Dia 24 de Dezembro, Natal.
E o festival menos comemorativo para mim.
- S/n - Chamam meu nome e me levanto da minha mesa até o balcão para pegar meu café.
- Obrigada - Ela sorri e pego meu café guardando meu celular no bolso do meu sobretudo.
Com o café esquentando minhas mãos frias e as roupas quentes esquentando meu corpo, saio do Starbucks escutando os sinos à cima de mim.
Bebo um gole do café espresso que amo enquanto espero o semáforo ficar vermelho.
Uma vibração em meu bolso chama minha atenção e eu prontamente o pego e atendo.
- Alô?
- Oi, minha filha.
- Oi, mãe.
- Olha, não vou poder ir passar o natal com você. Seu irmão vai vir e não conseguimos achar uma passagem assim, tão em cima da hora.
- Tudo bem, mãe. Eu entendo.
O semáforo fechou e caminhei para atravessar a rua.
- Ai, filha, sinto muito. Queria passar o natal com todos vocês, mas vocês todos moram longe da pessoa que pariu e criou vocês.
Rio nasal e tomo um gole do meu café. Paro em frente ao meu prédio e encaro o grande nome em cima da porta de entrada.
- Eu estou bem, mamãe. E não é como se a gente se visse todo fim de ano.
- Eu sei, querida. Mas você sabe, eu queria que todos nós aproveitássemos juntos. Nem me lembro da última vez que fizemos isso.
Passo minha mão pelo corpo em busca das chaves depois de ter apoiado o celular com o ombro.
- É, faz um tempo.
Finalmente acho o pequeno molho de chaves e encaixo a chave da frente na fechadura, abrindo-a em seguida.
- Mas não esqueci da minha filha caçula. Mandei um presentinho pra você, deve chegar em breve.
Fechei a porta atrás de mim e caminhei até o elevador.
- Obrigada, mãe. Não precisava. Vou comprar um e lhe mando.
- Oh, não precisa.
- Claro que precisa. Vou comprar amanhã mesmo.
O elevador chega, vazio, entro e aperto o número 8 esperando que as portas se fechem. Mas antes que ela se feche completamente, uma mão a impede.
Tiro meu olhar do chão e vejo ela.
Ela usava um suéter laranja, uma calça preta um pouco folgada, botas pretas com pelos por dentro e uma touca azul escuro. Carregava sacolas de mercado e alguns presentes.
O motivo dos meus melhores sonhos e orgasmos desde o Halloween.
Billie.
Ela sorri gentil, retribuo e ela entra, ajeitando a alça da bolsa no ombro esquerdo enquanto espera ao meu lado.
- Evans? Está aí? - Minha mãe chama a minha atenção.
- O quê? Sim, mãe. Eu não me importo de passar mais um natal sozinha.
Do outro lado da linha, escuto minha mãe suspirar.
- Não era isso que eu havia dito, mas tudo bem. Tenho que desligar e arrumar tudo pra quando o seu irmão e os filhos chegarem. Você sabe, são muitos netos.
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One Shots - Billie Eilish
Fiksi PenggemarAlguns contos para que você possa imaginar a nossa cantora, compositora, diretora e atriz em diferentes situações. - I wanna do bad things to you, i wanna make you yell. I wanna do bad things to you, don't wanna treat you well - Oxytocin. #1 imagi...