capítulo 28 Só de toalha

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• ELENA GILBERT

– O que, que você está fazendo aqui? – Pergunto assustada. 

– Você não respondeu as minhas mensagens! – Fala como se eu tivesse feito algo extremamente errado. – Você sempre recebe os seus convidados assim? – Ela pergunta furiosa. 

Só então, me dou conta de que estou só de roupão. Sinto meu rosto queimar de vergonha e só por garantia, dou mais um nó no roupão. 

– Eu pensei que fosse a, Bonnie – Tento esclarecer. 

– Nossa, isso ajuda muito – Fala irônica e eu reviro os olhos. 

– Eu já ia responder a suas mensagens, não precisava vir aqui. 

– Agora já é tarde – Enquanto diz, ela passa por mim entrando na casa e vai até a sala, onde se senta no sofá, como se eu tivesse falado "Sinta-se em casa" 

Fechando a porta, eu vou até ela no outro cômodo, parando na sua frente, mas me arrependo. 

Ela me olha como se tivesse vendo um pedaço de carne, me devorando. Respiro fundo, sentindo um arrepio me atravessar. 

– Olha, não é um bom momento para você estar aqui – Preciso tirar ela, antes que a Bonnie e a Caroline, voltem para cá. 

– Na verdade, eu acho que é o momento perfeito. – Sorri, de um jeito malicioso. 

Suspiro e me sento ao seu lado, ela me olha como um gavião, acompanhando cada movimento que eu faço. Seu olhar já é intenso e pesado de se segurar, agora então... Não consigo olhar diretamente para ela, quanto falo. 

– Olha, muito obrigado por ontem, de verdade. Não sei o que teria sido de mim se você não tivesse me ajudado... 

– Não por isso! – Ela me corta. 

– Bonnie e Caroline, vão vir a qualquer momento, será que você poderia por favor voltar em outra hora? – Pergunto educadamente. 

– Deixa eu pensar... Não! – Ela ri.

– Isso é sério. Por favor. – Imploro com um certo desespero. 

– Não sei por que você está tão desesperada assim. São só suas amigas. 

Nessa hora, escuto um barulho de carro do lado de fora da casa e meu coração dispara, eu pulo do sofá e pego a mão de Katherine, a surpreendo quando a puxo, fazendo ela levantar. Apressadamente, eu caminho em direção à porta de vidro dos fundos, a puxando comigo. 

A porta, dava para o jardim, mas tinha como sair por ali também. Não importava, só queria tirar Katherine dali. Trouxe ela, para o lado de fora, no sol quente. 

– Vai embora, por favor – Eu solto sua mão e começo a empurrá-la, que ri como nunca. 

– Por que todo esse desespero? – Olho para rua e me sinto aliviada ao perceber que era só o carro da vizinha. 

Mas ainda com medo de que a loira possa ver a vampira, eu continuo empurrando ela, que se desvia de mim e volta para dentro. 

– Katherine! – Corro para dentro, procurando por ela, que estava na cozinha bebendo água. – SAI DA MINHA CASA! – Grito com ela, que nem se abala. 

– Não. – Ela se senta no balcão. 

– Eu não quero você aqui! Vai embora. – Tento outra abordagem. 

– Errado! Você não quer, que as suas amigas saibam que eu estou aqui. Deixa eu adivinhar, é pela, Caroline? 

Suspiro, me sentindo completamente derrotada e me sento no balcão também. 

– Por que você não pode? – A vampira pergunta, agora de uma forma mais... Leve! E eu a olha confusa. 

– Como assim? 

Ela se ajeita e apoia os braços no balcão. Eu estou sentada na sua frente, fazendo com que, ela fique um pouco mais perto de mim, após fazer isso. Seu rosto agora é sério. 

– Quando estávamos no mercado…  

– Ah, quando você me seguiu? – Eu a interrompo propositalmente, fazendo ela me olhar irritada – É bom, né? 

– Quando eu estava dizendo... No mercado, quando perguntei para você, se você não podia ou se você não queria, disse que não podia, por quê? O que te impede agora? – Ela me pergunta. 

Dou os ombros.

– Depois de tudo que você fez, eu... 

– Não, não é isso. Quer dizer, eu sei que... Não foi muito legal, mas eu sei que não é isso, então o que é? 

– Eu estou tentando te dizer – Falo. 

– A verdade, Elena! – Ela exige. 

– Da mesma forma como você foi sincera comigo, sobre ter dormido com a minha melhor amiga, enquanto ela estava bêbada? – Pergunto irritada e ela me olha surpresa. 

– Primeiro, ela não estava bêbada, estava bem consciente, afinal a ideia foi dela e segundo, se serve de consolo, eu me arrependo – Releva. 

– Consciente? 

– E muito – Diz. 

Passo minha mão pelo meu rosto, já não sabendo mais o que é verdade, o que é mentira, e para ser sincera, não quero nem mais saber. 

– E por que só está me falando isso agora? – Eu pergunto. 

– Eu tentei conversar com você, muitas vezes! Eu já disse a verdade, agora é a sua vez. – Exige mais uma vez. 

– Se eu te falar, você vai embora? 

– Talvez! – Ela dá os ombros e sorri de um jeito brincalhão.

– Olha, Caroline, sugeriu fazer uma promessa e eu nem devia estar falando com você agora! A gente não pode se ver Katherine, porque eu prometi isso a ela e não posso quebrar a minha palavra– Sou sincera. 

A vampira me analisa de um jeito estranho e depois começa a rir. 

– Eu tô falando sério, Elena. – Ela diz.

– Mas é essa a verdade. Se você não quer acreditar, o problema é seu. – Rebato. 

– Por que está preocupada com uma promessa que foi quebrada no dia seguinte? Sério que vai deixar de ter o que você quer, por uma promessa? 

– Espera, espera... O que você disse? – Franzo a testa. 

– Que você vai deixar de ter o que... 

– Não, a outra parte – Eu a corto. 

– Está preocupa com uma promessa que já foi quebrada? – Pergunta. – O que tem? 

– Eu não quebrei! Eu estou tentando te expulsar da minha casa, mas é você que não quer ir embora – Tento me justificar. 

Isso não é justo, não é porque eu quero! 

– Mas não foi você que quebrou a promessa primeiro, foi a Caroline. Por que está tão preocupada em ser fiel a uma pessoa que não foi fiel com você? Você está colocando isso acima de tudo, onde fica a sua felicidade nesse acordo? – Ela pergunta de uma forma séria, agora sem mais sorrisos ou risadas – Pare de colocar a felicidade dos outros acima da sua! Ou você vai continuar infeliz pelo resto da vida, porque ao contrário de você, ninguém vai fazer o mesmo, Elena. – Era como levar um murro de verdades no meu estômago. 

Mas era mais fácil falar do que fazer, mas eu também não estava sendo justa comigo mesma, ela tinha razão e eu sabia disso. 

– É... A verdade dói – Ela mais sussurra do que fala. – Se você não se amar, não se pôr em primeiro lugar, ninguém vai fazer. – Ela se levanta e começa a procurar por algo nos armários. 

A campainha toca, e agora, sei que é, Bonnie. 

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