Capítulo 1

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Eu acordei, ouvi um barulho estranho vindo da cozinha, eu não fui olhar, como não sou idiota, principalmente com essas coisas sinistras acontecendo comigo, após os meus sonhos. Se tivesse algo lá na cozinha que não fosse meu pai, deixasse ele fazer o que quiser lá, desde que não venha pra meu quarto, estava tranquilo. Mas como não sou o tipo de pessoa que tem sorte, o sujeito veio pra cá. Mas era meu melhor amigo, o Andy, eu tinha esquecido que ele tinha a chave de casa, caso houvesse alguma emergência, prefiro que ele abra, ele é meio sem noção então ele arrombaria a porta.

- Andy, você me assustou. Tá fazendo o que aqui? - Perguntei, mesmo sabendo a resposta. Ele é emancipado dos pais, pagaram para ele sair de casa, agora ele tem um Ap. só pra ele.

- Estava entediado, quer ver filmes? - Como eu disse, ele é sem noção.

- Não Andy, hoje não, quero dormir.

- Dormir é pros fracos, ficar acordado é bem mais emocionante.

- Não quando fazemos isso toda semana. Ah, vai ver as estrelinhas lá no céu e me deixa dormir, não quero acordar meu pai, se ele vir você aqui ele fica uma fera, se você não sabe, ESSA CHAVE É SÓ PARA EMERGENCIAS.

- Quer dizer que posso ficar aqui?

- Só me acorde se for emergencial.

Eu dormi, mas 20 minutos depois, ele me acordou com sua emergência.

- Charlie, Charlie, ACORDA!

- Que foi, idiota?

- Tô com fome

- Você entra sem tocar a campainha na minha casa e não consegue abrir uma geladeira? Desde quando isso é emergência?

Ele foi pegar comida e eu voltei a dormir, mas não esperava que ia ter um daqueles sonhos de novo.

Estava em um manguezal, cantando, mas eu nem parecia feliz, eu estava nervosa com alguma coisa. Até que eu parei de cantar e peguei uma faca e dei uma facada na árvore, por mais estranho que pareça, a árvore sangrava, mas eu nem ligava, eu peguei um copo de plástico e coloquei aquele sangue dentro dele. Eu estava fria.

*

- Acorda, Battes! Hoje é quinta, vamos pra escola!

- Cala a boca, Andy!

- Andy?

- Pai?! - Eu dei um pulo na hora, o Andy foi embora?

- Desculpa pai, eu tava pensando nele e te chamei assim, não foi nada, ninguém esteve aqui, nada aconteceu, para de me acusar!

- Não estou te acusando, filha! Você tá estranha, quer um pouco de suco?

- Você fez suco??

- Só pra você, frutas cítricas.

- Você tá um amor pai, tchau.

Eu cheguei na escola e nada do Andy, deixei pra lá, deve estar matando aula com aqueles manés de novo, me deixando aqui sozinha com a Jullietta Summers, uma garota burra, esnobe, estúpida e se veste como uma prostituta, além de suas atitudes serem semelhantes a de uma também.

Antes de sentar numa carteira, Jullietta esbarrou em mim e sentou na carteira que eu ia sentar, na maior i-n-f-a-n-t-i-l-i-d-e.

- Você é retardada, garota? Eu ein! - Empurrei ela da carteira e joguei ela no chão e sentei. Não podia bobear que nem da ultima vez, que fui humilhada publicamente. Eu tinha que ficar na defensiva hoje, já que o Andy não tá aqui.

- É louca mesmo! - Disse a amiga dela, Milleyn, A mais vadia ainda.

- Há há há - Eu disse, um pouco antes da professora de inglês entrar na sala.

- Bom dia, alunos! - Ela disse, com todo o bom humor que uma pessoa poderia ter.

- Bom dia! - Alguns alunos disseram em coro, os outros só sorriram, como eu.

Ela colocou as coisas na mesa dela e pegou um copo de plástico e pediu para um aluno pegar água pra ela.

Ele voltou e colocou na mesa dele o copo.

- Obrigada, Adrian.

Logo após o agradecimento, eu virei a cabeça pra olhar, mas foi como se tudo parasse, eu só vi aquele copo, e gritei! Agora sim o mundo começou a girar novamente, só que nessa hora eu já estava desesperada, mas deu pra notar que todos os olhares dos alunos da turma estavam voltados para mim, mas nem liguei eu corri para a mesa da professora e peguei o copo da mão dela.

- Porque está bebendo isso????? Solta isso! - Eu disse, derramando o líquido ( Que na minha visão, era sangue ) dentro da lixeira. Eu entrei em pânico, e fiquei com medo.

- Eu disse que ela era louca, professora! - Milleyn

- Mas isso é sangue. Eu não sou louca! Tem sangue aí dentro! - Eu olhei novamente e vi que eles tinham razão, eu era louca, aquilo era água.

- Charlie, acho melhor você ir dar uma volta pela escola e beber um pouco de ÁGUA! Você dormiu bem hoje, minha querida? - A sala deu umas risadinhas mas eu fiquei calada. Mas fiquei louca de raiva com a professora depois desse "Minha Querida", mas eu não posso parecer louca, então.

- Não dormi nada, professora. Vou lá, me desculpa. Ah, e vocês, vão se danar!. - Eu saí da sala em choque com a minha loucura.

Como aquele copo do sonho foi parar na mesa da professora? Andy, cadê você?!??.

Durante o InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora