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Não devia acontecer agora, não tão cedo, Somin dizia para si mesma enquanto passava um pano úmido na testa do filho que ardia em febre. Com toda essa guerra que os atormentou por meses, Somin pensou em diversas formas diferentes de perder os seus mais novos mas não imaginou que um alfa lupus ignorante te tiraria o seu ômega mais velho dessa maneira.

Molhando o pano na bacia com água morna, ela torce e deposita na testa de Taehyung outra vez. Ele estava desacordado tinha exatos três dias, de repente uma dor absurda lhe acertou na boca do estômago, o fazendo se curvar em agonia ao ponto de chorar. Somin ficou desesperada, não sabia o que fazer, ainda mais quando ele caiu desmaiado no chão não suportando a dor.

Saber que seu filhote está sofrendo e não poder fazer nada, a matava lentamente. Sentia-se como uma péssima mãe por ter deixado isso acontecer. Por ao invés de acabar com tudo isso quando descobriu da existência do alfa, deixou que seu filho carregasse esse segredo não tão secreto.

— Oh, meu amor, seja forte, por favor — dizia enquanto chorava. Mina e Beomgyu foram proibidos de entrarem no quarto e verem o irmão naquele estado. Mas os dois também sentiam a preocupação da mãe. Principalmente Mina, que era a alfa da casa naquele momento, e sentia perfeitamente que não estava nada bem.

A lua chegou ao céu mais uma vez, completando quatro dias que Taehyung não acordava. Ele resmungava algumas palavras sem sentido algumas vezes, e depois voltava a adormecer. Era como se seu corpo estivesse sem energia para se manter ligado por muito tempo, o fazendo ter descargas elétricas de tempos em tempos.

Somin já não aguentava mais sofrer pelo descanso indeterminado do filho e pretendia sair em busca do alfa antes, mas sabia que não podia deixar Taehyung sozinho ou com duas crianças que não sabiam sequer acender o fogão de lenha.

Todavia, uma luz apareceu diante de seus olhos quando ouviu batidas na porta. Ao abrir, se deparou com um ômega de cabelos escuros e bem lisos que se curvou diante da mulher.

— Mamãe... — Mina chama do sofá, assustada com os lobos atrás do ômega.

— Sou o conselheiro real do Rei de Busan, Jeon Jungkook — dizia de cabeça baixa. — Tenho ordens para levar o ômega dele para o castelo. Aceite o meu pedido, caso contrário usarei modos extremos. A vida do rei depende disso.

— O ômega dele? — Perguntou confusa, contorcendo o rosto. — Então, ele é o rei de Busan?

— Sim, senhora.

— E você disse que a vida do rei depende disso? — Riu em escárnio.

— Isso mesmo.

— A vida do meu filho dependia disso! — Gritou, sentindo as lágrimas descerem. Yoongi engoliu em seco. — Aquele ridículo do Rei pensou nisso quando o deixou aqui morrendo e foi brincar de governar?!

— Senhora, peço compreensão-

— Não! Que se dane o seu Rei, o meu filho não sai dessa casa.

— Senhora, se não me deixar levar o Taehyung, pode ser acusada por atentado à coroa por possivelmente causar a morte de vossa majestade — foi franco. — Eu juro que se eu pudesse, deixaria Jungkook apodrecer até morrer por ter causado mal ao seu filho, mas ele ainda é minha família. Por favor, pense nos pais dele. Reconsidere.

— Ele não vai — engoliu em seco, limpando as lágrimas.

— Eu peço, por favor — implorou. — Não quero ter que invadir a sua casa e causar medo em seus filhos — apontou para Mina abraçada com suas pernas. — Taehyung ficará bem assim que estiver com o Rei. Prometo para a senhora que nada de ruim o acontecerá enquanto isso, eu mesmo me responsabilizarei pela vida e saúde dele.

Ligação Entre ReisOnde histórias criam vida. Descubra agora