Seja bem-vinda novamente.

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1854

Sookyung gritava na sala, sentindo suas lágrimas escorrerem pelo rosto sem nenhuma limitação. Ao seu lado estava seu marido, Changjoon, segurando sua mão e demonstrando todo o seu apoio para a mulher que dava à luz naquele instante.

— Meus parabéns, vossa alteza, é uma garota...

O médico finalmente, junto à família, descobriu o sexo da mais nova monarca, Jeongyeon Baek, agora a caçula da família.

[...]

1867

— Eu não consigo acreditar! Droga! Eu já te dei 2 chances, e você não muda! Estou cansado, Jeongyeon! Você não merece nada do que tem! Vá para o seu quarto, antes que eu te bata aqui mesmo! Você pensou que poderia se safar se apenas seu avô soubesse, mas você se esqueceu que ele é o rei, e eu sou seu pai! E na próxima vez que eu pegar você roubando, vou cortar sua mão fora!

— Mas papai, não fui eu! Isso é muito injusto!

— Jeongyeon, pare de responder ao seu pai! Por que você não pode ser como seu irmão?!

Na hora em que o homem viu que foi contrariado pela filha, correu até ela com uma faca na mão pronto para acertá-la, porém, graças ao guarda, o corte apenas pegou raspão no olho esquerdo da adolescente.

— Tire ela da minha frente antes que eu a mate!

Jeongyeon saiu correndo para seu quarto sem escutar mais nada, sentia lágrimas descerem por seu rosto. Mas não de tristeza, longe disso, lágrimas de ódio.

Escutou algumas batidas na porta trancada, porém simplesmente as ignorou, segurava um lenço estancando o sangue do corte em seu rosto, enquanto em uma bolsa colocava algumas peças de roupas junto a algumas joias que roubava de sua mãe.

Iria conseguir um bom dinheiro com elas.

E com tudo isso pronto, saiu do palácio pela madrugada. Jurando para si mesma que iriam se arrepender do que haviam causado a ela.

[...]

— Jeongyeon, está na hora de acordar! Vamos, levante!

Sookyung entrou no quarto após usar a chave reserva, porém entrou em desespero ao notar o sumiço da adolescente.
Rapidamente, todos os guardas do reino foram mandados para procurar a garota desaparecida, porém nada adiantou.

Oficialmente, dada como morta.

[...]

1872

Forks se deparava com uma nova figura entrando na vila.

Uma bela mulher de cabelos loiros vestia um belo vestido preto de mangas longas, luvas, chapéu e botas no mesmo tom escuro, e uma singela capa por cima de tudo isso. Com joias dando destaque ao seu pescoço.

Caminhava com classe e uma feição fechada. Mal conseguiam enxergar seu rosto, porém seu cheiro forte e marcante deixava claro que estava passando, chamando a atenção de todos. Principalmente dos homens.

Min-ho Baek havia acabado de falecer aos seus preciosos 79 anos, devido a complicações em seu pulmão.
O reino inteiro estava em luto pelo antigo rei, inclusive sua neta.

Após alguns minutos caminhando pela vila, chegou à entrada do palácio. Quando estava prestes a passar pela enorme entrada, foi impedida por um dos guardas, como esperado. Tirou seu chapéu e olhou diretamente para o homem, que ao notar a cicatriz, rapidamente reconheceu quem estava à sua frente.

— Eu vim prestar minhas homenagens para o meu avô. Acredito que eu posso entrar, certo?

— S-Sim... Sim, senhorita. Fique à vontade. Eu lhe acompanho.

A loira deu um leve sorriso para o homem e colocou seu chapéu novamente, entrando no palácio acompanhada pelo guarda.

Assim que notaram a presença do guarda com uma mulher desconhecida, toda a família olhou em direção a eles.

— Mamãe, papai, irmãozinho. Nem me esperaram... Que deselegante...

— O-O que?! Você está viva?!

— Mais viva do que nunca, papai! Estava precisando de umas férias. Espero que meu quarto esteja livre e limpo. Minhas bagagens irão chegar ainda hoje. Namjoon, por favor, pegue. Apenas confio em você os meus pertences.

Avisou para o guarda e então começou a subir para seu quarto sem dizer uma palavra a mais.

— Será muito divertido...

Long Live The Queen Onde histórias criam vida. Descubra agora