No crepúsculo soturno do coração desfeito,
a dor se aviva em prantos entristecidos,
semeando angústias, lamentos desfeitos,
num poço sem fundo de sonhos fustigados.Aflora a melancolia, jaz no âmago a agonia,
a desesperança tece sua trama dorida,
entre espinhos da mágoa, a alma vazia,
um vácuo que atormenta, lúgubre ferida.Nas entranhas da ausência, o silêncio ecoa,
sombrio lamento de um amor despedaçado,
caminho árduo sem fim, onde a saudade voa,
cada batida, um fardo, um peso indomado.Assim, na eterna dança da dor e da descrença,
o coração partido busca uma redenção vã,
na busca incansável por uma mínima clemência,
perdido na tormenta de uma dor sem amanhã.