Let them know part.2

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*** Oi, demorei mas voltei com a segunda parte que prometi. Então, eh basicamente PWP mesmo, eh esse o TW. Aah, minhas férias da faculdade começaram hoje e to com umas 4 ones pra finalizar. Vem mais coisa aí! Me digam o que estão achando, deem ideias, comentem! Obrigada!

Obs: Não revisei nada como sempre. Qualquer erro finjam costume por favor.

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O dia até o horário do almoço não teve demais intercorrências. Mas Verônica podia ouvir os burburinhos.

Atolada de trabalho, e o fazendo muito a contragosto; as duas pastas enormes sobre os desaparecidos do parque, ou algo assim… Se perguntassem para Verônica qual a última palavra ela acabara de escrever ela não saberia responder.

A escrivã não tinha se dado ao trabalho de conversar com muitas pessoas ao seu redor naquele dia. Porém, sempre que levantava a cabeça para pegar um ar, esticar os braços ou beber um gole de café ela reparava algum olhar desviar dela rapidamente. As meninas do operacional, Soares da investigação, o próprio Lima - incapaz de esconder que estava praticamente pulando de sua cadeira de tanta vontade de fofocar.

Quando foi a vez de Lima desviar o olhar antes focado nela, Verônica revirou os olhos. Obviamente o rumor já tinha sido espalhado. “A doutora chegou com Verônica no mesmo carro essa manhã cedinho!’ “Juntas?” “Juntas!” “Elas estão se pegando com certeza!” Mas elas não se odiavam?” “Se bem que a Verônica está com a mesma roupa que ela usou ontem!” Viu?” “Menos a blusa” “Você acha que elas estão juntas mesmo?” “Isso é loucura!”

Com tanto tempo naquela delegacia, era como se a escrivã pudesse ouvir os sussurros na sua cabeça. Decidiu ignorar. Afinal, o que falaria? Nem ela sabia ao certo o que tinha com Anita. Elas nunca tinham parado para falar sobre isso e Verônica tinha certeza que a delegada estava tão, ou até mais, confusa do que ela.

Falando na delegada, a escrivã virou o olhar quando a loira passou. De óculos escuros, pelo meio do ambiente, sem falar com ninguém. Voltando do almoço. ‘Ah, pelo menos essa cretina teve tempo de almoçar e não está atolada em papel’ a morena pensou, mas sem conseguir segurar um sorriso de canto. Até que percebeu que Lima ainda a olhava e fez questão de voltar a uma expressão normal.

Verônica usou toda a força que tinha em seu interior para não levantar o dedo do meio para o homem a duas mesas de distância.

Delegacia: 22:47h

Todos do andar já tinham saído. Aquelas horas o andar ficava vazio. O pessoal do plantão da noite costumava usar o andar de baixo, já que era uma equipe menor e a recomendação da corregedoria era reduzir custos de luz.

Só restava Verônica, uma pilha de papel finalmente inteiramente digitalizada e Anita em sua sala. Até mesmo Lima, que havia ficado até mais tarde do que o normal, para ver se espiava alguma coisa, já havia desistido e ido embora.

A escrivã se alongou, esticou os braços, estalou os dedos e pescoço e olhou para sala da delegada novamente.

Anita estava de óculos, prestando muita atenção em algo no computador. Não fazia a menor questão de olhar para Verônica, mesmo sabendo que ela a observava, mesmo sabendo que ela era a única na sala…

"Espero que demore muito para finalizar seu trabalho, porque quero você sozinha aqui no final da noite.” A frase que Anita falara de manhã quando entraram no prédio ressoou na cabeça da escrivã. Na verdade, quem ela estava querendo enganar? Essa frase não tinha saído da cabeça dela o dia inteiro.

Verônica bateu as mãos na mesa, pegando as pastas e rumando para a sala da delegada. Se Anita queria jogar, então? Elas iriam jogar.

A escrivã entrou na sala sem bater na porta, recebendo um olhar falsamente curioso da delegada por cima dos óculos. Um levantar do canto do lábio. Um meio sorriso, Verônica já sabia reconhecer bem. Desgraça de mulher gostosa do inferno.

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