O Segredo Que Eu Guardo - Billie Eilish

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Pov Billie

Fiquei mais um tempo com s/n na sala depois do jantar, até que o sofá ficou desconfortável para nós e decidimos que era hora de ir para cama.

- vou tomar banho, tudo bem? Você fica uns minutos aqui sozinha? - pergunto quando ela se senta na cama e a mesma é rápida em negar.

- s/n quer tomar banho também junto com você. - ela estica a mão para mim puxando meu corpo para perto dela, me fazendo ficar parada em sua frente e então encosta a cabeça na minha barriga me abraçando.

- tudo bem, eu vou pegar seu pijama. Me espera no banheiro? - me afasto de seu corpo quando ela concorda e se levanta indo devagar até onde mandei. Quando chego lá já com nossas roupas, S/N está escorada na pia e brinca com os patinhos que eu tinha para decoração perto do balcão.

- gostou dos patinhos? - pergunto enquanto tiro rapidamente minha blusa.

- shim. Quero tomar banho de banheira com eles quando o machucado sarar. E com você também, Bibill. - ela aponta o dedo para mim e seguro sua mão deixando um beijo ali.

- tudo o que você quiser, baby. Vamos tirar sua roupa agora? - pergunto e espero que ela me de o veredito antes de ajudá-la a se despir. A S/N de mais cedo parecia extremamente tímida mas a S/N de agora não parece ver problema algum em estar nua na minha frente. Ela confia em mim e não vou decepciona-la.
De qualquer modo, desvio — ou tento desviar, meu olhar de qualquer parte comprometedora de seu corpo por respeito a ela, deixando que meu lado maternal tome total controle de mim ao invés do meu lado mulher.

Prendo os cabelos dela de novo e faço o mesmo com o meu, termino de tirar minha roupa e entro com S/N embaixo do chuveiro. Ela da um gritinho pela temperatura da água que está um pouco mais fria, do jeito que eu gosto, e em um momento de desespero ela gruda seu corpo no meu. É impossível não ficar um pouco tensa com aquilo, mas meu medo que ela escorregue me faz segura-la contra mim imediatamente sem pensar em outra coisa.

- cuidado, cuidado pequena. Você pode escorregar. - ajusto melhor a temperatura do chuveiro e levo seu corpo para baixo d'água junto com o meu, ela relaxa sentindo a água mais quentinha deslizar por seu corpo. Mantenho ela abraçada comigo ao descobrir a sensação simplesmente incrível que é ficar juntinha de S/n ali. Ela descansa a cabeça no meu ombro enquanto cuidadosamente esfrego as mãos por suas costas com o sabonete.

Quando ela se separa de mim querendo um pouco do líquido que faz espuma, coloco uma quantidade razoável de sabonete em sua mão e deixo que ela se divirta e termine de se ensaboar enquanto eu faço o mesmo.
É impossível não dar uma risada quando vejo que ela esta parada embaixo do chuveiro com a boca aberta, contente em enche-la de água por simples diversão.

- nós precisamos sair agora, bebê. - termino de tirar a espuma de seu corpo e desligo o chuveiro ganhando um bico em resposta. - não fique chateada, okay? Não está feliz que vamos para cama ficar abraçadinhas? - pergunto e ela sorri timidamente para mim enquanto se enrola na toalha e se seca.
Faço o mesmo e quando já estou vestida a ajudo a colocar seu pijama.
Aquela é a melhor parte do dia, estamos cheirosas, limpinhas e prontas para cair na cama.

Ajudo S/n a se deitar e antes que eu me acomode ao lado dela a mesma faz questão de me lembrar sobre o que prometi mais cedo.

- cadê meu presente, Bill? S/N quer leitinho antes de dormir também. - ela me olha divertida e bate uma mão na outra em ansiedade.

- me de um minuto e eu trago as duas coisas, tudo bem? - deixo um beijo em sua testa antes de ir para cozinha pegar seu leite. Com a mamadeira devidamente limpa, encho metade dela com o líquido quentinho e volto para o quarto.

Quando entro no cômodo s/n está atenta a TV e não me olha até que eu esteja sentada ao seu lado e estique a mamadeira na sua frente. Então seus olhos brilham quando ela percebe o que eu tenho em mãos e me olha maravilhada.

- você comprou uma mamadeira para mim? S/N nunca teve uma! - ela aperta o ursinho de pelúcia entre os dedos e fico feliz com a reação que ela tem.

