Três perdas em menos de uma semana, o Reino não poderia estar mais abalado.
Jeongyeon vivia trancada no quarto ou então no tiro ao alvo que praticava com o avô.
A mente do Rei ainda martelava na tecla em que a princesa teve algo a ver com esses acontecimentos, porém sempre que via a mais nova passando cabisbaixa, mal comendo nas refeições e até chorando no quarto, sentia culpa de pensar tal coisa da garota.
Havia sido um péssimo pai todos os anos que tinha passado com ela, e agora que sua filha estava consigo depois da perda do avô e da mãe, estava querendo a culpar?
— Jeongyeon, eu posso falar com você?... — Perguntou batendo na porta do quarto três vezes.
Depois de alguns segundos de silêncio, ouviu passos indo até a porta e, finalmente, a abrindo. Mal olhou nos olhos de seu pai, apenas abriu e caminhou até a cama, se sentando.
— Filha, se é que eu posso te chamar assim... Durante todos esses anos, eu fui um péssimo pai para você... Eu fui um covarde... Eu ainda sou... Você pode estar achando isso tudo ridículo, e você tem total direito e razão... O Taehyun sempre teve toda a minha atenção, pois ele é uma pessoa devagar, não sei... Ele nunca mostrou interesse em fazer nada, apenas ficar se aproveitando do que tinha. Mas você não, você era diferente... Você era incrível... E ainda é... Acho que eu só te tratava daquele jeito com medo de você ser melhor do que eu...
Quando Jeongyeon iria falar, seu pai a interrompeu batendo na sua penteadeira com força.
— Ele é um inútil! Um merda! Mas toda a minha vida eu me recusei a acreditar nisso e coloquei toda a culpa em você!
— Papai, calma... Você pode acabar se machucando... Calma... — Ela se levantou indo até o senhor, segurou sua mão e beijou delicadamente no local avermelhado.
— Eu não quero que o Tae seja prejudicado... Eu apenas quero ajudá-lo e tirá-lo dessa vida...— Como assim? De que vida? Do que você está falando, meu anjo?
— Papai... Eu não imaginei que isso seria tão difícil... Eu já queria falar com o senhor há um tempo, mas eu não tinha condições depois de tudo isso... Papai, o Tae está usando drogas...
— O que?! Você tem certeza?...
— Tenho sim... Eu saí do quarto para beber água à noite e vi ele do lado de fora comprando algo, e quando ele entrou no quarto um cheiro forte e uma fumaça se espalhou por aqui... Mas se o senhor não acredita, pode ficar vigiando ele essa noite ou pedir para alguém ficar olhando ele... Eu só quero o bem dele...
— Eu sei que sim, meu amor... O papai vai cuidar disso, ok?... Apenas me desculpe por tudo que eu já fiz com você... Eu te amo muito, mesmo que não pareça...
— Está tudo bem, papai... Eu também te amo... Cuida do Tae, não deixa ele seguir essa vida...
[...]
— Momo, já está tudo certo? — Perguntou, acertando um dos alvos com um tiro.
— Já sim, Jeong. O Yoongi já foi falar com o Taehyun. Eles vão se encontrar, e ele vai entregar um pacote com 2 quilos de cannabis para ele brincar um pouco.
— O que ele quis em troca? Conheço bem aquela peça, ele não iria me fazer um favor de graça.
— Ele pediu US$ 40,000.
— Perfeito. Papai vai adorar descobrir aquilo. Drogas junto com suas antigas mágoas sobre o Taehyung podem resultar em apenas uma coisa: bastante confusão. E se for como eu estou sonhando, a facada que ele errou na minha vez, ele irá aceitar nessa. — Mais dois tiros.
— Você acha que ele faria isso?
— Eu tenho quase certeza... Ele veio falar comigo, se desculpando por tudo que já tinha feito comigo e sobre como estava tentando me culpar por tudo que tinha acontecido, mas estava arrependido. Ele surtou em um momento sobre o Taehyung, até bateu na minha penteadeira. Me esqueci de verificar se ele não quebrou nada importante. Minhas maquiagens são caríssimas.
— Sua família é tão unida que me inveja.
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Long Live The Queen
FanficJeongyeon, com sua beleza envolta em frieza, revelando um coração enegrecido pela ambição desenfreada. Uma princesa ferida pelo passado retorna para reivindicar seu lugar no trono, disposta a enfrentar tudo e todos que se colocarem em seu caminho.