Capítulo 3 - Um novo começo.

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Anna




Quando abro os olhos a primeira coisa que vejo são as luzes e o teto branco, eu não sei onde estou nem por que meus movimentos parecem tão estranhos.

- Senhorita, você está me ouvindo? – uma voz de mulher pergunta e viro o pescoço em sua direção até isso parece uma grande coisa. Ela usa branco e sorri.

- Vamos examiná-la. Quero o check-up completo – dessa vez é uma voz de homem. Ele também usa branco e sua voz é grave. Meu cérebro confuso leva alguns segundos para decidir que eles provavelmente são médicos.

Médicos.

A palavra me atinge e meu próximo pensamento é: se são médicos, o que aconteceu comigo?

- Moça, você consegue me ouvir? Qual seu nome? – a mulher volta a perguntar e começo a entrar em pânico por que a pergunta é simples, mas não sei a resposta. Por que eu não consigo me lembrar de nada?

No meio do meu nervosismo eu tento me sentar e isso demanda um esforço grande, mas o faço, sento-me na cama e a mulher tenta me fazer voltar e é quando ele aparece na porta e eu o vejo.

Ele também usa um jaleco branco, é alto e tem cabelos escuros bagunçados, mas o que realmente chama atenção em sua aparência são seus olhos verdes. Lindo talvez nem comece a descrevê-lo. Mas não é nem sua beleza que me tira o fôlego – mesmo que ela pudesse fazer isso – é a sensação de que eu o conheço de algum lugar.

- Anna – o nome escapa de seus lábios no momento em que ele me vê.

- Esse é o meu nome? – uma voz que soa fraca e estranha demais para ser minha pergunta e todos param para me olhar. O médico mais velho que pediu o check-up, a enfermeira que checa as telas perto da minha cama e até a que me segura diminui seu aperto, mas é nele que foco minha atenção.

- Você não se lembra? – o médico se aproxima da cama. – Anna... – ele começa, mas se interrompe e me olha sério. – Senhorita, você realmente não se lembra?

Vasculho a mente, mas além de um início de dor de cabeça não encontro nada. Nem uma única lembrança, não tem nada.

- Não – meu sussurro é seguido por um silêncio que parece se estender por uma vida inteira. A situação toda é assustadora.

- Certo – o médico Bonitão sorri e isso o deixa ainda mais encantador. – Isso não importa agora. Vamos examiná-la para ver se está bem, Ok?

- Muito bem. Cuide isso, Whitmore – o médico mais velho diz e então olha para a enfermeira que ainda me segura, mas que agora não faz mais menção em me deitar outra vez. – Brooke, vá com ele e acompanhe a paciente. Quero os resultados dos exames assim que saírem. Acabou de chegar uma emergência, preciso ir. Cuide dela Whitmore e me mantenha informado - foi o que o médico mais velho disse antes de sair.

Ambos assentem e o médico mais velho sai com a outra enfermeira em sua cola. Por fim ficamos eu, a enfermeira Brooke e o médico Bonitão, e, quando ele me olhou, senti vontade de desviar o rosto, mas não o fiz, seus olhos verdes além de lindos eram intrigantes.

- Vamos começar outra vez - o médico disse se aproximando da cama onde eu estava com cuidado, como se tivesse medo que eu saísse correndo. - Eu sou o doutor Andrew Whitmore e a estou acompanhando desde que chegou aqui ao hospital. Como está se sentindo?

- Com dor e confusa - fui sincera e ele assentiu como se já esperasse algo assim.

- Você consegue se lembrar de algo? Seu nome? Talvez do acidente em que se envolveu? – o doutor perguntou e fiz um esforço absurdo, mas não havia nada. Nem uma única lembrança. A falta de informações era como uma mão me sufocando lentamente. - Hei, tudo bem. Você não precisa se lembrar agora. Está tudo bem - o Dr. Whitmore disse lentamente e com um sorriso no rosto provavelmente depois de ver minha expressão de pânico. - Vamos examiná-la, tudo bem?

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⏰ Última atualização: Dec 19, 2023 ⏰

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