capítulo 5

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- já terminou de guarda suas roupas?.- Diana tinha seu ombro escorado na porta do meu quarto, assenti, guardando as últimas peças de roupa no guarda roupa.

- estou exausta, por um momento, amei a ideia de meus pais passarem a noite com Heloise, por outro lado, eu sinto saudades do meu bebê, nunca passamos uma noite, uma longe da outra.


- eles são seus pais, cuidaram de você, e do mesmo jeito vão cuidar da pestinha, será que ela aprontou algo?.- revirei os olhos, ao escutar o apelido de Diana, minha filha não era uma pestinha.


- minha filha é um amor Diana, pare de chamá-la assim!.- pude me jogar na cama, sentido meu corpo relaxar de forma automática, vestia uma roupa confortável, uma calça moletom larga, e um top , em meus pés, meias de bichinhos.

- arg Camila... desde que se tornou mãe, você se veste como uma velha, cadê os pijamas sexys e ardentes?, babydool curtos e calcinhas minúsculas.- resmungou, deitando ao meu lado.

- anda vendo minhas calcinhas Diana!?.- perguntei estérica, a anos não usava peças íntimas, que chamasse atenção, apenas sutiã e calcinhas confortáveis, nada de renda.

- óbvio que não! , nossas roupas ficam juntas na secagem, diferente de você, eu uso cueca, é confortável, agora você, você parece uma velha com aquelas calçolas.

- cale a boca Diana!.- joguei o travesseiro em seu rosto.


Passamos longos minutos calada, apenas olhando para o teto esbranquiçado, sentia meu coração palpitar em ansiedade, não saberia o que era , de fato.


Logo Heloise faria cinco anos, meu bebê está crescendo.


- nunca conversamos direito sobre o outro parentesco de Heloise... podemos esclarecer as coisas agora?, só eu e você sabemos o que você passou Camila.- murmurou, sentia seu olhar pesando sobre mim.

- não faço ideia por onde começar....




Flashback on


- você precisa se animar Camila, viajaremos em menos de uma hora, pare de olhar para trás como se estivesse esperando alguém.

- e eu estou.- respondi em baixo tom, as lágrimas grossas, tovama conta dos meus olhos, desde a madrugada passada, eu não conseguia parar de chorar.

- seus olhos são um livro aberto, seus sentimentos saem como algo comum....como conseguiu se apegar tanto a ela? Em tão pouco tempo.- seus olhos estavam vidrados na passagem a sua mão.- acha que é fácil para mim?, quando conseguir estabilizar algo com Andreza, isso simplesmente aconteceu.

- eu não destravei meu livro para ela Diana..- as lágrimas caiam sem parar, meu nariz estava vermelho, pelo choro.- transei com ela , fizemos amor, foi diferente, eu disse que a amava, e depois, contei que estava de passagem comprada, ela se sentiu usada com minhas palavras, ela se sentiu um objeto, e eu simplesmente a usei como uma despedida.

- não deveria se culpar tanto, essas palavras foram precipitadas.- suspirou.- quando voltarmos, poderá explicar a ela tudo o que sente, com clareza.

Neguei, limpando as lágrimas.

- como ela reagiu, como ela falou comigo Di.... tudo isso me deixou agoniada, ela foi embora, e tudo isso por minha culpa, antes de tudo acontecer, conversamos, jantamos juntas, e assistimos ao filme das princesas, parecia uma despedida.- soltei o nó que estava preso em minha garganta.

- tudo vai se ajeitar, conforme o tempo.- meu corpo foi acolhido pelo seu abraço, me permitir chorar, lembrando de todas as coisas em que havíamos passado.


A DAMA E O VAGABUNDO - segunda temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora