✦ CAPÍTULO DOIS

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CAPÍTULO DOIS
EU SOU HAN SEO-JUN

— Acorda Bo-ra!! - Minha mãe me balançava e eu tive certa dificuldade em associar oque estava acontecendo até ela dizer.

— Aconteceu novamente. - Olhei para as mãos dela que seguravam uma carta, eu já sabia exatamente do que se tratava. Dei um pulo da cama e tirei das mãos da minha mãe.

— Tá brincando? Eu não acredito que isso vai voltar a acontecer..

As cartas de ameaças aparecem com frequência. E quando fugimos da antiga cidade esperávamos que cessassem. Mas parece que está ficando pior.

— Não se preocupe, mãe. Eu vou procurar um emprego e nós vamos passar por isso. - Apertei uma de suas mãos com as minhas e sorri reconfortante. Ela me devolve um sorriso irônico e eu sabia oque estava por vir.

— Eu ainda apoio a idéia de nos tornarnos garotas de programa. Ultimamente tá dando dinheiro.

— Cala a boca - Lhe dei um leve empurrão que fez com que ela se deitasse na cama.

— Você é muito bonita, a grana seria alta. - Gargalhou quando eu joguei uma peça de roupa em seu rosto para que parasse de falar.

Assim que me troquei, desci e me despedi. A mais velha me abraçou e me disse para tomar cuidado já que agora sabem onde nós estamos morando. Não seria impossível que colocassem pessoas na minha cola para me vigiar. Saí de casa destinada à achar um emprego de meio período que eu pudesse conciliar com meus horários da escola.

Andei por todos os cantos possíveis, entrei em diversas lojas e nenhuma parecia querer contratar jovens. Só me restava as lojas de conveniência. Meus pés já estavam doendo, eu queria muito ir pra casa. Já estava à alguns quarteirões de distância e me sentei em uma calçada só para descansar alguns minutos e continuar meu trajeto, mas ao olhar para o lado um milagre aconteceu, lá estava uma conveniência e eles procuravam pessoas para contratar. Me esqueci completamente da dor e corri até lá, ao passar pela porta estava uma senhora que me atendeu no balcão com um belo sorriso.

— Eu vim até aqui pela placa que estão contratando. Senhora, eu preciso muito desse emprego.

— A loja é do meu neto, querida. Mas tenho certeza de que se conversar com ele, ele vai te contratar. - Ela saiu andando com um pouco de dificuldade e perguntei se ela necessitava de ajuda, negou. Provavelmente a senhora foi procurar o tal neto. Me sentei em uma mesa dentro do estabelecimento e alguns minutos depois ela apareceu acompanhada de um homem muito bonito.

— Olá senhor. Eu sou Na Bo-ra. - Me levantei e fiz referência.

— Olá, sente-se. Não precisa me chamar de senhor, imagino que eu seja só alguns anos mais velho que você. - Sorriu.

— Eu me chamo Min-ho. Você já conheceu minha avó, senhora Kim.  -  Apontou para a mais velha que fez um gesto com a mão,  provavelmente os dois perceberam o quanto eu estava nervosa e desesperada.

— Bom, minha avó está com alguns problemas de saúde e não pode mais ficar aqui para me ajudar, então precisamos urgentemente de alguém. Você parece se adequar. Então.. a vaga é sua.

— Muito obrigada! Sério mesmo! - Não contive minha felicidade e levantei dando alguns pulinhos. Consegui ouvir a risada dos dois.

⋆  ୨୧  QUANDO O TEMPO ESTIVER BOM. han Seo-jun. Onde histórias criam vida. Descubra agora