Depois de anos preso em um hospital psiquiátrico injustamente, vingança é tudo que Seokjin anseia em sua vida fragmentada pela a ambição de pessoa que um dia já amou. Ele precisa recuperar o tempo perdido, ele precisa de aliados que estejam disposto...
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- Fique quieto, Zaire! Eu vou acabar deformando sua cara desse jeito. - O advogado riu, se recuperando do susto enquanto retornava para a sua posição inicial.
Não podia se mexer, ou corria o risco de ser atingido por um pincel. Vez ou outra, Seokjin olhava para o alfa por cima do cavalete, voltando a traçar as linhas delicadas do rosto de Zaire na tela.
Naquela manhã, o advogado retornou para a mansão dos Laviolette, encontrando alguns empregados com expressões assustadas pelos corredores. Min Woozi, que dormiu ali, estava tão apavorado quanto. Seokjin havia passado por uma noite difícil, já era o terceiro dia que despertava com seus demônios pairando sua cabeça.
O acontecimento do fim de semana foi desgastante o suficiente para que sua mente perturbada por memórias embaralhadas do que viveu no hospital psiquiátrico, retornasse como uma avalanche estarrecedora. Seokjin se recusava a falar sobre o que sonhava e mesmo que uma das exigências de Francine Laviolette fosse que ele passasse a visitar uma psicóloga, era comum que ele mencionasse que ainda não se sentia pronto para falar.
Seokjin não confiava na mulher.
Zaire advogava a mais de dez anos, aprendeu a decifrar e estudar seus oponentes e seus clientes. Enquanto observava Seokjin concentrado naquele desenho, aparentemente disperso do que lhe atormentava, ele se perguntava se o ômega lembrava do que tinha feito em meios gritos enquanto sonhava.
Seokjin chamou por Jungkook. Ele chamou pelo Jeon como se o alfa fosse um oásis em meio ao deserto, aquele que o salvaria de sua tormenta.
O advogado sabia pouco sobre eles. Contudo, duvidava se algo havia evoluído na relação de ambos, considerando a forma que o Kim era arisco como um coelho selvagem. Acreditava que o Jeon havia penetrado as barreiras do ruivo de forma que ele passasse a vê-lo como um porto seguro. Talvez Jungkook se tornasse o sinônimo de proteção que Seokjin não teve nos últimos cinco anos.
- Nós podemos conversar agora? Minhas costas estão doendo. - O ruivo ergueu um dedo, pedindo por mais tempo. Tempo este que durou mais dez minutos. Então ele decidiu continuar a falar. - Você sabe que está exposto agora, não é?
- Uhum. - Seokjin olhou para ele novamente e voltou para a tela.
Ele se recusava a entrar em redes sociais ou qualquer outro meio comunicativo que mencionasse a tão surpreendente descoberta de um segundo Kim legítimo. Seokjin poderia jurar que Jinah deveria está colocando o seu nome em alguma seita demoníaca naquele momento, considerando que agora Nayoung não era mais a única herdeira dos Kim's. Com o aparecimento dele em público, o foco sobre a beta mudaria e aquilo com toda certeza enlouqueceria Jinah.
Ele era um ômega de genes puro, um lúpus propício a dá uma linhagem de ouro para qualquer alfa da alta sociedade. O fato de ser o mais velho e consequentemente, aquele que administraria a fortuna dos Kim's, era um agravante a a parte para Jinah desejar sua cabeça. Nayoung seria deixada de lado.
