6. Queda

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Pérola Ángel


Subimos as escadas, em direção ao meu quarto. Mark veio atrás de mim, sem falar nada. Eu só queria acabar com aquilo antes que alguém estranhasse e sentisse nossa falta na festa. "Dios mío, se Cezar descobrir ele vai me matar." A minha respiração estava pesada e um pouquinho de ansiedade começava a aparecer. "Eu preciso acabar com isso de uma vez." Nesse momento, as escadas da minha casa pareciam um caminho gigante e assim que cheguei ao fim estava com falta de ar.

Caminhei até meu quarto e abri a porta, entrando primeiro. Ele entrou logo em seguida fechando a porta, agora que estávamos sozinhos eu me sentia mais sufocada. "Será que ele vai entender que eu não quero mais nada?"  Meu quarto estava um pouco bagunçado e eu só tinha lembrado disso ao entrar, havia sapatos e meias jogados e meus livros estavam espalhados pela minha mesa de estudo. Eu costumava limpar e organizar as minhas coisas sozinhas, mesmo que Dani sempre brigava comigo. Eu sei que meu pai contratava as meninas para fazer isso, mas eu só não gostava de alguém entrando no meu único espaço pessoal.

-Por favor, não repara na... - eu nem tive tempo para terminar a frase quando senti braços fortes me puxando e um beijo, me impedindo de falar.

O beijo foi intenso, ele me puxou pra si e me prendeu em um abraço firme, mal me dando tempo para respirar. Suas mãos passavam pelos meus cabelos e cintura, como se quisesse me deixar o mais perto possível dele. Seus lábios ansiando pelos meus, eu conseguia sentir o quanto ele estava se segurando para não fazer isso antes. Enquanto isso, coloquei minhas mãos em seus ombros tentando afastá-lo, mas era a mesma coisa que  tentar empurrar uma parede. Por mais que eu não gostasse de Mark, porra, o beijo dele era sensacional. 

-Pérola... - ele sussurrou meu nome, olhando nos meus olhos, parando o beijo e se afastando um pouco.

-Mark, a gente não pode fazer isso. Eu já te disse, meu pai vai ficar furioso quando descobrir. - eu estava ofegante. Sim, eu queria mais, mas por Deus, dessa vez eu escutaria o conselho de Agatha sobre ficar longe dele. A família já estava passando por um caos, eu não precisava trazer outro furacão para esse desastre.

-Pê, você sabe que ele nos daria permissão para...

-Mas eu não quero namorar! - eu o interrompi, aumentando o meu tom de voz. Tentei me mover, mas ele ainda me segurava com firmeza. - Se tivermos algo sério, Cezar vai nos fazer casar. - Meu coração já estava acelerado e eu podia escutar meus batimentos irregulares. Eu olhei para os meus pés, evitando encará-lo. Eu queria chorar, mas não podia, isso seria sinal de fraqueza. Nunca havia visto Agatha chorar em uma situação de tensão, eu não queria ser menos forte do que ela.

-Pê, mas eu prometo que vou ser bom pra você. Por favor, me dê uma chance. - ele passou a mão pela minha bochecha, me fazendo erguer o rosto e olhá-lo nos olhos. Eu sabia que ele não gostava realmente de mim, que aquilo era tudo por interesse, mas por um momento ele me fez duvidar dessas inseguranças. Ficamos nos encarando por alguns segundo que pareceram uma eternidade até que Mark novamente me puxou para outro beijo. 

Eu estava de costas para minha cama e ele foi caminhando em direção a ela, me guiando junto, até que caímos deitados. Ele parou por um tempo, olhando e analisando meu rosto até que seu olhar caiu sobre minha boca. Senti seus lábios em meu pescoço e o peso do seu corpo sobre o meu, a cada lugar que ele tocava me deixava com mais vontade dele e eu conseguia sentir o calor de seu corpo aumentando. Nos beijamos e senti sua mão passar pela parte interna da minha coxa, afastando um pouco minhas pernas. Ofegante, ele afastou sua boca da minha e mordeu o meu pescoço.

-Mark.  - eu não podia deixar aquilo continuar. - Mark, para, não deixa me deixa marcada.

Ele não me deu ouvidos e me puxou pelas pernas, separando-as e colocando-as ao redor do seu corpo para poder se encaixar no meio delas. Como eu estava de vestido, minha saia levantou e aquilo estava me incomodando. Era bom, mas errado ao mesmo tempo. Enquanto Mark fazia movimentos com seu quadril, me provocando, suas mãos passeavam pelo meu corpo explorando meus pontos sensíveis. Nunca nenhum menino tinha me visto assim, eu já beijei muito em festas, mas nunca cheguei aos finalmente. E não era agora, muito menos com o Mark, que eu cruzaria essa linha. Agatha sempre me disse para escolher bem o cara com quem eu teria minha primeira vez para não me arrepender depois. E eu com certeza me arrependeria se não parasse isso agora.

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⏰ Last updated: Mar 03 ⏰

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