Kang Tae-Moo, um dos maiores CEOs da Coreia do Sul, procura alternativas urgentes para fugir da pressão imposta pelo seu avô para encontrar uma noiva. Ele já estava cansado de tantas cobranças e, principalmente, comparecer a ridículos encontros às c...
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─── Uau, deixe-me ver isso mais de perto!
Alguns dias após toda aquela situação, que Hani inclusive apelidou como uma briga de casal, os procedimentos para o falso casamento continuaram, desta vez com muito mais força do que antes. A lista de convidados estava praticamente completa, o jantar de noivado já tinha tudo preparado e os convites passaram a ser entregues. Da Goo saltitava todos os dias de tamanha ansiedade, e parecia muito mais animado do que os próprios noivos. Haerin muitas vezes se viu entrando na mesma bolha de alegria, esquecendo-se que tudo não se passava de mentiras e mais mentiras. Invejava Kang Tae-Moo, por conseguir lidar com aquilo com tanta calmaria e nenhum remorso presente. Ela sentia-se péssima.
Na manhã daquela quarta-feira, Seul amanheceu cinza, com um tempo chuvoso e perfeito para Haerin ler alguns livros que havia ganhado do falso noivo. Porém, já estava cansada daquela rotina, na qual não havia nada de interessante para fazer, então, foi para o Red Pepper, ficar ao lado de seus dois melhores amigos, e da senhorita Yujin, que amava a companhia da mulher.
─── Se o convite do jantar de noivado já é assim, não consigo nem imaginar como será o de casamento. ─── Hani observava com bastante atenção, o envelope em tons verdes em suas mãos. ─── Jung Woo, olhe só! ─── Afoita e risonha, balançou o cartão no ar. ─── Haerin agora toma banho no dinheiro, toca só nesse papel.
─── Tenho até medo de tocar.
─── Esse é o convite de vocês. ─── Haerin sorriu, paralisando os dois. ─── Tae-Moo achou divertido convidá-los, já que vocês são minha família.
─── Haerin, olhe para nós. Pobres varridos em um jantar de noivado com tudo caro? E se quebrarmos algo? Meu salário não vai cobrir os danos não.
─── Ah, para. ─── Ela resmungou, revirando seus olhos. ─── Até parece que não sou pobre também, hum? Meu salário atual é muito bom para manter esse circo, mas eu sei das minhas origens. Vai ser importante tê-los lá comigo. Não sei se consigo aturar aquele tanto de empresário sozinha.
─── Eu nem tenho roupa pra isso.
─── Então vamos comprar! ─── Tirou o cartão de crédito de sua bolsa. ─── Recebi ontem, e como não tenho mais contas para pagar, posso gastar com outras coisas.
─── Não podemos aceitar, Haerin-ah.
─── Podem, e devem! ─── Levantou-se abruptamente com um pulinho. ─── Diversas vezes vocês já pagaram muitas coisas pra mim quando eu não tinha dinheiro. Sei que foi de coração, mas eu quero também compartilhar isso.
Jung Woo e Hani se entreolharam, meio tímidos, mas no final acabaram assentindo com a ideia de Haerin. De fato, ela não estava errada quanto às próprias palavras. Houve época em que a Kim estava tão necessitada, que os dois melhores amigos diversas vezes pagaram coisas para ela, sendo roupas ou jantares. Os pais de Haerin muitas vezes não deixavam um mísero jantar para a mulher, e ela dormia sem fazer a refeição. Agora que tinha dinheiro o suficiente, e que a conta estava paga, poderia finalmente começar a gastar com coisas pouco menos importantes.
