Joseph Lopes é um jovem que acaba de se mudar para um colégio de alto padrão. Na bagagem ele carrega traumas do seu passado sendo o cara zoado da sua antiga escola. Ele sabe que algo está fora do lugar mas ainda não consegue identificar onde. Parale...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Mãe, tem como você solicitar a minha falta no turno de hoje? É que não me sinto nada bem, pode ser falta de casa, não sei, por favor. - Problemas desesperadores precisam de medidas desesperadoras. Uso o telefone de urgência do dormitório para pedir à minha mãe que eu pudesse faltar na aula hoje. Eu não conseguia olhar meu reflexo no espelho. Quem dirá dar de cara com alguém. Seria um estresse emocional que eu não conseguiria lidar.
Eu estava surtando. Me senti muito culpado de princípio, por ter participado da traição de um relacionamento que parecia ser moldado para existir. Ambos lindos, uma versão adolescente de algum casal famoso importante da atualidade e no meio deste deslumbre incrível, eu. O idiota. Que permitiu ser beijado por uma pessoa que claramente nunca faria aquilo se não estivesse ridiculamente bêbado.
Como eu pude ser tão burro. Se alguém desconfiar que um dia isso aconteceu eu serei motivo de chacota entre todos e sim, este será o meu fim. Pensar nisso me fez passar o dia todo deitado olhando as paredes laranja pastel enquanto enchia o urso no que minha avó Olívia costurou para mim quando criança de lágrimas e talvez catarro. Eu nunca me senti assim, e nem sei na verdade como eu me sinto. O que aconteceu essa noite mexeu em caixas que eu guardava atentamente fechadas em minha mente, além de bagunçar tudo que eu entendia sobre meus sentimentos.
Se assemelhava a estar todos esses anos em um sono profundo. E eu havia despertado. Eu não sabia se era melhor nunca ter sentido isso, fingir que não havia sentido cada célula do meu corpo corrompido pelo efeito do Sebastian em mim. Eu quero parar de pensar, mas sou incapaz, esses pensamentos vinham o tempo todo. Pensei em ligar para Mia ou contar para Isaac, eu senti medo. Não de julgamentos, mas falar isso em voz alta era como assumir o que eu estava sentindo. E eu não faria isso tão cedo.
Batidas na porta. Que não seja a loira traída descobrindo o que aconteceu. Por favor, universo.
Tiro os fones e me sento na cama, vestindo um pijama e esperando o futuro incerto atrás daquela porta. Meu coração quase para quando vejo se tratar de Sebastian. Ele parece sem graça e um pouco tímido. Diferente de ontem a noite, ele estava buscando palavras para conseguir iniciar uma conversa comigo.
