NAVEGANDO SOB SEU PRÓPRIO COMANDO, a pequena usuária de akuma no mi, Barlowe D. Pearl estava se dando bem. Pearl vinha de família indigente, e uma das akuma no mis mais temidas e perigosas havia sido comida por questões de fome, e não poder.
ERA QUE...
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Muito se discute a importância de ter pessoas ao seu redor. Pessoas importantes. Aquelas que estão em ambos dias bons e ruins. Aquelas que, mesmo nos dias mais sombrios, deixam tudo mais fácil de tolerar.
Barlowe D. Pearl, a garotinha de onze anos, mesmo vindo de família indigente e passando por necessidades inimagináveis, escolheu sorrir, pelo simples fato de ter alguém ao seu lado.
Barlowe Ophelia era uma mulher forte em todos os sentidos. Desde que deu a luz à Pearl, as dificuldades não se cessaram. E diante de tantas lutas, sua vitória era poder amar e proteger sua filha acima de tudo. Seu prêmio sempre foi Pearl.
Ophelia cometeu apenas um erro durante a jornada de sobrevivência. Tal erro que causaría os piratas donquixote estarem as caçando no momento atual.
── se segure firme, Pearl! ── a mulher gritou para a filha, mantida na espera improvável de fugir. As chances eram zero, mas Ophelia preferia acreditar que por algum milagre elas conseguiriam.
O grande navio rosa com um flamingo na proa atiravam no mar com canhões. Com a intenção de derrubar o pequeno barco das duas.
A tempestade e ventania em alto mar deixava tudo muito mais complicado.
── mamãe, por que estão tentando nos matar? O que fizemos a eles? ── a garotinha de olhos azuis cristalinos perguntou assustada, com seus fios loiros curtos por todo o rosto.
Ophelia sentia que sabia exatamente o que havia causado a caça, porém com a incerteza, inventou qualquer desculpa: ── eu não sei, mas vamos ficar bem, eu te prometo isso. ──
Essas foram as últimas palavras ditas a sua filha. Segundos depois, o canhão atingiu a água perto o suficiente para finalmente derrubar o barco guerreiro.
As duas gritaram em desespero, e com medo consumindo o peito, elas afundaram no mar profundo e perigoso.
Sentindo o contato da água congelante no corpo, pearl jurou que poderia morrer apenas com o frio. mas foi questão de segundos até perceber que estava ficando fraca, e que mesmo tentando, não conseguia ir para a superfície.
O primeiro reflexo de Ophelia foi abrir seus olhos mesmo que ardessem com a água salgada, para encontrar pearl, que não nadava.
As ondas deixavam a procura mais difícil, tendo seu corpo levado a cada dez segundos.
Quando finalmente avistou a garotinha, ela estava de olhos fechados e desmaiada, e então nadou até ela desesperadamente.
Poder ter pearl em seus braços foi motivo de um pequeno alívio. Ophelia nadou até a superfície, e sentindo o ar entrando de volta para seus pulmões, respirou em completo desespero, recuperando todo o ar que a faltou.
Seu alívio desapareceu ao perceber o grande navio rosado bem ao seu lado, com dois homens descendo encima de um bote salva vidas.
Se encontrando sem saída, Ophelia apenas cedeu ao destino e deixou ser levada. Lutar talvez tornaria tudo pior. Sua filha em seus braços ainda desacordada estava pálida e fria.
