(Rescrevi porque sim)
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La nature est belle, mais est sanguineire.
Ponto de vista do Law
Poucas são as pessoas que fazem o que amam, que despertam do mais lindo sonho para irem trabalhar com o mais puro sorriso para realizar o que tanto anseiam todos os dias. Mas, em contra partida, são vários os que se sentem presos nos ramos trabalhistas que eles próprios escolheram, outros somente foram obrigados por algo ou alguém.
Um exemplo desses dois tipos de pessoas, é o meu chefe.
Imaginem viver numa família que parece vir da idade média, que não aceitam falhas, que parecem acreditar que o perfeito existe. Uma família de lutadores profissionais onde a força nos músculos vale mais que mil sentimentos. Essa é a família da qual meu chefe lutou anos para se livrar de tal detenção.
O dito cujo foi forçado a treinar antes mesmo de aprender a escrever, viveu em uma prisão que chamavam de família, onde diziam e decretaram o seu futuro; ele era somente um objeto, um ser igual a água, manipulável, da qual toma formas desejadas por pessoas terciárias.
Viveu nessa jaula por quinze anos, até que em um fatídico dia, banhado de sangue com uma promiscuidade de prazer e satisfação, escutou-se, da mais profunda escuridão, um barulho de correntes se despedaçando.
Foi contabilizado cinco assassinatos, todos com sinais semelhantes nos pescoços ensanguentados.
Roubou sua liberdade com as próprias mãos.
Ou devo dizer presas?
ー Law, essa fatia está muito grossa. ー ouço alguém falar me fazendo despertar dos meus pensamentos.
Era meu chefe que cozinhava ao meu lado, e esse fator não me agradava. Não é por causa dele ser o dono do restaurante e, cozinhando ao meu lado, me chamaria a atenção toda vez que eu cometesse o mínimo dos erros, não, com certeza não é por causa disso. O problema é o cheiro dele, o repugnante cheiro de uma raposa astuta, da qual está sempre alerta a qualquer coisa para, em um momento inoportuno, dar a sua mordida gravando suas presas em uma carne qualquer - só espero que não seja a minha -.
ー Sim, desculpe. ー respondo cortando a fatia ao meio.
ー Você está muito aéreo hoje, aconteceu alguma coisa? ー perguntou direcionando seu olho azul turquesa para mim.
Mesmo sabendo que ele não é um humano como eu, não poderia dizer que, na noite retrasada, devorei um humano que estrupou uma menina, que não aparentava ter mais que treze anos, em um beco imundo desprovida de qualquer tipo de higiene. Cheirava a urina e fezes por todo lugar. E, ainda por cima, o gosto da sua carne não me agradava, parecia estar podre, principalmente o pulmão, não me deixou sentir prazer, muito menos satisfação, parecia mais como um gosto indesejado em sua comida favorita, tive que lavar minha boca seis vezes para tirar o gosto e o sangue. Como a criança já estava desmaiada por causa do processo de penetração, não houve problema em alguém me pôr em flagra. Mas se estão preocupados com o corpo, não se afligem, pois só sobrou o pó dos ossos para contar história.
ー Não aconteceu nada, não se preocupe.
O certo seria dar um sorriso para não deixar pequenas pistas para desconfianças, mas ele já me conhece o suficiente para saber que não sou do tipo que tira sorrisos falsos só para agradar mais aos outros do que a mim mesmo.
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Desfrute Da Sua Carne ー Lawlu
FanfictionEra horrendo e repugnante, qualquer pessoa que visse acharia aquilo algo sádico, asqueroso. Mas ele não conseguia parar, sentia sua boca pedir por cada vez mais e mais, a fome por carne era imensurável, a sede por sangue era enorme. Sentia aquela...