Dias atuais...
Son não conseguia evitar sorrir para a tela de seu celular enquanto visualizava todas as postagens feitas pelos fãs naquele dia. Era tão bom receber esse carinho e saber que o seu relacionamento com Richarlison tinha todo esse apoio.
Não que ele achasse que precisava da aprovação de alguém para viver o seu amor. Ele lembrava-se bem quando Richarlison havia feito o pedido de namoro na frente de toda aquela gente e ali ele teve certeza que estava disposto a suportar qualquer coisa para ser feliz com o homem que amava.
Mas ainda assim era um bálsamo para o seu coração saber que eles eram tão apreciados a ponto de ganharem um dia de comemorações. Ele achava curioso terem escolhido aquela data especificamente, já que as lembranças de Son daquele dia estavam longe de ser felizes, mas ainda assim entendia que havia sido um marco, porque fora o dia em que Richarlison e ele se enfrentaram – e não pouparam esforços em ser carinhosos um com o outro antes e depois do jogo.
Ele lembrava de como Richarlison não queria desgrudar de si depois que terminou seu compromisso com sua própria seleção e ficou com ele até que pegasse seu voo de volta para a Coreia do Sul. Aquela atitude havia enchido seu coração de tanto amor que ele pôde sentir que a dor da derrota havia diminuído consideravelmente quando aterrissou no seu país natal.
Son podia afirmar sem dúvidas que, depois disso, sentia-se ainda mais apaixonado pelo seu brasileiro. Tanto que os dias que passou com sua família, apesar de restauradores, foram também uma tortura porque ele queria – precisava – desesperadamente estar com Richarlison. Parecia que qualquer minuto longe dele era tempo demais e seu coração ardia de saudade.
Sua inquietação não havia passado despercebida por sua família. Seu irmão sempre que tinha oportunidade caçoava dele por estar com a cabeça no "seu brasileiro". Sua mãe, que era tão romântica quanto ele, apenas lhe olhava com um grande sorriso e apertava suas bochechas dizendo que ele ficava fofo apaixonado. Seu pai, por outro lado, apenas estreitava os olhos sem dizer nada quando ele estava muito disperso.
Ele era a pessoa que mais preocupava Son. O homem mais velho sempre havia sido muito estrito com os filhos porque se preocupava com eles e seu futuro. Então Son esperava que ele tivesse muito o que dizer a respeito de seu relacionamento. Mas foi apenas na véspera de sua volta para Londres que o seu pai o abordou para falar de Richarlison.
O homem chegou com sua expressão taciturna perguntando se o que tinha com Richarlison era sério. Son sentiu seu estômago retorcer em nervosismo, mas sua voz não vacilou quando respondeu que sim e aguardou o próximo comentário do pai com a respiração presa na garganta.
Para sua grande surpresa, tudo que o seu pai fez foi dar de ombros e dizer que era melhor Richarlison tratá-lo bem se não quisesse sofrer as consequências de magoá-lo.
Ele então voltou para Londres e Richarlison também alguns dias depois e eles puderam, enfim, curtir seu romance ao máximo.
Passado um ano, aqui estavam eles, mais firmes e fortes do que nunca. Son acreditava que o tempo só serviu para fazer o amor deles crescer ainda mais, se era possível, e ele mal podia esperar para passar mais um ano ao lado do seu amado.
— Já estamos indo, adeul – a voz de sua mãe o tirou de seus pensamentos – Richarlison ainda não chegou? – ela perguntou ao que ele negou com a cabeça. Seus pais vieram diretamente da Coreia para que pudessem passar essa época do ano com ele.
— Esse rapaz parece ter sérios problemas com horário – seu pai falou, entrando no cômodo em que estavam. – Acho que vou dar um relógio de presente de Natal para ele.
— Não seja implicante, abeoji – Son disse rindo. – Acerola fugiu de novo e ele foi procurá-lo. Mas já o encontrou – ele completou ao ver a expressão preocupada que se formou no rosto de sua mãe. – É melhor irem antes que se atrasem – ele disse olhando o relógio na parede que indicava que se eles demorassem mais ali, acabariam chegando tarde na peça que iriam assistir.
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Ipê Amarelo e Mungunghwa - 2son
RomanceEm poucas horas - ou minutos - as notícias sobre os dois estariam rodando o mundo, mas eles não poderiam se importar menos. Tudo o que importava eram os dois e o seu momento.