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Quando chegou no albergue indicado por Hugo, Seokjin imaginou muitas coisas em relação ao lugar, menos encontrar aquela que supostamente era Marieta, praticamente pulando no pescoço de um senhor tão velho quanto ela.
Os dois discutam em plenos pulmões atrás do balcão da pequena recepção. Gritavam tanto que o Kim não conseguia compreender o motivo de tamanha baixaria. Tal situação, aparentemente era costumeira no local, pois as poucas pessoas que se encontravam ali sequer davam importância para a gritaria.
- Olá? - Seokjin esperou que ambos lhe notassem, mas não foi o que aconteceu. Ele consertou a garganta e tentou de novo. - Olá!
Marieta foi quem parou de falar primeiro. Ela se virou para o ômega parado em frente ao balcão, lhe analisando dos pés a cabeça. Então ela sorriu largamente, exibindo os dentinhos separados. Apressada, ela deu a volta no balcão e se aproximou de Seokjin.
- Oh... você deve ser o ruivinho de quem Hugo falou. - Ela tocou os braços do ômega, franzido o cenho quando sentiu a pele gelada do mesmo.
Não estava tão frio, mas o garoto parecia prestes a congelar. Ela fez uma breve inspeção nas roupas inadequadas para alguém da casta dele e puxou o ômega para um local mais quentinho. Já tinha notado que era um lúpus puro apenas pelo cheiro, suas vestes de tecido fino jamais aqueceria alguém como ele, que pertencia a uma casta tão suscetível ao frio.
- Venha, querido... - Ela ouviu o marido resmungar, mas não deu atenção.
Marieta e Galion eram donos daquele albergue a anos. Por ser localizado perto de uma universidade, normalmente estudantes de toda parte da França se hospedassem ali por causa do preço mais acessível. A beta não teve filhos, então era comum que se apagasse aos seus jovens hóspedes como se fossem seus filhotes.
A briga anterior, se sucedia devido Galion propor um aumento nos preços dos quartos para suprir as contas atrasadas do albergue e ela se negar, dizendo que não poderia fazer aquilo com os estudantes com condições financeiras não tão favoráveis.
Alguns dias atrás, Hugo ligou para ela, informando sobre Seokjin. O beta sabia que a tia jamais se negaria a ajudar alguém nas condições dele. Galion por outro lado, achava aquilo uma péssima ideia.
Assim que notou a presença do garoto e percebeu que era um puro, ele soube que aquilo traria problemas para os dois. Seus olhos munidos de experiência, observava o garoto alto e franzino com um misto de curiosidade e temor. Os cabelos ruivos sedosos, a pele branca como se nunca tivesse pegado sol, os olhos azuis mornos, mas que ao mesmo tempo refletia tantos sentimentos, o jeito que se encolhia com a pequena bolsa de pano em cima de suas coxas. Aquele garoto claramente não deveria está ali.
- Marieta, venha até aqui. - Ele chamou pela a esposa quando notou a empolgação da mesma em relação ao ruivo.
- O que foi, homem de Deus? Quando ira parar de reclamar? Santos!
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O PÁLIDO OLHO AZUL || Jinkook || ABO
FanfictionDepois de anos preso em um hospital psiquiátrico injustamente, vingança é tudo que Seokjin anseia em sua vida fragmentada pela a ambição de pessoa que um dia já amou. Ele precisa recuperar o tempo perdido, ele precisa de aliados que estejam disposto...