Jornal Da Difamação [Kth+Jjk]

Capítulo 17

Taehyung acompanhou todos mais afastado, decepção estampada em seu rosto. A pessoa que mais se negava a acreditar, era como se não conseguisse ver a maldade em ninguém, nenhum ser humano seria capaz de fazer o que essas duas fizeram, expor pessoas por puro capricho, por um momento lembrou do ditado que leu à muito tempo em um livro traduzido brasileiro, "o sonho do oprimido é ser o opressor".

Sua mente vagou em lembranças, elas sempre estavam por perto, até mesmo nos sutis momentos, mas ninguém dava a mínima, consideradas como boas garotas o tempo inteiro.

— Como vocês conseguiram? Não sentiram remorso vendo as outras pessoas sofrerem? — Chaeyoung começou a chorar, negando a todo momento. Por um momento, se elas agissem como se não tivessem feito nada, eles acreditariam. No final, era uma ótima atriz o tempo inteiro.

— Podemos explicar. — Dessa vez foi Yeji que falou, segurando firmemente na mão da que soluçava ao seu lado. Tinha que ser forte pelas duas, se consideravam como irmãs e prometeram cuidar uma da outra.

— Não tem o que explicar! — IU gritou, o rosto banhado em lágrimas. — São notícias tão íntimas que me sinto oprimida, e nem é pela notícia não ser verdadeira, é pela minha família. Eles vão acreditar que estou grávida e podem me tirar o Jin, é a única pessoa que eu tenho, a única pessoa que eu escondi de todos, pois amava demais para deixar algo público.

Seokjin enxugava o rosto banhado pela tristeza, abraçando o corpo pequeno na sua frente. Sentindo as lágrimas da garota molharem a sua camisa de linho.

— Eu tenho anemia e ela voltou com mais força dessa vez, e meus pais vão me privar de várias coisas para seguir a risca o tratamento e não virar leucemia. Eu escondi do Jin e por isso essa foto está dessa forma, como se ele estivesse com muita raiva. O que vocês fizeram é crime... — A garota foi interrompida, por um gesto de mão da Yeji.

— A primeira coisa que eu tenho a dizer é que não fizemos isso porque queríamos... — Dessa vez ela foi interrompida, Yoongi que até então não tinha opinado, infiltrando-se na conversa.

— Você tem motivos Yeji, eu lembro da sua obsessão pelo Jungkook. A explicação está óbvia para qualquer um, com o medo de perder ele, fez de tudo para não deixar o Taehyung se aproximar, e o método mais estranho de todos é não ter tido nenhum remorso ao tentar deixar o garoto a sua disposição, destruir acima de tudo uma amizade. — Ela negou e uma fina lágrima desceu pelos seus olhos.

— Eu não gosto do Jungkook... — Não deixaram ela falar, dessa vez foi o próprio que interrompeu.

— Então foi tudo parte de um plano. — Chaeyoung suspirou, os olhos mirando em Taehyung atrás dos demais.

— Fomos coagidas. — Soltou de uma forma simplificada, as lágrimas não paravam de descer. Nem era por terem sido descobertas e sim pelo que teria que mostrar para provar sua fala. — No começo nos negamos a fazer o que era pedido, mas no final seria bem pior. Todos os dias somos perseguidas, não só pelas garotas que fazem bullying comigo.

Ela olhou para IU e Taehyung, que presenciaram tudo que ocorreu com a garota, até ser finalizado pela Hwasa e o clube feminista.

— Todos os dias da minha vida eram horríveis e quanto mais tentávamos sair, mas as ameaças recaiam nas nossas vidas, era como se tivéssemos em um loop infinito. — Yeji não esperou eles perguntarem do porquê eram coagidas, desbloqueou o celular e virou para todos verem.

Na foto apenas as partes íntimas eram borradas, mas dava para ver que ambas as garotas estavam sem nenhum tipo de vestimenta. Elas dormiam em uma cama redonda de casal, o ambiente em tons de vermelho e preto, deduzindo que era um motel. IU se arrepiou e logo virou o rosto para o lado, por mais que estivessem borrado nas fotos, dava para ver claramente o rosto das duas garotas.