[Maria di Angelo p.o.v]
( Itália.1921.10.13)
O café da manhã havia acabado, meu pai havia se trancado em seu escritório, como ele sempre fazia após o café da manhã, e ficava por lá até o jantar. As vezes eu pensava que a minha mãe não gostava muito desde hábito, mas ela não podia reclamar, afinal ele estava apenas cuidando da família, mesmo que isso enfraquecesse o seu casamento.
Como meu pai eu também me tranquei em meu quarto, afinal eu tinha que me mudar, mesmo que eu odiasse essa ideia, eu queira continuar na Itália com a minha nonna, mas eu ainda não decidir nada, mesmo tendo 18 anos, para os meus pais eu sempre serei a pequena e frágil Maria, de 8 anos. Enfim eu comecei a arrumar as minhas malas, era muita coisa, eu precisava levar as minhas roupas, sapatos, acessórios, maquiagem, bolsas, acho que já deu pra entender. Enquanto eu estava terminando a minha última mala a porta do meu quarto é apertada por uma criança de 10 anos, é o meu irmãozinho, Diego di Angelo.
"Irmã.."-Ele murrmura com a voz chorosa, ele então corre em minha direção e me abraça-"Eu não quero ir embora daqui! E a nonna? Ela pode sentir a nossa falta.."
Eu sorrio para o meu irmão, e o pego colo, e me sento na beirada da minha cama com ele ainda no meu colo.
"A nonna vai ficar bem, Diego. E a gente vai voltar, não se preocupe, e quando a gente chegar eu tenho certeza que você vai ter muitos amigos lá.."-Eu falo com um sorriso gentil-"Vamos fazer assim, agora você me ajuda com as minhas malas, e depois arruma as suas, pode ser?"
Diego sorri, e fungando concorda com a cabeça, então ele se levanta do meu colo, e começa a tirar algumas peças de roupas minhas do guarda-roupa.
* * *
Já era quase noite, eu e Diego passamos o dia arrumando as nossas coisas para a mudança, e os empregados da casa, subiam e desciam com caixas, malas, ou até mesmo sacolas, a minha mãe coordenava os empregados, então ela nem teve tempo de se juntar ao jantar comigo e meu irmão, e meu pai.. bem, ele continua trancafiado dentro do escritório.
Após o jantar, a babá do meu irmão o levou pra cama, e o colocou pra dormir. Já eu fui pra a biblioteca, eu comecei a vasculha-la a procura dos meus livros favoritos, que eram os de mitologia, meus pais sempre foram rigoroso sobre isso.
Veja bem, a minha família inteira é exatremamente católica, e eles não gostam que outras crenças se intrometam, ou afetem a nossa crença, mesmo que isso seja apenas um exagero para mim.
Enfim, eu peguei os meus livros, e rapidamente os escondia dentro de uma mala de mão.
* * *
No dia seguinte, a correria continuo mas dessa vez era para se despedir, os empregados se despediam um dos outros, e até mesmo dos meus pais. Finalmente depois de muitos choros, e abraços, eu e minha família estavamos a caminho da estação de trem, para chegarmos ao aeroporto.
(Estados Unidos.1921.11.15)
Depois do que se pareceram horas, finalmente eu e minha haviamos chegado em Washington DC, a nossa nova casa era tão grande quanto a na Itália, ela tinha um jardim, piscina, e óbvio era enorme, eu arriscava dizer que ela ocupava um quarteirão interior.
"Uau! Essa casa é ainda maior do que a nossa antiga.."-Diego fala admirando o tamanho da casa.
"Maria, vem comigo.. temos que nos preparar para a festa de hoje a noite!"-A minha mãe exclama, enquanto me pegava pelo braço e me arrastava com ela até sabe se lá aonde.
Eu e minha mãe passamos pelos corredores da casa, ela já estava toda decorada, tinha os quadros de família, pinturas antigas, vasos chiques, e claro os móveis, todos em seus devidos lugares, algo que indicava que meu pai pretendia vir para cá antes.
"Mãe, onde estamos indo?"-Eu finalmente pergunto depois, da minha mãe parar em frente a uma porta branca, com a maçaneta dourada.
"Aqui vai ser o seu quarto, minha querida!"-A minha mãe exclama, enquanto abre a porta do quarto, revelando uma cama enorme, e várias das minhas coisas já em ordem lá, do jeito que eu gostava.
"Ah.. Uau, isso foi tão rápido.."-Falo enquanto admirava o quarto.
Eu e minha mãe adentramos ao quarto, eu me sento na beirada da cama e observo o cômodo, ele era simples, do jeito que eu gostava.
Minha mãe pega a escova e começa a pentear os meus cabelos pretos, enquanto cantarolava uma música italiana que ela sempre cantará pra mim quando eu era pequena.
"Maria, você já não é mais a minha bebê, né.."-Minha mãe fala com um suspiro, enquanto continuava a pentear o meu cabelo-"Eu estive pensando, talvez está festa de hoje possa ser a sua chance de arrumar um marido.."
"Mãe..? Eu, nós chegamos hoje.. eu não conheço ninguém, e o papai provavelmente vai me apresentar ao primeiro jovem rico que ele ver pela frente.."-Maria murrmura incomoda com o assunto.
"Seu pai só quer o seu bem.."-Minha mãe fala tentando me convencer que meu pai iria me arrumar um ótimo marido.
Eu não falei mas nada, meu pai era um homem muito rígido, então ele provavelmente iria me arranjar com alguém do melhor dos melhores, mas isso não significa que eu vou ama-lo, ou que ele irá me amar...
<CONTINUA>
PALAVRAS: 917
VOCÊ ESTÁ LENDO
Your Beauty Never Ever Scared Me
أدب الهواةMaria di Angelo era uma mulher italiana, de 1921, ela é a filha mais velha de um famoso, e importante diplomata italiano, então ela sempre foi acostumada com a atenção de todos por onde quer que ela vá. Mas isso tudo muda quando seu pai, Matteo...