O pombo

Capítulo 1

Sem revisão

17/12/2023

Capítulo 1

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Os tivôs fizeram uma pequena reforma no porão onde estava o portal que Ford saiu. Estava mais organizado para a catalogação e análise de anomalias, até porque precisavam de espaço para caber todos os itens colhidos mundo a fora.

A caixa de vidro era uma aquisição interessante: servia para observar de perto seres ou coisas perigosas sem se colocarem em perigo. Acho que tem um tamanho de 7 metros cúbicos, não tenho certeza, não cheguei a medir precisamente.

Ainda comendo meu cereal, dei mais uma colherada e deixei em cima de uma mesa reservada para comida - aprendemos a lição depois de derrubarmos algumas (muitas) coisas. Cheguei perto da caixa e vi Cipher dormindo pacificamente, como se nem tivesse tentado uma dominação mundial. Pelo menos, eu me sentia um pouco mais seguro com ele preso.

- Já tem algum palpite do que aconteceu? - Ford parou ao meu lado como se também o analisasse, pondo os neurônios para pensar furiosamente.

- Tenho alguns, garoto, mas ainda não descarto a possibilidade de ser apenas atuação.

Acenei com a cabeça, concordando. Ficou um silêncio confortável, enquanto encarávamos a pessoa através do vidro.

- Um pombo. - Afirmei desacreditado, mas rindo. - Parece até brincadeira.

- Se eu te contar que não foi só um pombo, você acreditaria? - O encarei incrédulo, como assim "não foi só um pombo"? Ele caminhou para os computadores e me mostrou uma lista de elementos. - Eu estava estudando os componentes da cripta de Bill: Tem basalto, calcário, e ferro em menores quantidades. Contudo, descobri que faltava um item. Um item que tem cunho místico para fechar o zodíaco.

- E o que era? Crina de unicórnio? Vômito de gnomo ou de fada? Cristais?...

- Glitter. - Me interrompeu dizendo mais uma palavra para a lista de coisas místicas.

- É glitter também, mas eu ficaria bem irritado se fosse... Mabel carrega pra todo canto um vidrinho de cada cor. Acredita que ela tem um de cor de gelo? Eu nem sabia que isso era uma cor! - Falei indignado.

- Não, Dipper. Você não entendeu, faltou glitter para selar o zodíaco. - Meu queixo caiu e eu o olhei em dúvida.

- Tivô, nem brinca com uma coisa dessas.

- E eu não estou, sabe que sou péssimo com piadas. Achei depois de algum tempo, escrituras antigas que diziam que para selá-lo, você deveria finalizar o ritual com algo que instiga o melhor das pessoas, algo que reluza; algo que, com pouco, trás felicidade. Já viu sua irmã com glitter? - Eu ri, ri muito, porque eu não pensaria em algo tão assertivo quanto glitter, no entanto ri também desacreditado.

Respirei fundo depois e, então, concluí:

- Então, a cripta já estava para se romper, o pombo só ajudou.

Ele acenou e eu passei a mão pelo rosto em agonia.

Olhei novamente para a caixa e vi Bill se sentando, de costas para onde estávamos, na cama.

- O que vamos fazer com ele? - Perguntei para o tivô.

- Estudar o suficiente para ter certeza que ele não é um perigo para nossa sociedade.

A conversa se encerrou nesse momento. Peguei meu pote com cereal e subi, deixando eles dois a sós.

Mabel saiu com Pacífica para fazer compras. Viraram melhores amigas depois do evento problemático do Estranhagedon. Grenda estava viajando com seu príncipe e Candy estava na faculdade ainda. Ou seja, apenas ela e Pacífica rodando Gravity Falls.