O Santuário

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O céu da cidade de Shibuya estava tingido de uma luz alaranjada, marcando o fim de uma batalha titânica entre seres poderosos. Entre os destroços e escombros que agora compunham a paisagem, Yuji Itadori permanecia de pé, seu corpo exalando uma tensão quase palpável. A luta havia cessado, mas as lembranças invasivas que Sukuna, o Rei das Maldições, compartilhou com ele ainda ecoavam em sua mente como um pesadelo vívido.

As memórias intrusivas, um vislumbre dos atos horrendos perpetrados por Sukuna, inundaram a consciência de Yuji. O impacto emocional o atingiu como um tsunami avassalador, deixando-o sem chão. Em um instante, o que ele viu, o que ele experimentou através das memórias de Sukuna, deixou-o em um estado de choque e repulsa absoluta.

Yuji Itadori ajoelhou-se entre os destroços, uma mistura de náusea e horror fazendo com que ele vomitasse. Sentindo-se sujo, manchado pelas atrocidades testemunhadas, ele olhou para as próprias mãos, enojado pelo que tinham sido capazes de fazer no passado. Aquelas mãos, instrumentos que carregavam o poder de Sukuna, agora representavam algo abominável para Yuji.

O chão áspero sob seus dedos, ele esfregava suas mãos incansavelmente, como se tentasse limpar uma sujeira que não podia ser removida. Cada vez que passava os dedos pelo solo, tentava desesperadamente se livrar das imagens queimadas em sua mente, uma tentativa fútil de apagar as lembranças que o assombravam.

Os olhos de Yuji refletiam uma mistura de confusão, medo e uma determinação feroz. Ele sabia que precisava superar esse trauma, mas a carga das memórias de Sukuna parecia insuportável.

A risada de Sukuna ecoou na mente de Yuji, como se o Rei das Maldições estivesse ali, zombando dele, provocando-o com sua presença sinistra e sua poderosa influência. A sensação de impotência diante da fusão com Sukuna era sufocante, um lembrete constante da escolha que mudara para sempre a vida de Yuji.

Com olhos flamejantes de raiva, Yuji se via preso em um conflito interno. Ele amaldiçoava o momento em que consumiu o dedo amaldiçoado, lançando palavras carregadas de fúria e desespero em direção à entidade que compartilhava sua existência.

"Seu maldito! Por que você simplesmente não morre de uma vez?!", gritou Yuji, sua voz ecoando nos confins de sua própria mente, uma tentativa desesperada de expulsar a presença de Sukuna.

As palavras eram um reflexo do turbilhão de emoções que se agitavam dentro dele. A dor, a revolta e a sensação de ter sido traído por sua própria ação o impulsionaram a confrontar Sukuna, mesmo que apenas em pensamento. Cada palavra carregava consigo a intensidade do tormento que ele estava vivenciando por estar ligado a essa entidade maligna.

Yuji se alevantou com uma expressão sombria, e pensou: "Eu devo agir se não eu serei apenas um... Assassino."

...

Com passos hesitantes e uma expressão sombria, Yuji se ergueu entre os escombros de Shibuya. O local antes fervilhante de energia e vida agora estava vazio, e seus passos ressoavam como ecos solitários pelas ruas desertas. Uma aura pesada pairava sobre ele, enquanto suas mãos tremiam levemente com a lembrança recente das memórias intrusivas de Sukuna.

Enquanto Yuji vagava em meio aos destroços, algo mudou dentro dele. Não eram mais as memórias dos atos abomináveis de Sukuna que o assaltavam, mas sim lembranças dos intricados e poderosos jutsus que o Rei das Maldições dominava. Cada técnica, cada movimento, cada segredo que Sukuna detinha sobre o uso do poder amaldiçoado agora começava a se desenrolar diante dos olhos da mente de Yuji.

Imagens e flashes de instruções sobre como manipular o poder amaldiçoado, como canalizar a energia sombria de maneiras diversas, começaram a se infiltrar em sua consciência. Ele vislumbrava como controlar, moldar e direcionar o poder de Sukuna de formas que nunca havia imaginado.

O Santuário de Yuji Itadori Onde histórias criam vida. Descubra agora