Capítulo I : A GRANDE GUERRA

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Em meio a um cenário brutal de guerra, Lyncon, o destemido soldado celta, surge como o último bastião contra a devastação persa. Muralhas marcadas e destroços testemunham a fúria desse embate épico, onde cada detalhe tece a narrativa de um herói determinado a enfrentar a iminente aniquilação de seu povo.

Numa reviravolta dolorosa, um terço do exército celta sucumbira, mas, mesmo ferido, Lyncon persistiu corajosamente, desafiando as adversidades e mantendo a chama da resistência acesa. Sua dedicação incansável se tornou uma luz de esperança em meio à sombra da perda, uma testemunha viva do valor que transcende a carnificina da guerra.

No epicentro da batalha, Lyncon se viu frente a frente com Atlas, o formidável general persa, um guerreiro cujo nome ecoava como sinônimo de destreza e implacabilidade. Sob o céu carregado de tensão, suas espadas colidiram em uma dança mortal, cada golpe ecoando como trovões em meio à guerra. Lyncon, mesmo exausto e ferido, mostrou uma tenacidade que desafiava as expectativas, enquanto Atlas, digno de seu título, retaliava com uma destreza impressionante. O campo de batalha tornou-se uma arena onde dois titãs se enfrentavam, cada movimento deles entrelaçando o destino de seus povos.

Lyncon, ofegante e determinado, enfrentou Atlas em meio ao caos da guerra.

_ Lyncon: Atlas, teu nome ressoa como um trovão nos ventos da batalha, mas hoje, serão minhas palavras que ecoarão.

_ Atlas: Lyncon, o celta corajoso. Teus soldados tombam como folhas no outono, e tu ousas desafiar o destino?

_ Lyncon: A bravura de meu povo é eterna, assim como minha vontade de resistir. Por cada celta que cai, outro se ergue em sua memória.

_ Atlas:(com um sorriso sutil) Memórias não ganham guerras, Lyncon. A realidade é escrita com a lâmina da minha espada.

_ Lyncon: (erguendo sua espada) Mas a realidade também é moldada pela coragem que enfrenta essa lâmina. Hoje, Atlas, será gravado como o dia em que a resistência superou a tirania.

O choque das espadas continuou, cada palavra e golpe tecendo uma narrativa única no tumulto da guerra.

Enquanto as espadas ecoavam, Atlas, com olhos intensos, dirigiu suas palavras a Lyncon em meio à batalha tumultuada:

_ Atlas: Lyncon, tu lutas por um povo que se recusa a aceitar a inevitabilidade. A expansão persa é como a marcha inexorável do tempo, imparável. Dominaremos estas terras celtas, custe o que custar, pois é nosso destino moldar o império persa até o seu ápice.

_ Lyncon: (entre golpes) Teu império se alimenta da ganância, mas nossa resistência é alimentada pela liberdade. Por que tentar subjugar terras distantes? Por que almejar tanto?

_ Atlas: (com arrogância) O império persa busca prosperidade, riqueza e poder ilimitado. As terras celtas são uma extensão desse objetivo grandioso. Vemos nelas recursos e influência que moldarão um império eterno.

_ Lyncon: (com determinação) Vocês confundem conquista com grandeza. A verdadeira grandeza está em respeitar a autonomia dos outros, não em subjugar nações distantes.

Enquanto as palavras de Atlas ressoavam, o choque das espadas continuava, simbolizando não apenas um conflito de forças físicas, mas também de ideologias divergentes.

No duelo isolado entre Lyncon e Atlas, a lâmina de Lyncon cortou habilmente a guarda de Atlas, marcando o momento em que a figura imponente do general persa se curvou diante do ferimento.

_ Lyncon: A tirania encontra seu fim, Atlas. Teu reinado de conquista chegou ao fim.

_ Atlas: (entre grunhidos de dor) Isso... isso é apenas um contratempo. Os persas não serão detidos tão facilmente.

O campo de batalha, um cenário agora focado apenas nesses dois guerreiros, testemunhou a virada crucial. O som metálico de suas espadas ecoava, enquanto Atlas, ferido, buscava manter sua postura desafiadora. Cada movimento deles dava forma ao destino da guerra, à medida que os olhares dos soldados ao redor se fixavam nesse confronto decisivo.

Atlas, ciente de sua vulnerabilidade, utilizou um de seus soldados como escudo, ordenando que ele lutasse com Lyncon enquanto buscava uma oportunidade para fugir. O exército persa, seguindo as ordens de seu líder, iniciou uma retirada estratégica.

Lyncon, em sua habilidade formidável, desarmou o soldado designado, optando por não infligir um golpe fatal. Em vez disso, concedeu ao soldado uma chance de retornar á Pérsia.

_ Lyncon: Vai, soldado. Leva contigo a mensagem da clemência. Que a guerra não deixe apenas cicatrizes, mas também espaço para a redenção.

Enquanto o soldado partia em direção à retaguarda persa, Atlas, ferido, liderava a retirada de seu exército. O campo de batalha, agora marcado pelo rastro de conflito e o odor da morte, testemunhava a interrupção temporária da luta, deixando para trás um cenário de desolação e incerteza.

Os destemidos guerreiros Celtas emergiram vitoriosos do campo de batalha, desafiando as probabilidades com coragem e estratégia. Ao retornarem à capital do reino, foram recebidos com festividades grandiosas, as ruas ressoando com o clamor jubilante do povo celta.

No centro desse fervor de celebração, Lyncon, líder ferido mas inquebrável, foi prontamente atendido pelos médicos da corte. Enquanto a notícia de sua bravura se espalhava, a nação celta unia-se em torno da esperança, aguardando ansiosamente a recuperação do seu corajoso comandante.

A vitória não apenas iluminou o presente, mas lançou sombras sobre o futuro, delineando um destino repleto de desafios e oportunidades para os guerreiros Celtas e sua terra natal.

Lyncon, olhando nos olhos do médico, perguntou com apreensão:

_ É muito grave, doutor?

O médico, sem rodeios, respondeu:

_ Não posso mentir, sim! Você deveria ter morrido na guerra, porém acredito que os deuses estão com você, Lyncon. Acredito que vai sobreviver. Agora descanse.

Enquanto o reino celebrava, a festividade continuou até que a noite chegou. Pela primeira vez em muito tempo, o reino mergulhou em um sono pacífico e tranquilo, agradecendo aos deuses pela vitória.

Lyncon o guardião Onde histórias criam vida. Descubra agora