Gostaria de dizer para serem gentis por favor, nesse capítulo eu compartilharei não apenas um problema mental da lith, mas que também é meu que eu nunca consegui contar a ninguém, mas eu sinto que devo contar isso para vocês.
Meu coração ama e confia em vocês, beijinhos e uma boa leitura 💗.
Alerta de gatilhos:
TOC e automutilação.
Cena bônus
Lilith com 15 Damon com 17
Lilith ❤️🔥
- Damon...
Noto as marcas em seu abdômen.
Eu e os meninos havíamos dormido na casa de Michael e eu caminhava para ir ao banheiro quando vejo Damon com uma lâmina na mão e sem camisa.
Há cortes por seu abdômen em direção a virilha.
- Você não devia ter entrado aqui Lilith.
Fechando a porta atrás de mim, eu ponho a mão na boca, não conseguindo disfarçar a dor que passa por mim.
- sai da qui Lilith.
Meus olhos encaram os seus quando ele se vira e eu tento segurar as lágrimas ao velo todo ferido, mas não consigo. Meus olhos estão marejados enquanto tento manter a calma diante uma situação que parte meu coração.
- Porque?
Ele respira fundo, mas não larga a lâmina.
- porque eu prefiro essa dor do que as outras da minha cabeça.
Ele olho para o lado.
- não me importo com a pena que deve estar sentindo de mim agora.
Engulo o choro, como havia aprendido a fazer onde cresci.
- eu entendo Damon...
O moreno bufa uma risada.
- não há como você entender.
As memórias vêm à tona, dos momentos onde eu apenas estava ali, observando os cortes.
Ainda me lembro de quando todos os pensamentos paravam quando eu apenas estava ali observando. Observando os estragos que eu havia feito em mim mesma.
Era como se tudo por um momento parasse.
- O bom não é a dor da automutilação, é a ausência daquela exaustão constante
Me forço a continuar respirando.
- A ausência das vozes. Todas elas.
- o silêncio.
Ele comenta me olhando, com uma expressão indecifrável.
- Porque é horrível não conseguir sentir nada, e essa dor não machuca como as outras, essa alivia.
Meus olhos continuam marejados enquanto despejo a dor que havia em mim através das palavras.
- então você a escolhe porque é a única acessível. A única coisa que você conhece é a dor. De todas as formas possíveis.
Seu olhar parecia exausto enquanto o moreno diz.
Meu TOC começou quando eu tinha 6 anos. Desde então vivo com medo do pior acontecer, até que recentemente descobri o que tinha o TOC sexual, e então esse "pior" se tornou eu.
- Com todos esses pensamentos e reações nojentas a coisas que voce não deveria e não gosta de sentir que quanto mais você tenta evitar pior se torna,
Minha voz está embargada. Eu sentia tanto nojo e vergonha de mim mesma que não conseguia contar a ninguém isso.
- e então você se vê sem escolha ao não ser aceitar.
- Aceitar o monstro que voce é.
Um sussurro. Quase inaudível que sai de sua boca.
Caminho lentamente até ele e ponho a minha mão na lamina que ainda estava em suas mãos.
- Esse alivio é momentaneo e causa danos que podem ser fatais D.
Ele me encara quando retiro a lâmina de sua mão e a ponho na pia.
- eu te entendo Damon.
- E se eu te disser que seus pais mentiram para voce?
Agora descanso minha mão em seu coração.
- Que até você mente para si mesmo?
- Pois me diga essas coisas que se passam ai dentro, eu não tenho medo, e eu não acredito nelas.
Digo com as mãos abanando no ar, sorrindo dolorosamente, sabendo que agora as palavras que saem da minha boca são as que eu me esforço para acreditar todos os dias. Elas são tudo o que eu gostaria de ouvir algum dia.
Seus olhos ainda me encaram, com surpresa.
Ele está tão... calmo e calado.
- Tenho tentado acreditar que vai ficar tudo bem d, e isso tem ajudado. Talvez isso te ajude também.
- Não sei se tenho concerto. Todos ja me odeiam e me acham um monstro.
- Voce não esta quebrado, e se estiver, nada que uma super bonde não cole.
eu dou uma piscadela e ele sorri.
- eu não te odeio doidinho, e muito menos te acho um monstro... você só passou por muita, muita dor muito cedo.
Nós ficamos nos olhando por um periodo de tempo.
- Voce é tão boa me ajudando, deveria fazer isso com voce também.
Mas e se eu for um monstro e merecer morrer e...
Sou retirada de meus devaneios quando ele segura o meu rosto.
- Seja qual for a merda que você estava pensando sobre si mesma, nunca mais ouse acreditar nisso. Nunca mais, está me ouvindo?
Balanço a cabeça em afirmativa.
- acho que nós dois precisamos dessa sua superbonde surtadinha.
Sorrio quando sua mão acaricia meu rosto.
- Duas peças quebradas podem não se encaixar, entretanto, podem se ajudar a mudar certo?
- Uma poderia acolher a outra, e com o que sabe, ajudar a cicatrizar cada rachadura.
Nosso olhar não diz, mas, mostra tudo. Ele ve tudo, eu vejo tudo.
Vemos atravez dessa mascara que usamos todos os dias, por tras dessa casca, por tras da alma.
Damon Torrance foi o primeiro ser que não me julgou quando viu meu nucleo.
- posso te abraçar doidinho?
Ele se surpreende momentaneamente, logo depois balançando a cabeça como se ainda estivesse indeciso.
Me agarro a ele como se nunca tivesse recebido um abraço na vida.
Acaricio suas costas enquanto as lágrimas escorrem e eu só consigo dizer uma coisa.
- eu sinto muito Damon.
O abraço mais forte, como se ele fosse quebrar, ou eu. Já não sei mais.
- eu também sinto muito Lilith. só queria poder fugir e levar você comigo.
Suas mãos acariciam meus cabelos, enquanto soluço.
Sei que só eu posso me ajudar, mas as vezes é bom ter alguém que me entende nesse mundo de julgadores.
O bom de achar alguém como você no mundo, é que é como se um peso saísse de dentro de você, e você não fosse mais um monstro por não estar mais só.
É bom se sentir amada.
É bom não sentir dor.
É bom não achar que a morte é a única solução.
- acho que podemos começar a cicatrizar essas rachaduras primeiro.
Aponto para seu abdomem.
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• Broken don't fit • (damon torrance fanfiction)
Fanfiction"Tem um ditado que diz, "- mente vazia oficina do diabo". eu deixei o diabo entrar e me aconcheguei com ele no submundo, enquanto ele caminhava ao meu lado, notei que ele não era o que diziam não era malvado, só havia feito o que foi preciso para so...
