Cá estamos nós, ou não estamos.
Quase, e se, talvez, porém, poderia, faltou isso, mais um pouquinho.
Tantas palavras cheias e vazias, estranho como várias letras aleatórias podem significar e tentar descrever tanta tristeza e solidão, nós por exemplo o que somos? Ou o que fomos?
Um quase? Um e se desse ? Talvez seríamos? Queríamos porém? Poderia ter dado? Faltou isso pra sermos algo? Mais um pouquinho e estaríamos perdidamente apaixonados. Mas somos o não e a dúvida de tudo.
Engraçado como parte de mim queria que desse certo e como parte de mim queria que desse errado, tu nunca chegar a ser meu livro com final infeliz, tu fostes um prevê poema melancólico que me abandonará na estante empoeirada como mundo fariam com aqueles pobres livros injustiçados e chamados de ruim ou que são demasiadamente complicados e que nós fazem questionar nossas crenças.
Não sei meu grande ex novo amor, tu fostes como os outros.
Logo tu que achavas que seria tão diferente, me enganara com teus belos lábios e olhos de corça assustada, falso e mentiroso.
Não que tu fosse isso, mas tu e um falso sentimento de lar e um mentiroso conforto, sabias desde o início que não ficaria, que não seria meu e que não ficaria para ouvir todos os meus surtos, sonhos, desejos, medos, anseios e ideias mirabolantes sobre como acho ovnis interessantes, deveria ter previsto que não ficaria doce príncipe, linda ilusão de que algo bom poderia dar certo, não minta mais, não tem nem como mentir para mim mais.
Você foi embora, mas quando você realmente foi embora? Você realmente esteve aqui algum dia? Não consigo sentir sua falta ou não paro de sentir sua falta.
E estanho e complicado, eu realmente não sei se queria que você ficasse, mas dói saber que nunca cogitou nem chegar.
Meu pai se decepcionaria tanto comigo, logo ele que me amou tanto e me ensinou a não aceitar o mínimo, e o que estou fazendo? Me alegrando com migalhas.
Tu pareces tão imaturo, ou será que eu quem sou?
Tu parecias tão a fim e tão distante e toda essa dúvida e indecisão me mandavam alertas de perigo, pq não os ouvir?
Assim como um copo de água quente em uma cabeceira de cama fui esquecida e negligenciada, mas não fui eu que lhe negligencei também?
Tu nunca me prometera nada, será que somente não soube me comunicar e falar tua língua que me dizias que iria embora em algum momento? Oh céus sera que entendi tudo errado?
Agora estou aqui como uma criança brava lhe culpando por todo sol que queima minha pele? Oh baby tu não ilumina mais meu dia, nas longas noites de inverno em Paris não sinto mais.
Nunca iria comigo para meu penhasco onde sempre gostei de gritar quando me sentia frustrada ou prestes a morrer.
Agora tão longe de tudo que me faz sentir confortável me sinto doente e febril pronta para morrer, mas não em teus braços, não neste abismo oco e frio.
Oh céus como amo noites frias e chuvosas, onde escuto as gostas baterem contra o chão duro e estéril do asfalto ou nas lelhas que insistem em manterem intactas, assim como o coração teimoso e zangado que insiste em não partir mais e brigar contra tudo que lhe faça sentir confortável, saia daqui amor, morte ao cupido estúpido.
Viva eternamente todo o amor verdadeiro do mundo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por Todas As Tulipas Que Me Destes
Non-FictionTudo se torna um presente para aqueles que, no nosso coração residentem