ódio
substantivo masculino
1.
aversão intensa ger. motivada por medo, raiva ou injúria sofrida; odiosidade.
2.
FIGURADO
a pessoa ou a coisa odiada........
Eu não me lembro ao certo oque houve depois que eu desmaiei mas me lembro perfeitamente do olhar obscuro daquele homem de preto e tranças no cabelo.
Confesso que ele não me era estranho, como se eu já tivesse visto ele antes ou algo assim.Eu vou despertando lentamente sentindo minha cabeça latejar de tanto dor e meus olhos se recusarem a abrir pela grande iluminação de tinha naquele ambiente em que eu me encontrava.
Abro meus olhos e me deparo com o mesmo homem sentado em uma poltrona me olhando sem expressar nenhuma reação.
Eu me assusto e me encolho no canto da cama sentindo uma vontade imensa de chorar.
- P..por favor senhor não me machuque - eu peço com a voz trêmula colocando as mãos sobre o rosto.
- Eu não pretendo fazer isso se você se comporta é claro - ele levanta da poltrona - o negócio é o seguinte, o idiota do seu papai me deve muito dinheiro e não pode pagar então - Ele se aproxima da cama - você virou o pagamento, você me pertence agora.
- Como assim te pertenço? Você e louco por acaso? - eu estava assustada mas o ódio que eu senti quando aquelas palavras saíram de sua boca era muito maior.
- E simples, você será minha mulher agora já que seu pai não tem o meu dinheiro - ele fala se dirigindo até a porta do quarto - se tentar fugir ou ligar para a polícia eu não vou exitar em atirar bem no meio da sua testa entendeu?.
Eu apenas concordo e ele sai do quarto batendo a porta, logo em seguida escuta o barulho da porta sendo trancada.
- Droga! - minha cabeça doía e minha visão estava turva.
Eu não sei quem era esse homem, não sei onde estou e não sei como meu pai permitiu que isso acontecesse.
Por mais que o medo e a angústia estivessem me rodando o ódio prevalecia em meu peito, ele crescia dentro de mim.
Confesso que nunca fui uma menina rancorosa ou sentimental mas tenho que admitir que eu estava decepcionada com o meu pai, desde que a mamãe morreu ele prometeu que cuidaria de mim e da Lola. Talvez ele não fosse bom em cumprir promessas.
Eu levanta cama e vou em direção a uma porta que parecia ser o banheiro, eu entro e me encaro no espelho. Eu estava horrivelmente destruída, tinha um pequeno corte em minha cabeça que não parava de sangrar e um arranhão em meus lábios.
Eu procuro algo para conter o sangramento da minha cabeça e acabo encontrando uma toalha.
- Você vai ter que servir amiguinha - eu pego a toalha em mãos e a molho na pia.
Eu coloco em minha cabeça e solto um gemido de dor quando a água entra em contato com o corte.
Eu seguro a toalha em minha cabeça por alguns minutos até o sangue estancar totalmente, depois volto para o quanto e me sento na cama.
Eu fico um tempo observando a toalha branca manchada de sangue, eu confesso que sempre achei o sangue bonito pois sua cor era magnífica, principalmente quando estava em algo branco.

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Dívida de jogo
FanfictionO diabo não é um homem vermelho com calda e chifres, ele pode ser bonito... afinal ele é um anjo caído e costumava ser o preferido de Deus...