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Oi meu amor,sinto sua falta!

Como vocês estão? Como está nossa pequena Lia? Da última vez que Bill me enviou uma foto de vocês duas,ela estava tão grande. Isso me causa arrepios,minha pequena está crescendo rápido demais e não pude ver!

Não posso deixar de falar o quão linda você estava naquela foto também! Seu brilho no olhar,seu sorriso...você estava tão diferente e ao mesmo tempo tão igual. De qualquer forma isso aqueceu meu coração. Te ver feliz e bem!

Me desculpe por tudo o que te fiz passar. Prometo fazer diferente quando sair daqui. Começaremos do zero e com nossa pequena conosco agora.

Aliás,falta pouco para eu cumprir minha pena,logo poderei sair daqui e rever vocês. Prometo que quando eu chegar,conversaremos tudo que ficou pendente esses anos,e te direi tudo o que escondi de você,e que me arrependo até os dias de hoje.

Espero que me perdoe por isso. Te amo minha princesa,não desista de mim!

Tom

[...]

"Pov Lawanda"

Quatro anos sem você. Quatro anos desde que aquilo aconteceu e você foi pego pela polícia. Por um lado ainda desconfio que você queria que isso acontecesse. Que eles te levasse.

Foi tudo tão rápido. Você nem fez o que tanto queria.

Torturar os outros que te esperavam. Bem,você apenas botou fogo nos carros que eles estavam e depois fugiu.

Eu nem tive tempo de te ver direito,isso de fato tinha sido rápido demais. Eu continuei em meu pequeno mundo por um bom tempo. Não falava ou me mexia direito. Meus olhos já não seriam mais fortes o suficiente para aguentar mais lágrimas,então chegou uma hora que eu não chorava mais.

Eu vi nossa Lia. Pela graça de Deus ela ficou bem!
Ela era tão pequena,tão frágil,mas do mesmo jeito foi forte e aguentou isso tudo. Não sei como poderia ter ficado "bem" depois de tudo o que aconteceu no hospital. O enfermeiro que ficou na sala com ela,estava ali cuidando dela,e fazendo ao máximo para tampar seus ouvidos evitando a escutar tantos barulhos estridentes do lado de fora!

Bom,tudo o que ocorreu parou nas mídias,sites e até mesmo nas TVs. Era de se esperar que isso aconteceria. Então nos mudamos para Tóquio e aqui vivemos uma vida mais reservada do que antes.

Ainda a muitos fãs que se aterrorizam até hoje pelo o que houve,e claro que querem explicações sobre. Mas bem,creio que nunca vamos chegar a dizer sobre isso ao público.

—Mãe... -abre a porta do quarto correndo até mim. —chegou pra você.

Pego o envelope branco de sua pequena mão.

Não havia nada escrito em ambos os lados,a não ser meu nome em um pequeno canto do envelope. Mas eu já sabia muito bem de quem se tratava.

—É do papai? -pergunta se sentando ao meu lado na cama.

—Sim,filha,é do papai. -digo baixo olhando a folha que já estava aberta em minhas mãos.

Sempre que recebia suas cartas meu coração batia mais forte. As esperava ansiosamente por mais que não as respondesse.

Lia e relia diversas vezes todas as cartas que me enviava,e só aí meu coração se apertava por sentir sua falta e apenas saber como estava através de um papel.

—O que ele fala? Vai demorar muito pra ele voltar pra casa? -rodeia seus pequenos braços em volta do meu e deita sua cabeça em meu ombro olhando para folha. —Queria ver ele... -murmura triste.

𝙋𝙊𝙎𝙎𝙀𝙎𝙎𝙄𝙑𝙀 | 𝙏𝙊𝙈 𝙆𝘼𝙐𝙇𝙄𝙏𝙕Onde histórias criam vida. Descubra agora