- sim, é todinha sua. Você quer deitar no meu colo para tomar ela? - pergunto quando ela se vira e faz menção de vir em minha direção. Não preciso esperar uma resposta, no segundo seguinte a pequena está no meu colo. Me encosto na cabeceira da cama e a deixo o mais confortável possível antes de lhe dar a mamadeira.

- devagar, tá bom? - peço e tento entregar o objeto para ela, mas S/N recusa.

- Bibill segura. - mais uma vez ela manda e não demoro a atender suas ordens, esperando por aquele momento quase tanto quanto ela. No minuto seguinte S/N está relaxada no meu colo e mamando tranquilamente. Nos conectamos nesse momento de uma forma que não sei explicar, seus olhos não deixam os meus por um minuto sequer, me olhando em completa devoção e eu imagino não estar diferente. Ela mantém uma de suas mãos nas minhas costas agarrada ao meu pijama enquanto a outra está na minha orelha fazendo um carinho ali.

Observo os pequenos movimentos que sua boca faz ao redor do bico de silicone e aquilo é lindo de se ver. Ela pisca os olhos devagar conforme o tempo passa, quase tomada pelo sono, não tendo mais forças o suficiente para deixar sua mão em minha orelha e a mesma vai descendo até meu peito, parando ali, S/N a escorrega pelo decote da minha blusa e minha pele se arrepia no mesmo momento mas nada falo, ela tem uma grande necessidade de estar em contato comigo o tempo todo e apenas deixo que ela faça o que for necessário para se sentir confortável, daria o mundo a essa garota.

Também me sinto bem sabendo que ela está ali pertinho. Aquele era um jeitinho único que ela tinha de demonstrar carinho e gratidão por mim.
Eu amava a necessidade que tinhamos cada vez mais uma da outra.

S/N usa a ponta dos dedos para acariciar vagarosamente o topo do meu seio enquanto toma os últimos goles de leite. Quando ela termina, não deixo que ela saia do meu colo por enquanto, permaneço naquela mesma posição para ter certeza de que ela não vai passar mal se deitar na cama agora ou talvez fosse apenas um pretexto para ficar com ela ali por mais alguns minutos.

S/N já está completamente sonolenta e procuro sua chupeta quando ela fica inquieta no meu colo e começa a sugar o próprio lábio.

- shhh, pronto, pode dormir. - dou leves tapinhas em suas costas me certificando de que seu pé machucado está bem e cubro suas pernas com o cobertor. Ela agarra a chupeta rapidamente enquanto se acomoda melhor no meu peito e assim ficamos. Aproveito para responder algumas mensagens no meu celular e quando o sono começa a tomar conta de mim também decido que é hora de ajeitar ela na cama para que eu possa deitar.
Faço tudo com muito cuidado para não acorda-la e logo estou deitada ao seu lado. O sono não demora a chegar.

Só acordo de novo quando ouço os resmungos baixinhos de S/N e ela parece estar chorando. Tateio a cama a procura dela e sinto que ela está longe de mim. Pego meu celular para iluminar um pouco o quarto e me aproximo dela vendo o quão atordoada ela parece estar em meio a um pesadelo.
Meu coração se acelera quando ela fica mais agitada, então trago o corpo dela para junto do meu e a abraço forte enquanto chamo por ela.

- S/n, acorda, está tudo bem - ela está um pouco quente e fico preocupada que esteja com febre. Mais algumas tentativas depois e ela finalmente se agarra a mim em completo desespero quando acorda.

- Mom... Mommy! Não deixa ele me levar! - ela tenta a todo custo apertar seu corpo contra o meu e eu a seguro o mais perto que consigo sentindo meu coração errar uma batida pela forma como ela me chama. Mais uma coisa sobre a qual fantasiei, inebriada com a forma como aquilo me preenche de amor quando finalmente acontece mesmo dadas as circunstâncias.

- foi só um pesadelo, meu amor, a Mommy está aqui com você. Está tudo bem. Ninguém vai te levar de mim. - beijo sua testa. Aquela palavra tão doce saindo agora da minha boca.
Tento tranquiliza-la da melhor maneira possível e passo delicadamente os dedos por seus olhos secando as lágrimas que insistem em cair. Meu coração se quebra em incontáveis pedaços quando novamente me sinto impotente por não conseguir impedir que isso acontecesse com ela mas aliviada por saber que agora eu estaria ali para lhe acalmar em cada uma de suas crises.

Quando me certifico de que ela está bem, começo uma sessão de carinhos em seus cabelos na esperança de faze-la dormir de novo e assim acontece. Agora, pertinho de mim, S/N suspira tranquila outra vez.