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Ansiedade, era o que Megan sentia neste exato momento. Não esperava voltar tão cedo para sua cidade natal. O carro de sua mãe, Emily, acabava de passar pela placa de boas vindas a Silent Hollow. Megan nunca entendeu do porque de tal nome, mas nunca foi realmente atrás para saber, achava melhor deixar o passado bem enterrado a sete palmos do chão.

Silent Hollow, como era chamada a pequena cidade, era um lugar calmo, o clima sempre nublado, os pinheiros altos por todo lado, a névoa rodeava a cidade em um abraço não muito caloroso. Era simplesmente lindo.

Se bobear fora dali a inspiração para o livro de Crepúsculo, mas não. Megan não estava animada por finalmente voltar, mas sim chateada, sua mãe não havia lhe dado a escolha de ficar em Chicago junto aos seus amigos. "Que mãe desnaturada deixaria sua filha morar sozinha em uma cidade grande, a mercê das drogas e a criminalidade?" Foi o que a mãe de Megan dissera para ela.

Mas o que Megan poderia fazer, era sua mãe, não poderia ir contra ela.

Bom, pelo menos, era o que ela pensava.

[...]

Megan, olhava para a casa onde viveu desde criança. A tinta das paredes estavam levemente descascando, indicando que não renovam a pelo menos dois anos.

- Megan! - Sua mãe lhe chama. - O caminhão chegou, venha buscar suas caixas. - Megan se virou e viu sua mãe pegar grandes caixas pesadas sozinha.

Megan correu para ajudar sua mãe, e não deixá-la pegar peso, nem para esse velho ajudar, olhou com desdém para o caminhoneiro que estava encostado em seu caminhão.

Megan Brook Pov:

- Pegue as caixas mais leves, deixe as maiores e mais pesadas comigo, okay? - Olho para minha mãe. Ela olha para mim com uma cara de tédio, quase nunca deixo ela pegar peso. Fazer o que, ela tá quase uma idosa, no auge dos cinquenta e dois anos. Dou de ombros.

Pego a caixa das mãos dela, e levo para dentro de casa, vejo que aquela caixa ia para a cozinha e levo até o cômodo. Repito isso várias e várias vezes até a última caixa que era do meu quarto.

Estava quase tudo arrumado, pois enquanto eu pegava as caixas para levar para dentro de casa, minha mãe ia arrumando superficialmente, limpando e tirando o pó.

Vejo que iria demorar para a hora do jantar, então resolvi arrumar minha coisas o mais rápido possível.

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Nonsense estava a tocar alto em meu quarto enquanto eu cantarolava baixinho e terminava de guardar minhas coisas no closet.

Pego uma pequena blusa estampada com o desenho do Pica-Pau, lembro-me de minha melhor amiga ter me dado em meu aniversário de doze anos. Desde então nunca doei ou joguei fora.. eu sentia a falta dela, mas acho que ela não sente a minha... Ainda me lembro de nossa briga como se tivesse acontecido ontem. A memória ainda viva em minha mente. O jeito que ela me olhou, como ela atirava palavras como se fossem facas e lembrar disso doía, abrindo a ferida que demorou a ter casquinha.

Um suspiro sai de minha boca.

Guardo a blusa no fundo de meu armário e o fecho, assim dando as costas para o guarda-roupas. Passo pelo meu quarto e desligo o som Bluetooth e desço para a cozinha, já sentindo o cheiro da comida invadir meus sentidos.

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