Os festejos a santa luzia(La festoj al sankta luzia)Igreja de talvik
Donaco (Presente) 1864, dez 13
O Vento soprado e gelado do hemisfério norte dava o tom de como seria aquele final de tarde na pacata cidadezinha de Talvik; uma tempestade de neve caia mais forte na região. Os tropeiros, pouco a pouco, foram descendo da carruagem estacionada na porta da igreja. Eles degustavam um Lussikatt, um pão feito de açafrão, a comida típica do lugar. O clima nesta época do ano era propício à preguiça, e os moradores cumpriam suas tarefas com muita lentidão.
Em numero de oito rapazes, os tropeiros checavam cuidadosamente os dois cavalos atrelados à carruagem. Um deles foi apanhar um pouco de feno para alimentar os animais, enquanto o outro subiu na carruagem para dar os últimos ajustes no andor, ele retirava cuidadosamente a neve que teimosamente insistia em cair no local onde ficaria a imagem de Santa Luzia, ela ficaria no andor ao lado do sagrado Candelabro.
Normalmente o lugarejo mantinha certo ar de monotonia nos finais de tarde, entretanto, neste dia de forte nevasca, percebia-se uma alegria contagiante entre os seus moradores, pois estava próxima dos festejos de Santa Luzia, a festa mais importante de Talvik.
Ao longe as pessoas se aproximavam da carruagem e como de costume, em todos os anos, elas apreciavam ver a saída do objeto sagrado de dentro da igreja para então darem inicio aos festejos. Mas, neste dia inesperadamente algo surpreendeu a todos: Um forte clarão, acompanhado de um grito estrondoso irrompeu de dentro da igreja daquele pacato lugarejo.
– Socorro! Pega ladrão... Pega ladrão!
– Pega ladrão? – Repetiu Erling, um dos tropeiros já alardeado com o tumulto!
Os gritos de "pega ladrão" ecoavam de dentro da Igreja, reverberando como se fossem sons amplificados e eles jamais imaginaria o que estava ocorrendo dentro da igreja, muito menos quem era o tal "ladrão" e tão pouco quem estava gritando de forma histérica. Perplexos com os gritos, os tropeiros ficaram imóveis olhando uns para os outros sem saber como reagirem, pois eles nunca haviam escutado um grito de pega ladrão em toda a sua vida e na comunidade todos se conheciam.
Outro clarão, quase cegando a todos, irrompeu novamente de dentro da igreja, o clarão veio acompanhado por outro forte estrondo, uma espécie incomum de trovoadas, assim como era incomum a existência de um possível ladrão.
– Por Santa Luzia, só me faltava uma confusão neste frio! – Resmungou Erling pulando de cima do Andor neste final de tarde de 13 de dezembro de 1864.
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Situada ao norte da Noruega, Talvik, todos os anos, como de costume, prepara-se para homenagear Santa Luzia, a única festa do catolicismo que permaneceu na região desde os tempos em que os reis Suecos impuseram a sua população ao domínio da igreja protestante. Sempre foi uma linda festa do povo do lugarejo que antecede a comemoração ao nascimento do menino Jesus.
A imagem de Santa Luzia ficava na casa de uma das meninas escolhidas pelas mães de Talvik, para representa-la durante os festejos e não era guardada na igreja, pois o bispo não permitia. Em função desta proibição, a imagem de Luzia ficava sempre sob a custódia de uma determinada família durante um ano, até a escolha da outra representante, no ano subsequente. Diferentemente do Candelabro Vara Sete, um objeto de raro valor, o qual os tropeiros, todos os anos iam buscar de dentro da igreja para que se desse início aos festejos a Luzia, era guardado em uma sala especial, a sete chaves.
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Os gritos estridentes de "pega ladrão" eram da jovem Alfhild, que saia correndo esbaforida e atemorizada do interior da igreja, pedindo por socorro.
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A Saga dos Espíritos
FantasyElas escolheram a veneração e, tomadas pelo desejo e vingança, querem encontrar as Nornas. Uma fascinante história ambientada nas terras da Mitologia Nórdica e seus mitos.