† ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 𝔡𝔬𝔦𝔰 †

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⚜️ Lágrimas Inocentes ⚜️

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⚜️ Lágrimas Inocentes ⚜️

Ele correu o mais rápido que pôde. Seus pezinhos se atrapalharam e ele caiu algumas vezes, mas nunca olhou para trás.

Sua roupinha estava suja e seus cabelos despenteados, sua barriguinha inventou de roncar bem naquela hora, ele fungou baixinho enquanto continuava correndo. Mas nunca deixou o seu prêmio cair de suas mãos, ele havia ganhado honestamente.

Talvez não tão honestamente, mas não tinha culpa se o outro garoto não tinha prestado atenção onde o velho trapaceiro escondeu o pedaço de pão mofado, ele já estava tão acostumado com o velho barrigudo mentindo para ele, que já até sabia onde ele escondia o pão velho.

Não era sua culpa, que o velho gostasse de vê-los brigando por causa de um punhado de comida, estava farto de se machucar ou machucar os outros. Ele só queria comer, então ao invés de brigar, ele simplesmente levantou o tijolo e pegou o pão e saiu correndo.

— Volta aqui, seu ladrãozinho!

Ele ouviu o velho gritando atrás de si, ele nunca olhou para trás e se embrenhado mata adentro.
Chegando no seu esconderijo, ele foi rápido em se esgueirar para dentro da casca da grande árvore tombada no chão. Ele segurou sua respiração enquanto tentava ouvir alguma coisa.

— Da próxima vez que você voltar a vila, arrastamos você para os anciões.

Ele soluçou com as mãos em frente a boca enquanto tentava abafar o som, ele não queria ir para os anciões de Nyltheria.
Seus amigos que foram pegos e mandados para eles, nunca voltaram. As pessoas em sua antiga vila diziam que criancinhas eram enviadas para a Besta que protege o Sul. Pelo menos eram o que diziam, eu não queria virar comida de um monstro.

Ele se arrastou de bruços tentando se acomodar dentro da velha árvore, puxando sua mochila velha e surrada para mais perto, ele soube que estava na hora de partir outra vez. Não faz muito tempo que ele conseguiu chegar nessa vila, ele foi esperto e conseguiu se esconder dentro de um barril vazio e fugir da última vila onde ficou conhecido por furtar frutas e pães velhos.

Mas não existiam muitas opções para órfãos. Era mendigar nas ruas ou ser enviado para os anciões, próximos a floresta de Nyltheria. Ele não queria isso, não queria virar comida da Besta de chifre de cervo.

Ele desembrulhou o pão velho e deu algumas mordidas, com um suspiro desanimado ele se forçou a dormir. Logo, ele teria que partir.

Enquanto dormia naquela noite, ele se pegou sussurrando em seus sonhos.

“ Eu quero ir para casa”

A questão era, onde ele poderia encontrar um lar? Sua mãe partiu para o outro mundo o deixando sozinho, seu pai ao menos chegou a conhecê-lo. Uma lágrima solitária deslizou por suas bochechas e incomodou alguém, não muito longe.

“Lágrimas inocentes nunca poderão ser ignoradas.
Assim como pediste, ganharás”

Assim como pediste, ganharás”

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