[🥀É um prazer, Hades..🥀]

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                (Maria di Angelo p.o.v)


(Washington DC. 1921.11.15)

Depois da minha mãe terminar de pentear o meu cabelo, e tentar me convencer de que eu iria achar um ótimo marido na festa de hoje, eu fui ir me arrumar para a tal festa. Mesmo eu sentir notado os empregados foram rápidos e já me preparam um vestido.

O vestido era preto, ele era elegante, mas simples, as mangas dele era de um tecido que arriscava dizer que era renda uma preta, o tecido do vestido em si era leve, e muito confortável.

Eu fui até o banheiro, e rapidamente dei uma analisada nele, era praticamente do mesmo jeito que o meu, na minha antiga casa na Itália, o espelho era grande, tinha uma banheira de mármore, possuía uma janela de vidro fosco.. é o mesmo bom e velho banheiro, eu quase tive a sensação de que estava em casa, mas aí eu me lembrei a minha casa era na Itália, com as minhas amigas, minha nonna, e o meu melhor amigo, que eu considero como meu pai, Giuseppe.. Aqui nunca vai será a minha casa.

Após o meu banho, eu vou até o guarda-roupa, onde estava o meu vestido para aquela noite. Eu me visto, e rapidamente começo a arrumar o meu cabelo, no fim das contas eu prendi o meu cabelo pra trás. Depois eu fui até a minha penteadeira eu começo a procurar os meus acessórios, um color de pérolas, e minha luvas brancas de seda. Enquanto eu terminava de me preparar eu tive uma sensação levemente estranha, então eu vou até a sacada do meu quarto, e vejo uma cena que nunca vou esquecer na minha vida.

Um monstro com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente, não demorou muito para que eu o reconhece era uma Quimera, um monstro da mitologia grega, mas como esse bicho podia existir? Eu me perguntei mentalmente, mas isso não importava o que importava era tinha um garoto ao lado dela, ele parecia ter a idade do meu irmão, e a única coisa que carregava era um arco e flecha. Mas o que mais me surpreendeu foi que ninguém estava prestando atenção neles, ou os que notavam achando que era apenas uma criança brincando com o seu gatinho de estimação.

Eu rapidamente sai do meu quarto as pressas, eu desci as escadas da enorme casa, e passei pela sala onde os meus pais estavam apenas conversando, enquanto o meu irmão lia algum livro sobre etiqueta, que ele provavelmente estava odiando.

"Srta. di Angelo..? Onde você está indo com toda essa pressa?"-O novo mordomo da minha família pergunta.

Se eu não me engano o nome dele é Sebastian, mas eu não me dei ao trabalho de o responder, apenas continue correndo endireção a porta da frente. Eu a abro rapidamente, e dou de cara com... Nada, não tinha mais uma Quimera, ou um garoto com um arco e flecha, agora só tinha uma rua vazia, tirando por algumas pessoas que e iam e vinham..

"O que..? Mas, mas.."-Balbucio ainda surpresa, aquilo foi tão real, será que foi apenas um sonho? Não.. algo me dizia que não era apenas um sonho.

Voltei para dentro, e fui até a sala, onde encontrei os meus pais e meu irmão totalmente alheios ao o que eu tinha visto. Eu rapidamente me sento ao lado do meu irmão, e o observo ler aquele livro de etiqueta.

"Daqui a pouco o motorista vai chegar.."-Sebastian anuncia olhando fixamente para mim, como se pudesse ler a minha mente.

"Perfeito, vamos esperar lá crianças!"-A minha mãe fala, enquanto encarava o meu pai com um olhar frio, o que não era normal pra ela.

Minha mãe sempre foi uma mãe amável, mas que dava mais atenção pro marido do que prós filhos, então normalmente ela teria esperado meu pai falar algo para aí sim, nos doze o que fazer. Parece que eles estavam brigados, principalmente considerando que o meu pai nem sequer a olhou no rosto.

Eu deixo este assunto pra lá, isso é problema dos meus pais e do casamento deles, eu não tenho nada haver com isso. Eu e meu irmão nos levantamos, o meu irmão já tinha desistido de tentar ler aquele livro, então ele apenas o deixou jogando no sofá, coisa que nenhum dos meus pais se deu ao trabalho de corrigir.
 


* * *

Finalmente o motorista havia chegado, e nos deixado enfrente a uma mansão enorme, tinha uma fonte na entrada, a direita um jardim enorme, com direito a um mine labirinto, e a esquerda uma piscina. Mas nem deu tempo de reparar em mais coisas, logo minha mãe enrolou seu braço no do meu pai, ignorando completamente a sua irritação com ele. Eu pego na mão do meu irmão, e logo começamos a caminhar para dentada enorme mansão.

A decoração de dentro era sofisticada e um pouco exagerada, na minha opinião. Quando entramos todos nós encaravam como se fossemos um quebra cabeça sem solução, o que não me incomodou de fato, mas incomodou o meu irmão, apertou a minha mão mais forte, e inflou as bochechas, ele parecia estar preste a chorar, e eu não podia deixar isso acontecer, eu rapidamente o puxo para pista de dança, e mesmo não tendo a mesma altura que ele, eu começo a dançar e rodopiar com ele, o que fez ele soltar algumas risadas de diversão.

"Hahaha! Denovo, Maria, Denovo!"-Ele exclama enquanto giramos entorno dos outros convidados, que nós olhava torto, mas eu não liguei, e o meu irmão também não.

"Tudo bem, foi você que pediu!"-Eu exclamo na mesma intensidade que ele, e continuamos a rodopiar, só que dessa vez mais rápido.

Enquanto giramos pelos convidados, eu sem querer esbarrei em um homem, ele segurava uma taça de vinho, quase a deixou cair em seu terno.

"Sinto muito!"-Eu exclamo, enquanto continuava a rodopiar com o meu irmão.

"Tome cuidado, por onde gira, garota.."-Ele balbulcia, enquanto limpava qualquer pinguinho de vinho, que poderia ter caído em seu terno.

* * *

Depois de rodopiarmos, eu e meu irmão paramos perto da mesa de petiscos, enquanto eu tomava apenas uma água, o meu irmão se empaturrava de salgados, eu observava tudo rindo, eu nunca vi o meu irmão tão feliz desde que a gente veio prós Estados Unidos, e vê-lo animado era ótimo.

De repente enquanto eu tomava a minha água, alguém esbarrou em mim, mas por sorte a água não caiu em mim

"Sinto..."-O homem começou a dizer, mas depois que ele olhou pra mim ele começou a sorrir-"Ora ora, parece que estamos quites."

Não demorou muito para que eu também o reconhece, era o homem que a havia esbarrado a algum tempo, eu corei levemente já que não sabia o que dizer, e ele reparando nisso deu uma risada.

Ele pegou a minha mão livre, e suavemente despejou um beijo, no dorso dela.

"É um prazer em lhe conhecer, eu sou Hades.."-O homem fala, a sua voz era tão suave, mas ao mesmo tempo profunda, e quando os lábios dele tocaram o dorso da minha mão, eu senti que era apenas eu e ele no mundo..

"Ah.. Eu sou.. eu.. sou"-Eu começo a gaguejar, porque eu me sinto tão nervosa perto dele? Eu me pergunto após passar alguns poucos segundos em silêncio-"Eu sou Maria di Angelo, é um prazer, Hades.."

<CONTINUA>

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