chapter three

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Gritos e risadas de crianças pequenas ecoavam pela casa.

Ivy dormia tranquilamente em seu quarto, até ouvir sua irmã bater na porta.

— Ivy? Desce logo, 'tá na hora de tomar café!

Era apenas um sonho.

A Calloway se senta na cama, pequenas lágrimas descem em suas bochechas. Ao olhar para a janela aberta, já estava claro, um vento frio entrava no cômodo.
Logo enxugando as lágrimas, ela se levanta, indo fechar a janela, vendo um porta dos trigêmeos, Justin, ela e Jade, juntos, sentados na beira do lago.

A preguiça invade o corpo da garota, e ela vai até o andar de baixo de pijama. Mary Lou e sua mãe já estavam colocando o café da manhã na mesa que ficava ao lado da cozinha que era aberta, ao redor de várias janelas, dando para ver a vista verde e belíssima do lugar.

— Bom dia querida, como foi a noite? — Mary Lou vai em direção a Ivy, dando um beijo em sua cabeça.


Ela não conseguia dormir, quando seus olhos se fechavam não iam a lugar nenhum, apenas via tudo preto.
Então se levanta, saindo do quarto, pegando seu violão, indo em direção a sala de brinquedos que ficava no segundo andar da casa. Ao se sentar no chão, coloca o instrumento sobre suas pernas.

Pegando uma de suas câmeras em uma das gavetas da estante em sua frente, aperta o botão de gravar.

— Lacy, oh, Lacy, skin like puff pastry, aren't you the sweetest thing on this side of hell? — canta junto a seu violão. — Dear angel Lacy, eyes white as daisies, did I ever tell you that I'm not doing well?

A porta se abre, ela não percebe.

— Ooh, I care, I care, I care, like perfume that you wear, I linger all the time watchin', hidden in plain sight. Ooh, I try, I try, I try, but it takes over my life, I see you everywhere, the sweetest torture one could bear.

— Olivia Rodrigo.

Ivy se assusta, era Chris.

— Sim. — Ela sorri, envergonhada.

— Você canta 'pra caralho. — Ele se senta ao seu lado, no chão.

— Ninguém nunca me viu cantando, somente minha mãe.

A única pequena luz amarela do abajur iluminava a visão dos dois.

— Você deveria mostrar isso 'pras pessoas, você tem talento. Muito talento.

— Eu já mostro minhas fotos.

— Mas ninguém sabe que são suas. Porra, Ivy, você é incrível. Imagina sair pela rua e uma pessoa reconhece sua cara pelo seu trabalho.

— Você sabe como é isso.

— Exato. E eu quero que você saiba também. — Ele sorri para ele.

Chris não era daquelas pessoas que ser carinhosa o tempo todo, muito pelo contrário.
Somente era com seus familiares e ela.
Na visão dele, sabe o que ela estava sentindo naquele momento, vários sentimentos juntos.
Mas na visão dela, ele não sabia nada.

— Não sei. Eu gosto de privacidade.

— Eu sei que gosta, eu só 'tô te dando uma ideia.

ivy - christopher sturniolo Onde histórias criam vida. Descubra agora