Como algumas coisas aconteceram II

58 2 0
                                    

12 de dezembro de 2.008 sexta-feira

Talvez eu esteja pirando, mas quem escreveu aqueles versos na página anterior? Será que estou pirando? Sério, eu não me lembro de ter escrito aquilo!

Deixa para lá devo ser sonâmbula, estava com tanto sono ontem, que devo ter escrito aquilo, mas não é a minha letra, okey Sara, foca em contar o que aconteceu ontem a noite e hoje.
Tudo começou ontem após o jantar, quando voltei para meu quarto, a janela estava aberta, estava uma verdadeira bagunça, sinto todos os dias que estou sendo seguida de longe, meu quarto revirado daquele modo até parecia que alguém me caçava, mas não um alguém e sim algo. Esta já era a quarta vez que isso havia acontecido, mas das outras vezes haviam sido no quintal que estava revirado por onde havia passado, a minha antiga sala de aula e a sala de estar na semana passada, como disse, isso está totalmente estranho, isso tudo no mesmo mês, além do fato de minhas únicas amigas terem sido sequestradas e encontradas dias depois, com arranhões e feridas como se cães tivessem as atacados, ambas dizem que dormiram em aula e acordaram em um pátio vazio, dizem que tiveram horríveis pesadelos com demônios e cães, que diziam que queriam saber onde eu estava, Tifannyh lembra que acabou por contar onde eu morava, mas Ingrid afirma com toda a certeza que se manteve firme e não abriu a boca. Isso aconteceu essa semana, mas será que tem algo haver? Novamente tive que arrumar o quarto e dormir sem pensar duas vezes quando terminei.

Hoje foi mais estranho ainda, sério, tudo começou no café da manhã, Flávia estava um amor comigo, parecia que previa que iria fugir, me perguntou como era saber que terminei mais um ano com louvor, caso não saiba o que quer dizer "com louvor ", é terminar com as melhores notas possíveis, mas então, ela fez questão até de me levar para a escola, quando desci de seu carro, deu aquele aceno cínico, podia ver em seu olhar, meu pai havia a obrigado à me tratar bem. Entrei em seu joguinho e também dei um sorriso falso, subi os degraus para a entrada da escola com cara de: "não suporto ela", Tifannyh e Ingrid me olharam espantadas, me perguntavam o que havia ocorrido, expliquei a situação, mas antes de terminar de contar o sinal tocou, então tive que ir para a sala, onde tudo ficou mais estranho, mas do que o possível, a escola rígida para alunos com déficit de atenção foi totalmente livre para fazer o que desejassem, então fui a sala de leitura na qual li meu livro favorito, "Os três mosqueteiros", ao terminar de ler mais um dos capítulos finais, olhei as janelas trancadas, mas que mostrava os sol relutante em meia brisa fria, sai da sala e fui ao pátio, cerca de 40 minutos depois a sala foi revisada e estava totalmente congelada, então fui culpada por ter sido a última a entrar na sala de leitura e a meu livro favorito estava totalmente congelado. Senhora Brutton, diretora da escola, falou que a culpada era euzinha por ter deixado as janelas abertas, mas estavam trancadas eu tenho toda a certeza e além de que, o dia não possuía temperatura para congelar nada, de qualquer modo fui levada para uma sala branca e fiquei trancafiada lá durante uma hora, para pensar em meus atos. Juro que não fiz nada, a guerra de comida no começo do ano não havia sido minha culpa, a louca da Margareth que não prestou atenção enquanto eu jogava um cupcake para Tifannyh, esta bem, talvez eu tenha feito de propósito, a batalha de elastiquinhos na aula de artes no meio do ano também não foi minha culpa, só o elástico que escapou dos meus dedos direto na cabeça do Robert, ele não tinha nada que dar o troco e acertar no Fred, mas eu tenho certeza, isso eu não tinha feito, eu lembrava com clareza que estava tudo fechado, mas de qualquer modo fui punida, estava tudo quieto, eu batia a ponta dos dedos na mesa durante a hora, mas algo estranho aconteceu, meu coração chega deu um pulinho em dobro, a luz do local apagou e acendeu algumas vezes, me deu vontade de gritar, em uma das vezes, um vulto passou e foi como se sussurrasse 'eu te achei', serio eu morri de medo, tudo o que eu queria era sair dali, quando sai da punição, fui correndo ao refeitório, assustada, ouvia em minha mente vozes atormentando me, não queria papo com ninguém, câmeras de segurança explodiam quando eu passava, me disseram que colheres e garfos levitavam 5 centímetros de seus lugares por onde eu passava e caiam em seguida, minha cabeça doía muito, de modo que me sentei no ultimo banco do refeitório e derramei me em prantos. Além de tudo, ainda me disseram que as facas se colocavam em guarda, como se me defendessem, enquanto eu chorava com os pensamentos que me atormentavam.
Um garoto manco se aproximou de mim, pouco a pouco abaixava as facas , com muito medo de mim mesma e do que o garoto queria, me afastei rapidamente, então o garoto disse querendo me acalmar:
-Calma! Tudo passa...
-Se afaste! Eu não sei o que está acontecendo mais... -Então o garoto iniciou uma canção doce, então as dores na minha cabeça passavam devagar, então olhei incrédula para o garoto manco, ele usava uma touca, talvez devido o frio, um casaco e estava com uma flauta em mãos, o garoto então sorrio, eu balançava a cabeça sem entender o que acabava de acontecer, mas as três palavras, "eu te achei" ainda batia em minha mente, então a voz do garoto surgiu relutante.
-Olá, meu nome é Otavian, aluno do 3° ano e ti?
-Ah? É meu nome é Matsu, Sara Matsu, o que você fez, como fez e o que quer?
-Toquei a 8° sinfonia de Beethoven, conhece? Música cura de tudo, quando nas notas certas... e bem, não gosto de ver garotas tristes...

O diário de uma semideusa desconhecidaWhere stories live. Discover now