ㅤㅤ✷ㅤ𝒄innamon. girl
ㅤ ㅤ𝖾𝗏𝖾𝗋𝗅𝖺𝗋𝗄ㅤ-ㅤ𝒇𝒆𝒎𝒂𝒍𝒆!𝒐𝒄
Depois da guerra, Katniss e Peeta foram exilados da capital e se encontraram sozinhos no que restava do Distrito 12, isso até uma nova vizinha aparecer e fazê-los entender que não precisava...
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5 ANOS D.R Depois da Revolução
A respiração acelerada e o gosto salgado na boca despertaram Peeta, ele conseguia distinguir a dor na pele cicatrizada e um lampejo pulsante na perna amputada. Quis sentar para encontrar uma posição mais confortável, porém os pés de Marigold e Katniss em seu colo o mantiveram preso no lugar.
Tentou manter sua respiração estável, segurando o calcanhar de Marigold com os dedos gelados dos pés de Katniss contra o braço. Precisava procurar um ponto para ficar calmo, e, por mais que estivesse sentindo o calor misturado e escutando o ronco das duas a poucos centímetros, a dor em seu membro fantasma era tanta que ele apenas conseguia entrar em desespero.
Não era algo raro de acontecer, mas das poucas vezes era por causa de um pesadelo ruim. Muitos deles envolviam as arenas, com as mãos de Peeta envoltas no corpo falecido de Katniss ou até mesmo ele mirando uma arma na direção dela. As protagonistas da vez, no entanto, foram Katniss morta no chão frio da cozinha enquanto ele estrangulava Marigold.
Apenas a imagem de suas namoradas daquele jeito e seu estômago embrulhava, revoltado consigo mesmo pelo sonho.
Fazia alguns meses que finalmente haviam colocado todas as cartas para Marigold. Com as palavras diretas de Katniss e as gentis de Peeta, que tentava amenizar o clima estranho que ficou na mesa de jantar, Marigold se levantou e foi para casa, algo que fez os dois ficarem desesperados, achando que haviam estragado tudo.
E quando Katniss estava pronta para pegar uma garrafa de vinho inteira, com lágrimas nos olhos, Marigold apareceu segurando um vaso enorme que florescia com frutas vermelhas. Peeta lembrava-se vagamente que se chamava acerola, e tinha quase certeza de que Marigold vivia brigando com a muda de árvore por viver dando trabalho.
─ Amanhã a gente vai ter que plantar isso.
─ Por quê?
─ Porque... Talvez, ou talvez não, eu tenha prometido a uma planta que se as duas pessoas por quem sou apaixonada me correspondessem, eu iria finalmente livrá-la desse vaso.
