Promessa

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Callum andava de um lado para o outro na biblioteca do castelo tentando achar qualquer livro que falasse sobre o Star Scraper ou os Diamantes Quasar. Infelizmente a maioria dos livros eram inúteis ou só lhe traziam informações que já sabia.

Desde que Callum e os outros voltaram de sua jornada atras dá prisão do grande mago Aaravos, o garoto havia ocupado todo seu tempo procurando informações sobre o Star Scraper, uma torre mágica localizada em algum lugar de Xadia, que continha o Diamante Quasar, uma pedra que possuía magia das estrelas. Antes que Callum pudesse pegar mais um livro da prateleira, foi surpreendido por uma elfa muito animada:

- Ra-rayla, que susto! O que você está fazendo aqui? Pensei que iria treinar luta de espadas o dia todo com o Soren.

- Eu ia – respondeu a garota passando os quatro dedos da mão pelos livros velhos na estante ao seu lado - mas resolvi vir aqui e ver se você fez algum progresso com a sua pesquisa.

Callum soltou um suspiro desanimador e largou os livros que estava segurando em cima da mesa ao seu lado:

- Na verdade, não. Nenhum desses livros tem alguma informação nova sobre o Star Scraper ou sobre a sua localização.

A expressão de decepção no rosto de Rayla era notável, o que deixou o mago triste. Ao olhar para Rayla, Callum se lembrava do porquê estava fazendo tudo isso. A alguns anos atrás o Lorde Viren, antigo mago superior de Katolis, havia aprisionado a alma dos pais e do tio da elfa em moedas magicas, e o único jeito de trazê-los de volta era com um feitiço que Callum havia aprendido...um feitiço que precisava de um Diamante Quasar:

- Não se preocupa Rayla, eu prometo que, assim que acharmos qualquer coisa sobre a localização do Star Scraper, vamos atras do Diamante Quasar e libertaremos seus pais. Mas para ser bem sincero, não sei se vou achar alguma coisa na biblioteca de Katolis. Acredite em mim, eu já li a maioria desses livros. Mas se formos para a Grande Livroteca de Lux áuria, talvez eu encontre alguma informação útil.

- Sem chance! Devo te lembrar que quase morremos da última vez? - disse a elfa cruzando os braços- Não vou botar a vida de ninguém em perigo por causa disso.

Callum sorriu inconscientemente. Ele sempre amou o jeito como Rayla se importava com os outros, mesmo que as vezes ela os colocasse na frente de si mesma. Afinal, isso fazia parte de ser uma heroína:

- Então acho melhor eu continuar procurando.

Callum pegou o livro mais antigo que ele havia separado e começou a folheá-lo em cima da mesa, mas antes que pudesse continuar sua pesquisa, percebeu a relutância da garota em sair da sala. Seus punhos fechados batiam na lateral de seu corpo em um gesto ansioso:

- Será que eu posso ficar aqui com você? Eu queria...eu posso ajudar na sua busca.

Callum sabia que leitura e pesquisa não eram exatamente a praia de Rayla. A garota nunca gostou de ficar muito tempo parada. Mas, desde que haviam voltado à Katolis, ela não parara de falar sobre tirar os seus pais das moedas. Callum entendia a empolgação da garota, se tivesse a oportunidade de trazer seus pais de volta também ficaria empolgado. Rayla queria ajudar e Callum não a privaria disso:

- Claro, vai ser ótimo ter companhia!

Vai ser ótimo ter a sua companhia, pensou Callum, mas manteve o pensamento para si. Ele e Rayla pareciam já ter se entendido desde antes de irem até a Livroteca de Luxáuria, mas desde que voltaram para Katolis, não tiveram muito tempo sozinhos para conversarem.

Callum entregou um livro grosso e empoeirado para a elfa que quase o derrubou com o peso inesperado. Os dois se sentaram lado a lado à mesa e começaram a leitura.

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