Capítulo 30 Kelena.

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ELENA GILBERT

Acho que de tanto chorar, acabei adormecendo, pois a única coisa que eu me lembrava era de estar com Katherine, na cama e então acordar. Olhando para a janela, vejo que já era noite quando me despertei. Estava deitada de lado na cama, sentia os braços da vampira em torno da minha cintura, me apertando e me mantendo perto dela. Seu corpo era surpreendentemente quente. Seu rosto estava no meio dos meus cabelos.
O quarto não estava totalmente escuro, mas logo ficaria. Tomando o máximo de cuidado que eu poderia, apenas estiquei minha mão em direção ao criado mudo, ligando o abajur. O relógio marcava 18:01. A posição em que eu estava, não era muito... Confortável. Mas não queria acorda-la.

De repente, a realidade sobre o que aconteceu antes de dormimos caiu sobre mim. Nos beijamos... Ou melhor. Ela me beijou. Em um momento tão ruim como aquele, ela não hesitou em... Em me beijar. Eu acho que estava tão consumida por isso, que mal tinha percebido o meu celular tocar diversas vezes na cômoda.

Pegando o aparelho, vejo uma mensagem de Jeremy, perguntando o que tinha para jantar e onde eu estava. Respondi, dizendo que já desceria e que poderíamos pedir algo para comer.

De forma gentil e cautelosa ao mesmo tempo, coloquei minha mão sobre a mão da duplicata e lentamente, tirei sua mão de mim. Primeiro, me sentei na cama e vi que Katherine dormia calmamente. Se eu não soubesse do que ela é capaz, até diria que parecia um anjo, dormindo. Aos poucos, fui me afastando dela, indo para o canto e é justo nessas horas que eu percebo como minha cama é grande.

Quando finalmente consegui ficar em pé, suspirei aliviada e dei mais uma olhada na vampira, que por sorte, ainda estava deitada dormindo. Na pontinha do pé, caminhei até a porta e a destranquei, mas quando girei a maçaneta, me assustei com o estralo que ela deu.

– Droga – Resmunguei, baixinho.

Comecei a rezar mentalmente e me virei para trás e quando meus olhos encontrou a cama, não fiquei surpresa de ver que agora ela estava vazia.

Tenho uma teoria de que na verdade, os vampiros não dormem e sim, fingem dormir, só para dar uma falsa chance as suas presas de tentarem escapar.

O quarto estava vazio, sem sinal dela, mas quando me virei de volta para a porta...

– Meu senhor amado! Você quer me matar do coração? – Levo a mão ao peito.

– Onde pensa que vai? – Pergunta, me impedindo de sair do cômodo.

– Jantar... Quer vir? – Sabe quando você e o seu namorado ficam juntos e sozinhos pela primeira vez e bate aquele nervosismo de "e agora"? Pois é!

Vejo que os livros e os filmes fazem isso parecer menos constrangedor do que realmente é. Porém, para a minha sorte, a vampira simplesmente da um passo para o lado e abro a porta, fazendo um sinal para que ela passe na frente e assim o faz. Fecho a porta e sigo atrás dela.

– Pequeno Gilbert – Katherine, o comprimenta.

Jeremy, levanta a cabeça para nos encarar com um olhar duvidoso. Ele parecia nos analisar, porém Kath, não deu a mínima e foi até a geladeira, para ver o que tinha lá. Fiquei parada na sua frente, até que ele disse:

– Vocês transaram?

Arregalo meus olhos, surpresa com sua pergunta. Sinto meu rosto arder de vergonha.

– Jeremy! – O repreendo.

– O que? Se você for transar com a mulher que fudeu com a sua vida, acho que eu deveria ter o direito de saber... O que é irônico porque ela fudeu a sua vida e agora...

– Ta bom! Já chega. E isso não é da sua conta. Não te diz respeito – Aponto para ele que apenas se rende.

Mas que ousadia!

Nos reunimos em volta do balcão e começamos a discutir sobre o que iríamos jantar. Graças a Deus, ninguém mais comentou sobre o assunto anterior, mas Katherine parecia estranhamente calada. Acabei que não perguntei nada, talvez ela também não tivesse gostado da pergunta do Jeremy. Apenas deixei para lá e decidimos que iríamos pedir comida chinesa.

Eu me sentia de certa forma... Desconfortável. Era estranho ver aquela situação, acho que eu tinha me acostumado em sempre ficar alertar ou sempre ter algo de ruim acontecendo, que quando finalmente parei para descansar e ter uma noite normal, as coisas não parecem certas. Senti minha mente percorrer por esse linha de raciocínio, que logo se perdeu, quando senti a mão da duplicata sobre a minha coxa, praticamente me acariciando.

O garoto, fala no telefone, mas não presto atenção.

Sua mão, se move para a parte interna da minha coxa e a unica coisa que consigo fazer e juntar minhas pernas, dificultando a passarem por seus dedos.

Deus! O que ela está fazendo?

Por sorte, Jeremy finalmente terminou o pedido e colocou o telefone do gancho e voltou para o banco. Katherine, tirou sua mão de mim e continua agindo normalmente.

Foram longos 30 minutos de silêncio, todos entretidos com alguma coisa que faziam em seus celulares, até que pra fim, escutamos o barulho do veículo lá fora e antes que Jeremy, vá lá, eu me levanto e pego minha carteira.

O cara me entraga uma caixa e me deseja boa noite. Eu agradeço e entro para dentro.

No jantar, nada demais aconteceu, apenas nos servimos e tive que ouvir Jeremy, falar sobre como os professores tem enchido o saco deles. Logo que acabamos, o menino se despediu e subiu para o seu quarto, enquanto limpava as coisas, sentindo o olhar da duplicata, queimar sobre mim. Mas continuei agindo como se não tivesse vendo e quando coloquei a louça na pia, senti ela passar os braços em volta da minha cintura.

– Me sinto cansada... – Disse ela

– Você... Quer subir? – Pergunto enquanto sinto ela apoiar sua cabeça sobre o meu ombro.

Senti seus dedos me apertarem e ela apenas fez um sim com a cabeça.

Ela parecia dócil e realmente cansada então apenas coloquei a louça da máquina e fechei. Ela pegou a minha mão e subimos as escadas.

Assim que passei pela porta do quarto, ela me puxou com tudo e empurrou a porta para que ela se fechasse, fazendo um barulho alto por causa da pancada. Não tive tempo de raciocinar e a Katherine dócil e cansada, já tinha ido embora. Ela veio na minha direção, segurando o meu rosto e me beijando. Tentei me afastar, mas ela passou um de seus braço ao redor de mim, me prendendo contra ela e foi me empurrando até a cama, onde caí de costas e ela em cima de mim. Seus olhos estavam escuros e sua pupila estava dilatada.




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Perdão por qualquer erro ortográfico

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