Capítulo 1

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Esfreguei minhas mãos suadas na calça enquanto terminava de guardar meus equipamentos

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Esfreguei minhas mãos suadas na calça enquanto terminava de guardar meus equipamentos. Meu celular vez ou outra apitava em cima da cabeceira e bufei já sabendo o que era.

Passos ecoaram pelo corredor sinalizando que Anica agora se aproximava e me esperava na porta, confirmei minha teoria após olhar por cima do ombro e ver a morena com uma xicara de café e um sorriso no rosto.

- Ta nervosa? – Perguntou, adentrando o quarto.

- Acho que vou ter um peripaque – Confessei, virando para ela.

- Eu não sei como ainda não surtou – Falou, sentando na cama. – Tipo, você vai estar cercada de jogadores gostosos.

Senti meu nervosismo crescer diante da possibilidade. Hoje seria meu primeiro dia como fotografa oficial do Barcelona, e antes esse nervosismo fosse apenas por isso. Meu Deus, quem em sã consciência não ficaria envergonhada de estar rodeada de tantos homens? Aliás, homens bonitos.

Eu não era a pessoa mais tímida do mundo, mas quando se tratava do sexo oposto, o desconforto e ansiedade corriam pelas minhas veias.

Meu celular apitou novamente e Anica revirou os olhos, soltando um muxoxo de desagrado.

- Esse cara não vai desistir nunca? – Perguntou irritada. – Supera. Vai viver.

Soltei uma risada enquanto checava novamente minha bolsa para ver se nada era esquecido.

Esse cara em questão era meu ex namorado, Javier Rodriguez, que já está solteiro a duas semanas, mas não para de me atormentar. Ficamos juntos por dois anos, mas a alguns meses eu queria terminar e tinha medo por ele ser um homem violento e toxico. Mas a duas semanas, depois da minha contratação, - na qual ele não apoiava por não achar certo eu trabalhar no meio de muitos "homens" -, decidi respirar fundo e tomar a decisão certa para mim.

Mas desde então não tive mais paz.

- Aparentemente não – Despejei. – Até aqui na porta ele aparece. Não sei mais o que fazer.

Anica levantou, deixando sua xicara na minha escrivaninha e veio até mim, posicionado suas mãos nos meus ombros.

- Você fez certo – Assegurou, relacionado ao termino. – Você tem um futuro brilhante que não deve ser manchado por homem nenhum. Vamos dar um jeito nesse hijo de Puta.

Ri assentindo e puxei a loira para um abraço apertado.

- Amo você – Falei.

- Eu também te amo – Se afastou. – Mas agora você tem que ir ou vai se atrasar.

Sorri nervosa e peguei minha bolsa, me olhando uma ultima vez no espelho e saindo apartamento afora. Barcelona estava um gelo e eu ainda conseguia me tremer por baixo do grosso sobretudo marrom.

Entrei no carro, jogando minhas coisas no banco ao lado e dirigi até o ct do clube, que era a 30 minutos da minha casa. Por sorte, a entrada não estava cheia de jornalistas, indicando que os jogadores já haviam chegado a um tempo, ou os seguranças simplesmente os expulsaram.

DESTINY | PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora