CAPÍTULO 12

13 8 0
                                    

A cabana emergia diante de Ellen como um espectro do passado, suas paredes testemunhas silenciosas de anos de confinamento. Ao adentrar, o ar parecia carregado com a memória da dor que ela suportara.

Revirando cada canto, revivia os momentos de desespero, mas também buscava pistas sobre o paradeiro de Tommy. Fotos desbotadas e objetos empoeirados evocavam um turbilhão de emoções. Contudo, em meio ao caos de lembranças, algo chamava sua atenção: uma carta endereçada a Dona Lurdes, indicando a possível localização da mãe.

Ellen, dividida entre o impulso de vingança e o desejo de encontrar respostas, sabia que o caminho adiante seria repleto de desafios. Agarrando a carta, ela se preparava para a reviravolta iminente, onde o passado e o presente colidiriam de maneiras imprevisíveis.

Enquanto Ellen percorria a cabana, notou algo notável — não havia mais manchas de sangue, nem vestígios dos horrores que enfrentara anos atrás. Uma sensação estranha de alívio e perplexidade a envolveu. A ausência de sinais macabros sugeria uma possível reviravolta: e se Michael estivesse vivo?

A descoberta injetou uma nova energia em sua busca, misturando esperança e apreensão. As lembranças da cabana agora se mesclavam com uma esperança cautelosa de que Michael, de alguma forma, tivesse sobrevivido. Determinada a seguir essa pista, Ellen seguiu o rastro da carta para encontrar Dona Lurdes e, quem sabe, desvendar o mistério que envolvia o destino de seu amigo.

Com amor, Ellen.Onde histórias criam vida. Descubra agora