capítulo 10 se coloque no seu lugar

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• Elena Gilbert

Nas muitas sacolas pretas que Katherine trouxe, havia muitas coisas como: vestidos, pijamas, camisetas, calças e até lingeries! Mas ela trouxe outras coisas como escova de dentes, shampoo e condicionador, já que no hostel só tinha pequenas amostras. Ela não Comprou roupas para só duas semanas, ela comprou roupas para o ano inteiro, verão, inverno, outono, primavera, tinha de tudo um pouco, opções era o que não faltava.

Eu estava sentada no chão, terminando de arrumar algumas roupas no guarda roupa que o hotel oferecia, estava morrendo de fome, pois quando acordei, já tinha passado o horário do café da manhã e já eram 11:30 e não tinha comido nada. Katherine estava na sala, fazendo sabe se lá o que, entramos em um acordo, dividimos o guarda roupa para que nada se misturasse.

Assim que termino me levanto mas, quando  o faço, me sinto tonta e tento me agarrar ao armário, mas de qualquer forma, tombo para trás, caindo sentada e então em deito no chão fechando meus olhos, esperando a tontura passar.

– Droga de pressão baixa. – resmungo e vejo katherine entrar no quarto e me olhar no chão. Seu rosto estava sério.

– O que você tem?

– Eu acho melhor a gente sair para comer – Digo e me levanto do chão, devagar. – Não tomamos café da amanhã, estou sem comer desde que cheguei aqui.

Você não tomou café da amanhã e outra, não preciso de comida para saciar a minha fome.

– Será que a gente poderia sair para comer? Por favor! – Peço e ela revira os olhos.

– Me esqueci que vocês humanos são frágeis – Fala

– Não mais do que vocês! – Rebate.

– Sei. Vocês morrem por um graveto

– Vocês morrem por muito menos que isso – Ela da as costas e sai do quarto e sinto minha barriga roncar – Vamos logo! – Escuto sua voz da cozinha e pego minha bolsa e corro para lá.

Pegando as chaves do carro, Katherine, abre a porta mas não passa por ela, muito pelo contrário, ela da espaço para que passe e assim o faço.

– Obrigada – agradeço.

– Pelo o quê? – Ela fecha a porta.

– Por ter abrigo.

Ela me olha com uma cara engraçada

– É o mínimo! Posso ser um monstro, mas tenho educação. – Ela passa por mim, indo para as escadas.

O que foi isso?

Apresso meus passos para alcança-la e descemos, chegando na recepção. Nós saímos do prédio e Katherine, faz de novo, ela abre a porta do passageiro e espera para que eu entre, passo por ela e me sento no banco, mas dessa vez não falo para nada. Ela bate a porta do carro e da meia volta.

Eu não sabia onde íamos exatamente, já que eu não conheço o local, mas logo percebi que Katherine estava fazendo o mesmo caminho que a gente fez quando estavamos vindo para cá e para a minha decepção, paramos no mesmo lugar que de ontem para comer.

Aí que maravilha, só espero que aquela vaca não esteja trabalhando nesse horário.

Descemos do carro e assim que entramos, foi o próprio paraíso, o cheiro da comida da estava por toda parte. Carne, legumes, arroz, Strogonoff, macarrão, cada vez que passavamos por uma mesa, eu podia jurar que daria para sentir o cheiro de longe.

Nos sentamos novamente em uma mesa no canto e rapidamente peguei o caderno.

– Eu posso atender o pedido? – me viro para olhar para a garçonete, ele é loira dos olhos azuis.

Bonita!

– Claro! Eu vou querer o número 27 e uma coca – Não penso muito, pois qualquer coisa já vai ser o suficiente, desde que seja comida!

– E para você? O que vai querer?

– O mesmo, obrigada – Katherine devolve o cardápio e a mulher sai.

– Será que eles vão demorar muito? – pergunto.

– Deixa de ser esfomeada! – Katherine me repreende.

– Já é mais de meio-dia e eu ainda não comi nada! Eu dependo disso para viver.

– Você está sendo dramática isso sim!

Ignoro seus comentários e me permito olhar para o lado de fora enquanto a comida não chega. A vampira não disse mais nada, também ficou quieta, perdida em pensamentos.

De repente, nossos pratos são colocados na mesa e um copo de suco é colocado na frente da Katherine.

– Pensei que você fosse me ligar essa noite...

Aí droga.

– Hum, é que eu perdi o seu papel – A mulher a minha frente diz.

Por que ela tem que trabalhar durante o dia também?

– Aqui – a mulher pega um guardanapo e faz o mesmo processo, assim que termina de anotar o número, ela dobra e beija o papel, deixando a marca de seu batom – Assim não vai se confundir com os outros.

– Com licença, cadê o meu suco? – pergunto, interrompendo a conversa.

– Já vai – a garçonete nem olha na minha cara e sai, deixando o papel ali.

– Mas que abusada – Sussurro e escuto Katherine rir – Não é engraçado. Não é certo dar em cima dos clientes, ja é a segunda vez!

– Chateada por que ela não pediu o seu número também?

– O que? Não! Eu não me importo com isso.

– Ah então é ciúmes?

– Não! Só não achei certo – minto – e afinal, eu não sou obrigada a assistir esse show de vocês duas

– Bom, nesse caso – a vampira pega o guardanapo e coloca no bolsa da janequeta.

Volto minha atenção para o meu prato, fingindo que aquilo não me afetou. Isso é ridículo, ela não é nada minha! Não tenho esse direito, mas poxa, o que ela quer com aquela mulher? O que ela tem que eu não tenho?

– Ué, não era você que estava morta de fome? – Ela pergunta.

– É... Perdi o apetite! – digo encarando o pranto. Ela me encara e quando parece que vai dizer algo a mulher volta com uma jarra cheia de suco e gelo e enche o copo JÁ CHEIO DELA.

Qual é o problema dessa garota? Isso já está ficando completamente ridículo.

– Prontinho

– Cadê o MEU suco? – pergunto brava.

– Vou já trazer o copo – a mulher diz envergonhada e deixa a jarra, saindo em direção a cozinha.

– Com licença – Me levanto e quando vou passar pela mesa, katherine segura o meu bravo.

– A onde você pensa que vai?

– Vou ao banheiro! – minto e me solto de seu aperto.

Vou colocar aquela bentida daquela garçonete no lugar dela.




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