Já alguma vez sonharam com uma coisa muito estranha durante a noite? Algo que não tem sentido algum? Mas as pessoas costumam dizer que todos os sonhos têm significado.
Não importa.
Abro mais os meus olhos, tentando adaptar-me melhor à luz que sai da minha janela. Fico a olhar fixamente para o meu teto. Algo não está bem.
Levanto-me e saio do meu quarto. Chamo por toda a minha família, mas ninguém responde nem mesmo a minha cachorra que morre de amores por mim.
Que raio?
Vou até à cozinha. Era uma cozinha moderna e grande, afinal a minha família não é supostamente pequena, tenho duas irmãs, um irmão, o meu pai, a minha madrasta e a minha cachorra. Mas alguma coisa continua a não estar certa. É nesse momento que o meu campo de visão abre e consigo ver que quase todos os cómodos da minha casa estavam cheias de sangue. Mas sangue de quem? Onde está a minha família? Vejo um post-it pequeno e amarelo na geladeira. Arranco à força e leio.
Acorda! Acorda! Acorda!
Sinto a minha pele arrepiar-se. Eu estou completamente acordada e viva, acho eu. Mas agora que penso melhor...quem sou eu?
- Eu disse para acordares. - uma voz calma e distorcida fala por detrás de mim.
Não tive tempo de me virar e ver quem era. Nos próximos segundos só me lembro do som de um tiro a atravessar o meu corpo e eu, alguém, a cair no chão frio, tornando-me assim mais uma mancha de sangue no meio de todas as outras.
☆ ☆ ☆
-Olívia? - bem no fundo da minha mente alguém chama o nome de uma pessoa. Será o meu?
Dentro da minha cabeça existe uma mistura de várias cores. Não consigo abrir os meus olhos ou imaginar alguma coisa, estou presa dentro da minha mente. É assustador, eu sou uma pessoa muito criativa e perceber que na minha cabeça, no meu cérebro, não existe mais nada para além de cores... Eu quero sair daqui, não quero ficar presa dentro de mim, é um pesadelo.
-Estás bem Olívia? - alguém bate no meu ombro. Então o meu nome é Olívia. É um nome bastante bonito, os meus pais tiveram bom gosto. Agora só precisava de tentar abrir os meus olhos para responder a esta pessoa preocupada comigo.
- Ela estava bem quando à duas horas atrás o seu corpo relaxou e achei que, mentalmente, estava a dormir e deixei-a sozinha, quando voltei ela estava a tremer e com os batimentos cardíacos baixos.
- É normal, ela passou por uma experiência bastante traumática. - sinto alguma coisa picar-me o braço. - os batimentos já voltaram ao normal, aparentemente. Deve acordar quando se sentir pronta para isso.
Não faz sentido. Eu estava pronta para acordar. Eu conseguia ouvir as conversas e sentir tudo à minha volta, mas por algum motivo continuo presa dentro da minha mente vazia.
- É melhor que ela fique sozinha, quando acordar irá procurar por alguém conhecido.
Mas eu não conheço ninguém, nem a mim mesma. Não sei onde estou, fisicamente. Há uns minutos atrás estava dentro da minha casa cheia de sangue quando, de repente, era morta com um tiro no meio da minha barriga e caio no chão. Isto não pode ser normal, eu quero saber o que aconteceu.
A minha cabeça correspondeu com a minha força de vontade que eu tinha de acordar. Começo a ficar tonta e a ver tudo turvo e forte, como uma luz. Fecho os olhos novamente e abro, faço este movimento várias vezes para me habituar à claridade. Aos poucos vou recuperando a minha visão.
Aparentemente eu estava num hospital, ligada a várias máquinas e com várias agulhas a picarem-me a pele. Olhei para o meu quarto, eu já devo estar aqui há bastante tempo, contando com todos os balões e cartões de melhoras claramente assinados pela mesma pessoa, quadros que me eram familiares e várias roupas espalhadas pelo quarto todo. Estava completamente desorganizado.
Tento levantar-me, mas para alguém que acabou de chegar da vida após a morte é normal que não tenha força alguma, nem para levantar um dedo.
Olho para a mesa que estava de frente para a minha cama hospitalar. Tal como o resto do quarto tinha várias coisas diferente e em desordem, até uma chávena de café partida ali estava. Mas a coisa que me chamou mais a atenção foi o crachá que estava no centro. Tinha um nome: Olívia Moore.
Olívia Moore
Era esse o meu nome? Meu Deus, eu sinto-me uma merda.
Alguém bate na porta do meu quarto, mas não espera pela minha autorização para entrar.
- Que milagre! Todos já tinham perdido as esperanças senhora Moore. - uma mulher totalmente desconhecida dá-me o sorriso mais sincero que eu já presenciei. - Chamo-me Beatriz, tenho sido a sua doutora pelos últimos cinco meses.
- Estou inanimada há cinco meses? - pergunto perplexa.
- Não posso responder a muito...Mas devo dizer que teve uma recuperação ótima nos últimos meses, ainda mais para alguém que quase foi assassinada.
Repita-la!
☆ ☆ ☆
Olá! O meu nome é Nor e tive a ideia de começar a escrever esta história.
Sou iniciante por isso peço desculpas por qualquer erro. Se tiverem alguma coisa que queiram partilhar comigo digam.
Este primeiro capítulo é um pouco confuso e sem descrições de personagens, mas prometo que irá desenvolver-se ao longo dos capítulos.
Espero que me acompanhem durante esta jornada e que gostem da história. Podem seguir-me no TikTok na ficarem mais perto dos acontecimentos:
memorias.perdidas1
Obrigada amores. Beijos!
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Memórias Perdidas
RomanceUma garota não se lembra de nada daquilo que viveu. Apenas ficou com um sonho assustador e aterrador sobre algo que ela nunca viu. Como será que ela conseguirá viver em um mundo que lhe tirou tudo e que, principalmente, guarda as suas memórias perd...