chapter two

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Os Sturniolo's tinham combinado de visitar a casa do lago uma semana depois, iriam passar alguns dias por lá. Relembrar a infância.

Ivy estava animada, totalmente animada. Agora tinham vizinhos da sua idade morando por ali, todos sabiam que eles viriam, Aurora preparou um banquete.

Todos ali da vizinhança acolheram as duas lindamente depois do terrível acidente, elas amavam ali.
As comidas favoritas dos trigêmeos e do Justin estavam sobre a grande mesa de jantar. Álbuns de fotos na prateleira em cima da televisão, espalhadas em porta retratos, tudo estava por ali.

A campainha toca.

"Minha grande amiga!" O abraço de Mary Lou e Aurora foi tão especial, você poderia sentir a conexão das duas somente de vista.

Os olhos da mulher se enchem de lágrimas, tudo ali estava do mesmo jeito de sempre.

Todos ali tinham seus próprios quartos, Aurora não mudava nada de lugar, apenas limpava, sem mexer em um negocinho se quer.

Abraços e lágrimas apareciam por ali, Nick estava chorando, vendo um porta retrato. Ali era: Ele, Matt, Chris, Justin, Ivy e Jade. Pequenos, provavelmente nem tinham 10 anos ainda.

Ivy não estava sabendo que eles tinham chegado, ela estava em seu quarto, tentando compor uma música em seu violão cor azul, que tinha alguns adesivos colados pela mesma há muito tempo.
Seu quarto era a última porta do grande corredor, a sua frente, o antigo quarto de Jade, ao seu lado, o quarto dos trigêmeos, em frente aos trigêmeos Justin. E no andar de baixo, ficavam o quartos dos pais.

O quarto de brinquedos e televisão ainda estava lá, intacto. Todos os brinquedos em seus respectivos baús. Os CDs e DVDs que assistiam quase todas as noites de filmes guardados na estante, sem quase nenhuma poeira, Aurora cuidava muito bem de tudo.

As mãos dos trigêmeos vão até suas bocas ao olhar seu quarto. As três camas com coxas azuis cobrindo, como sempre. A grande janela ao lado da cama de Chris, os baús com brinquedos guardados, prateleiras onde estavam as HQs que liam antes de dormir. O banheiro do jeito que sempre foi. Entrar ali era uma nostalgia.

Matt pega uma de suas HQs favoritas, se sentando em sua cama, começando a folhar, enquanto Nick vai ao banheiro.
Chris sai do quarto. Olhando em sua diagonal direita, a porta com o nome Jade riscado de roxo, sua cor favorita. Ela fazia falta, se foi muito cedo.

Mas uma coisa o chama mais atenção, um som de violão vindo do quarto ao lado. Ivy.

Ele bate três vezes na porta, como costumava fazer, o som do violão para automaticamente, e em alguns segundos a porta se abre.
A garota dos olhos azuis, com seu cabelo em um coque, usando uma regata simples branca e um short de malha sorri, abraçando fortemente Chris.

"Eu nunca fui tão feliz na minha vida."

Ele ouve.

"Nem eu."

O abraço dura alguns minutos. Minutos que não foram nada constrangedores, para eles, só existiam os dois ali.

"Nada mudou."

"Minha mãe, você conhece." Ela responde ao amigo.

O que mudava do quarto da garota era novos posters nas paredes. Sua cama continuava no lado da janela, a poltrona, a escrivaninha, o tapete, a cortina, seu violão, tudo igual.

Ele se lembra repentinamente dos momentos em que brincaram nesse lugar.

"Você ainda tem aquelas bonecas?" Chris pergunta, entrando no quarto.

"Eu nem sei, provavelmente minha mãe guarda em algum lugar na casa, faz tempo que eu não vejo."

Ela se senta ao lado do garoto, em sua cama.

"Vai fazer alguma coisa no seu aniversário? 'Tá bem perto."

"Coisa pequena, como sempre. Mas agora bem melhor com todos vocês aqui." Ela sorri para ele.

"Se eu pudesse eu largava tudo e voltaria 'pra cá."

"E por que não faz?"

"Ah... É complicado."

"Eu sei, eu to brincando." Os olhares dos dois se colam no chão, sem saber o que dizer. "Vem, vamos descer."

[...]

O grande banquete que Aurora fez estava todo acabado, todo mundo atacou. Agora as duas famílias juntas se encontravam na sala, sentados no sofá e no chão. Eles viam gravações antigas, de quanto os trigêmeos, Justin e as irmãs Calloway's ainda eram bem pequenos.

"Meu Deus, como que eu subia aí tão fácil?" Matt diz, chocado. A tela mostrava ele em cima de uma grande árvore, sorrindo. Todos riem de sua fala.

"Oi jade, irmã." Ivy diz, com apenas 3 anos. Sentada na frente no pequeno berço que ficava no meio da sala de estar.

Segundos depois a câmera que estava nas mãos de Justin filmam Nick, que estava chorando por que acabou o pedaço do seu brownie. Ao seu lado, Chris apenas ria, Mary Lou aconselhava o filho, os três sentados no sofá.

Justin corre para a cozinha, a câmera não parava quieta um segundo. Matt estava roubando um pedaço de bolo de cenoura que Aurora tinha feito mais cedo, ele tinha apenas 4 anos.
Seus olhos arregalam quando se cruzam com o câmera virada diretamente a ele. O irmão mais velho começa a rir.

Justin, ainda rindo volta para a sala. Agora Chris estava sentado na mesa de centro da sala, jogando várias peças de quebra cabeça para cima, gritando. Ivy ao seu lado apenas dava grandes gargalhadas. Nick comia outro pedaço de brownie, por não conseguir parar de chorar, enquanto Matt levava bronca por comer o bolo de cenoura escondido.

David Calloway, passa por Justin, a câmera se vira para cima, o homem faz uma careta e sai andando em direção ao seu escritório, onde passava horas trancado.
Um barulho ecoa na casa, era James que tinha voltado do mercado. Chris e Ivy se levantam imediatamente, Matt apenas ignora a bronca e corre em direção a seu pai, o choro de Nick para instantaneamente, ele apenas desce da bancada da cozinha, não ligando se iria se machucar e corre ao mesmo tempo que Justin em direção a James.

Gritos e risadas ecoam pela grande casa, que era iluminada apenas por luzes amareladas, o Sturniolo mais velho pega balas dentro de uma sacola de mercado e joga para cima. Chuva de doces. Mary Lou e Aurora brigam com o mesmo, as crianças eram muito novas para comer esses tipos de coisas. Mas ele realmente não ligava, o homem gostava de vê-las felizes.

E então a gravação acaba.

Risadas e risadas ressoam pela grande sala da casa, tanta coisa em um simples vídeo fazia tudo mais divertido.

ivy - christopher sturniolo Onde histórias criam vida. Descubra agora