014: Contando a verdade

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Kara Danvers point view

  Acordei com o sol na minha cara, com uma dor de cabeça insuportável. Mas, foi impossível não sorrir com a cena ao meu lado. Lena estava dormindo muito serena e seu rosto angelical estava mais bonito ainda. Me lembrei da noite passada e o meu sorriso só cresceu, minha felicidade estava grande.

  Fiquei encima dela e comecei a distribuir selinhos pelo seu rosto. Ela deu uma risadinha e abriu os olhos. Mas, parece que me ver não a agradou, já que, assim que abriu os olhos eles se arregalaram e me empurrou sem muito força pro outro lado

—Kara, o que você está fazendo aqui??—Perguntou aflita cobrindo os seios com o lençol

—Eu também não sei, só lembro que a gente estava no chuveiro e depois vinhemos parar aqui. E não se faça de sonsa , porque eu acho que de nós duas, você era quem estava sóbria—Tentei me aproximar, mas ela fez um gesto com a mão para que eu parace

—De qualquer forma, você deve ir embora—Olhou pra baixo

—Humm—Murmurei—Então, tudo o que aconteceu hoje a noite não serviu de nada pra você?—Perguntei um pouco triste

Lena  Luthor Point View

—Claro que serviu. Mas, você não pode estar aqui. A gente não pode ficar juntas, Kara—Me ajoelho na cama ainda com o lençol me cobrindo

—Eu não vou mais perguntar o porquê, já que você sempre vai dar a mesma desculpinha esparrapada—Falei ríspida

—Eu sei que é uma desculpa esparrapada, mas eu não posso te contar o motivo real. Se eu falo que eu te amo é verdade, e eu não te conto o porquê de não ficar com contigo é só pra te proteger—Falei e ela franziu o cenho

—Por acaso, esse segredo é aquele segredo que um dia você prometeu me contar?—Perguntou e eu arrregalei os olhos

—É, digamos que sim—Falei e ela puxou minha mão me forçando a sentar ao seu lado—Que foi?—Perguntei confusa

—Fala—Falou simples

—O que?—Perguntei confusa outra vez

—O segredo. Se realmente me ama como diz, já está mais do que na hora de você me contar...tudinho, anda!—Falou séria e eu decide acatar sua ideia, mas vou inventar outra coisa

—Kara....eu tô...grávida—Falei e Kara ficou surpresa, mas logo me olhou com deboche

—Mulher, você vive a base de dedo já que o palerma do seu noivo não presta pra nada—Falou o óbvio e eu me senti uma burra

—Aah, tá bom, eu conto!—Falei tudo o que tinha e Kara ficou chocada e com vontade de matar o pai ao mesmo tempo.

—Eu não acredito que a gente perdeu tudo—Olhou pro chão de forma preocupada—Eu não, ele na verdade. Já que esse porra nunca me deu um tustão—Falou meio brava

—Entendi porque não podemos ficar juntas?—Levantei seu rosto fazendo-a olhar pra mim

—Não—Me puxou pro colo dela—Pelo que eu sei, se duas pessoas se amam elas tem que ficar juntas—Falou simples

—Kara, não torne as coisas mais difíceis—Falei tentando resistir aos seus lábios espalhando beijos sobre meu colo

—Já tá difícil com você nua encima de mim—Sua voz saiu mais rouca que o normal

—Nós não vamos transar—Afastei seu rosto

—Ta né—Bom, como eu sou futura jornalista. Será que quando tudo isso acabar...eu posso publicar no primeiro jornal que eu vou trabalhar. Eu meio que, consegui um emprego na New York Times—Falou e eu pulei de alegria

—Claro que pode—Falei e taquei-lhe o beijo

Finalmente, tirei um peso das minhas costas





A namorada do Papai (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora