Assassinato

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Levi estava no avião indo para sua terra natal, ele estava prestes a chegar, por sua sorte ninguém havia sentado ao seu lado então seguiu seu vôo quieto sem precisar falar com ninguém ou mandar alguém calar a boca, ele sente o celular vibrando no bolso, estranhou pois era um número estranho, mas lembrou que antes de sair em viagem acabou dando seu número para Carla por insistência da mesma.

Ligação on★

Número desconhecido: oi Levi? Aqui é a Carla, mãe do Eren você salvou meu filho ontem e eu queria saber se por acaso você sabe onde Floch mora?!– ela diz rapidamente.

Futuro possível genro: calma dona Carla, algo aconteceu com Eren? Eu não sei onde aquele mlk mora, me explique direito oque ta acontecendo que irei voltar no primeiro vôo.– ele diz ficando agitado.

Número desconhecido: não Levi, não volte, me desculpe o incomodo, é que Eren está atrasado e eu estava preocupada, você está ocupado, desculpe mesmo é só preocupação de mãe.– ela diz não querendo causar problemas para Levi, Rainer que estava no sofá olhou estranhando a fala da mulher.
– desculpe Levi, vou desligar.–

Ligação off✧⁠

Carla desliga a chamada, Levi fica bem mais preocupado, tinha certeza de que algo aconteceu sim.
Ele é interrompido de seus pensamentos com o aviso de pouso do copiloto.
O avião aterrissa e é liberado para todos os passageiros sairem do avião, dito e feito, todos sairam, Levi tinha feito apenas uma bolsa para ficar uma semana, iria ficar na casa de seu tio.

Quando chegou na casa de seu tio, pôde ver que era bem simples e bagunçada, a cara de Kenny. Ao entrar pode ver três pessoas na sala, fora seu tio, obviamente eram advogados.
– você é o senhor Levi Ackerman certo? Fiquei surpreso que você nos contratou para acusar seu pai.– ele se levanta e estende sua mão para um cumprimento.
– é? Achei que era normal filhos odiarem um dos pais, vamos direto ao assunto e sem gracinhas.– ele diz ignorando totalmente o advogado, ele se senta ao lado do tio lhe direcionando uma expressão de desgosto.
– oque?– ele diz levantando uma sombrancelha, o homem estava com um Short azul e uma camisa regata branca com umas manchas amareladas e o pelo do peito marcando na camisa. Levi revira os olhos olhando para os advogados, não tinha a mínima vontade de falar para seu tio ter o mínimo de decência.

– bom, Ackerman eu quero que nos responda as perguntas e diga detalhes para ser bem mais eficiente na prisão de Antony Ackerman.– a moça de cabelos curtos e um terno bem posto no corpo diz com uma certa firmeza, o advogado ao lado abre uma pasta e lhe entrega um papel, era um caso de homicídio que foi fechado a muitos anos de uma forma suspeita.
– pode me dizer que esse caso é real? Realmente aconteceu?– ela pergunta, aquilo foi lhe entregue pelos correios de uma forma suspeita, se surpreendeu ao saber que tinha haver com o caso que acabaste de pegar, era sigiloso e ninguém fora alguns sabiam daquele caso, achou estranho pois não viu nenhuma notícia e Também foi ao departamento de polícia, mas todos negaram, ou era falso ou alguém calou todos sobre isso.
Levi pega o papel e lê apenas o primeiro parágrafo, pode ver muitas coisas alteradas e diminuídas alí.
– sim, é real – todos da sala fecharam o rosto, mesmo que os fatos tivessem sido diminuídos e "aliviados", ainda era um pouco pesado para os que leram aquele papel.
– então conte-nos.– a moça disse colocando uma câmera para gravar.

– eu ainda era pequeno, mas lembro muito bem do que aconteceu, na verdade eu recuperei minha memória, para ser mais exato, tudo me caiu como uma bomba em uma noite após enterrar minha mãe pela segunda vez.– Levi percebe todos prestando atenção, menos seu tio que levantou e foi em direção a cozinha.
– um assassinato... A primeira vez que presenciei um. Eu tinha acabado de acordar e minha mãe estava pondo o café, eu acordava cedo pois nossa vida mesmo sendo rodeada de luxos era uma merda, eu sentia que tinha que dar minha vida pela minha mãe, a única que eu verdadeiramente amei e admirei, aquele dia ela parecia estar cansada, mesmo que eu fosse criança eu sabia muito bem dos remédios fortes que ela tomava, provavelmente para depressão, a via muitas vezes pelos cantos tomando exatamente três pílulas de uma vez enquanto tremia, eram exatas três vezes ao dia que ela tomava aquela merda, eu sabia o que era mas eu nunca chorei por minha mãe eu apenas me enfurecia e gritava até minha voz sumir, eu cheguei a tentar fazer ela parar mas ela acabou viciando e eu desistindo, aquele dia estava lindo e minha mãe com os olhos fundos e um corpo magro me chamou para fazer um piquenique, eu odiava piqueniques, mas ela insistia.
Novamente eu aceitei, fomos para o jardim dela de flores e começamos a comer e conversar, eu falava dos meus livros e ela de suas rosas. Até que escutamos o portão da frente abrir, vi minha mãe se desesperar e a escutei sussurrar "eu não fiz o café" me levantei e me pus a frente de minha mãe.– ele parou de falar para receber um copo com suco de seu tio que deu suco para os outros três ali, então Levi voltou a falar.

– ele chegou no jardim com uma vassoura, bateu no meu rosto com ela o que me fez ir pro chão, fiquei um pouco desnorteado e escutei minha mãe falar alto "não bata em Levi, ele é uma criança!" Ou algo assim, ele pegou nos cabelos dela e a arrastou para casa, fui correndo atrás e o vi bater a cabeça dela contra a parede machucando a testa dela, eu agarrei as pernas dele e o mordi com o máximo de força que eu tinha, mas como eu era uma criança, acabei sendo afastado por um chute, cai no chão e ele continuou chutando minhas costelas, até hoje tenho ossos prejudicados vocês podem bater raio-x se precisarem. Em fim, minha mãe gritou e implorou de joelhos para que ele parasse de me bater, implorava para apanhar no meu lugar, ele pegou ela e a jogou em cima de um carpet branco da sala, começou a socar o rosto dela, o carpet tomava cores avermelhadas com o sangue da minha mãe enquanto eu via seu sorriso direcionado para mim, eu mal conseguia respirar tinha quebrado duas costelas e fraturado o braço, comecei a gritar e a xingar ele, era a única coisa que eu conseguia fazer... Minha mãe foi jogada contra as escadas que davam para o segundo andar, uma das tábuas tinha se soltado e ela pegou essa tabua e bateu nele pela primeira vez, ele ficou com raiva e seu rosto estava sangrando, então pegou uma faca e abriu um corte no pescoço dela e a puxou pro sofá, ela pôs sua mão no pescoço, acho que ela sabia que não iria passar para o dia seguinte, vi ela olhar pra mim com lágrimas nos olhos, eu criei forças e levantei, comecei a chorar como nunca, fui pra cozinha e peguei a maior faca que eu vi, comecei a escutar gritos de pessoas e batendo na porta, quando voltei pra sala, vi minha mãe no sofá e meu pai socando o peito e o rosto dela, ela não estava mais reagindo, naquele momento eu pude ver os olhos daquela mulher se apagar, minha mãe foi assassinada na minha frente.– ele diz com os olhos baixos, Kenny da continuidade.

– eu estava indo para a casa de Kuchel, tinha acabado de descobrir oque acontecia lá dentro, me desesperei ao escutar muito barulho, bati na porta muitas vezes, gritei e bati, até que eu arrombei a porta, entrei na casa e corri para a sala, tive uma visão que destruiu toda a minha vida, minha irmã estava morta, meu sobrinho com um olhar arregalado e assustador, e aquele filho de uma puta em cima dela a desferindo socos, avancei no arrombado e espanquei ele que ele acabou ficando inconsciente. Fiquei com Levi por um tempo, mas não tinha condições de o cuidar, descobri que Antony estava desaparecido, eu estava furioso, tive que largar do emprego e descobri que teria uma filha, acabei deixando Levi de canto, nunca o levei para tratamento algum, descobri que Antony subornou a polícia e a mídia, mandou alguns caras me matarem e matarem Levi, tive que fugir com o garoto e esconder ele, era difícil mas como eu era policial sabia muito bem em como fazer identidades falsas, tomamos nomes diferentes e fugimos até eu acabar perdendo Levi, me preocupei com ele, mas descobri que ele estava bem e que estava morando em um lugar longe.– todos estavam perplexos com aquela história, tinha muita coisa envolvida.

– vocês vão largar o caso?– Levi pergunta.
– não, vamos fazer de tudo para prender esse homem, com certeza vão usar o estado mental dele como argumento, mas eu só preciso agravar muito o caso dele, então ele vai preso, no mínimo a pena que eles vão conseguir para Antony seja uns 32 anos de cadeia, mas eu quero aumentar mais esses dígitos, não posso garantir uma punição muito alta pois tudo pode ocorrer, mas a defesa não tem muito o que usar ao favor daquele homem.– a moça diz anotando algo em um caderno pequeno.
– vamos juntar provas, vamos até a casa que isso aconteceu, vamos coletar provas, deve ter algo útil lá.– Levi concorda e pega o seu celular e tenta ligar para Eren, a ligação não é atendida e Levi acha muito estranho.

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Oi oi, é isso, me desculpem mas eu não sei muito sobre advogados, mas vou pesquisar e estudar para poder escrever o julgamento de forma +/- correta, obrigado por lerem

Não revisado

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