim por um momento. Sua falta de resposta se prolongou e Richarlison começou a se sentir apreensivo, com medo de ter feito besteira. Antes que seus pensamentos pudessem torturá-lo mais ainda, o brasileiro se viu com os braços cheios de Son Heung Min, que se agarrava a ele como se sua vida dependesse disso. Na mesma hora Richarlison soltou o buquê, que caiu no chão, para poder abraçar Son com a mesma intensidade.
— É claro que aceito, Richy. Sim, mil vezes sim – Son disse e começou a distribuir beijos por todo o seu rosto ainda sem acreditar que aquilo era mesmo realidade.
Um barulho ensurdecedor de comemoração eclodiu das pessoas que assistiam, assim como uma onda de flashes vindos das câmeras fotográficas dos repórteres. Em poucas horas – ou minutos – as notícias sobre os dois estariam rodando o mundo, mas eles não poderiam se importar menos. Tudo o que importava eram os dois e o seu momento.
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Feliz 2son daaaaay! Com toda a minha correria, não poderia deixar de contribuir pra esse dia que foi e é tão importante pra mim como fã desses dois queridos.
Não estranhe se estiver achando essa história familiar. Você possivelmente já leu sob o nome de "O amor de RicharliSonny" lá na outra plataforma.
Eu decidi trazer essa história para cá mudando o nome, revisando algumas coisas e transformando em twoshot em comemoração ao 2son day (o próximo capítulo já estará postado junto com esse).
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Ipê Amarelo e Mungunghwa - 2son
RomansaEm poucas horas - ou minutos - as notícias sobre os dois estariam rodando o mundo, mas eles não poderiam se importar menos. Tudo o que importava eram os dois e o seu momento.