ㅤ02ㅤ✷ㅤperdida

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3 ANOS D.R
Depois da Revolução

A floresta estava calma, com as folhas balançando suavemente, quase estáticas. No entanto, o cheiro de terra que chegava até o nariz de Marigold indicava que a chuva estava mais próxima do que o pôr-do-sol, que estaria sendo prometido daqui algumas horas.

Enterrou os dedos contra a grama, sentindo a terra seca, e sorriu com os olhos vidrados nas nuvens escuras que chegavam ao longe. Ergueu-se com cuidado, tentando manter-se em pé sob o morro inclinado, quase tropeçando no pequeno monte de terra que ela mesma desenterrou para pegar algumas plantas. Caminhou com passos pesados e tortos, pois, após muitas horas sentada, acabou perdendo o pouco de força que restava nas pernas.

Já fazia algumas horas que estava explorando a floresta que ia além da antiga divisa do Distrito 12, e por mais que tenha se mantido o mais próximo da cerca, Marigold sentia a ansiedade crescendo no peito de estar muito longe.

Nos primeiros dias, conseguia conversar com uma ou outra pessoa que passasse próximo do Edifício de Justiça, procurando direções certas para adentrar na floresta sem se perder, e pelos olhares cansados que todos a dirigiam, a última coisa que ela queria era pedir um guia nervoso em suas mãos.

Enquanto descia, puxava alguns ramos aqui e acolá, sempre tomando cuidado para usar um pano em volta dos dedos. Isso porque, até mesmo a natureza, na sua maior inócua, consegue ser impiedosa nas flores mais belas. Algo que alguns de seus companheiros do 13 poderiam rir à vontade dela, chamando-a de fresca por isso. No entanto, só ela sabia que precisava ficar calada quando algum deles vinha com cortes inflamados ou bolhas nas palmas da mão.

Riu sozinha, mas logo seu riso se transformou em um sorriso murcho. Marigold podia não expressar todas as palavras, mas sentia um pouco de falta de sua casa. Comparado ao que ela possuía no 12, o quarto minúsculo do 13 não parecia ser verdadeiramente um lar. No entanto, ela viveu entre aquelas paredes, desenhando nelas com tinta de Coreopsis, apenas para ter que esfregá-las quando Boggs viu os desenhos de flores.

✓ CINNAMON GIRL, everlarkOnde histórias criam vida. Descubra agora