Capítulo 5

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Quando eu tinha oito anos eu quebrei o meu tornozelo, enquanto brincava com Will de esconde - esconde no jardim da casa de praia .

A dor era tão insuportável que eu comecei a chorar.

Will, que estava muito assustado com o meu ferimento , correu para dentro da casa para chamar nossa mãe. Nossa mãe ouviu o meu choro e correu para o jardim, onde me encontrou ferida.

Fui levada imediatamente para o hospital mais próximo, onde passei por uma ressonância magnética e uma cirurgia para corrigir a fratura no tornozelo. Após a cirurgia, fiquei em repouso total para que minha perna pudesse se recuperar.

Will , que estava muito assustado com a minha fratura , ficou em choque , e se sentiu muito culpado por eu ter me acidentado . Já a noite ele dormiu ao meu lado , para que nós não ficassemos separados.

E isso nunca mudou, quando um de nós ficava doente, ou magoados com algo. Sempre estávamos lá um para o outro.

E nessa noite assim que Will chegou , ele passou a noite toda em meu quarto de guarda caso o invasor viesse novamente .

Assim que acordo nessa manhã ele está lá ainda. Acordado , descabelado e com olheiras.

— Bom dia - digo para ele

— Bom dia - ele diz bocejando - Dormiu bem?

— Sim.

— Que bom - ele diz esfregando os olhos

Eu noto o estado em que ele está — Espera,você não dormiu?

— Se você soubesse quantas xícaras de café eu tomei essa noite para me manter acordado você ficaria surpresa.

Eu olho para ele pasma — Não acredito que você não dormiu.

— Alguém tinha que ficar de guarda pra te proteger.

Eu franzo a testa — Me proteger? Me proteger de quê?

— Caso a pessoa que te mandou as flores e a carta voltar.

Eu me levanto da cama e vou em direção a janela do quarto e a abro — Não vejo a necessidade disso, a pessoa que me enviou isso provavelmente estava tentando me assustar. Mas pelo visto quem ficou assustado foi você.

— Como que você não ficou com medo disso, a pessoa claramente está te ameaçando!

— Para mim isso são ameaças vazias. Não há do que ter medo. Além do mais,nosso pai pediu para instalarem uma câmera de segurança perto da janela. - digo indo em direção ao meu armário.

Ele suspira derrotado — Já vi que não consigo te convencer o quanto isso é perigoso. Você simplesmente não está ligando que tem alguém te ameaçando, e que pode acabar com a sua vida.

Eu me viro e olho para ele — Will,meu lindo e único irmão. Vamos fazer um acordo está bem, se eu receber mais alguma carta de ameaça , ou perceber que tem alguém me perseguindo. Eu te aviso, tá? - digo dando um sorriso para o tranquilizar.

Ele mais uma vez suspiro derrotado — Tá, mas pelo amor de Deus me fala se perceber algo.

— Pode deixar - eu sorrio ,mas logo desmancho. - agora vai dormir - digo com voz autoritária apontando para a cama .

Ele rola os olhos e então diz — Tá bom mãe - ele diz antes de se deitar e dormir.

Assim que eu percebo que ele está totalmente adormecido, vou até o banheiro e tiro o meu pijama para tomar banho. Assim que entro na banheira, eu me sento e abraço meus joelhos . Deixando que a água acima de mim caia sobre a minha cabeça.

𝐼 𝑊𝑜𝑢𝑙𝑑 𝐷𝑖𝑒 𝐹𝑜𝑟 𝑌𝑜𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora